A Família de Deus
Deus já havia resolvido que nos tornaria Seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o Seu prazer e a Sua vontade. Efésios 1:5.
Era o outono de 1986 quando recebemos nosso boletim mensal do Atendimento Internacional à Criança. Cada edição trazia a foto de uma criança que precisava de um padrinho que ajudasse a custear-lhe as despesas num orfanato da Guatemala. Essa edição em particular trazia a foto graciosa de um garotinho sentado num cavalinho de balanço, e tive imediatamente o desejo de me responsabilizar por ele. Assim começou um longo relacionamento com um menino, que cresceu a muitos quilômetros de nossa casa em Michigan.
Depois de termos adotado uma menina poucos anos após nosso casamento, tentamos por vários anos, sem sucesso, adotar um menino. Assim, quando começamos a apadrinhar o pequeno Elio, de dois anos e meio, o anelo por outra criança foi parcialmente suprido. Quando ele teve idade suficiente para nos escrever, recebíamos cartas e cartões feitos por ele mesmo nas datas especiais. A cada seis meses recebíamos uma foto atualizada e um relatório oficial quanto ao seu progresso na escola, condições de saúde e vida social. Mal sabia ele que havíamos tentado adotá-lo, mas surgiram dificuldades legais.
No fim da adolescência, ele começou a se abrir mais conosco, contando o que gostaria de fazer da sua vida, bem como suas frustrações por não pertencer a uma família. Ao longo da infância, ele tivera dificuldade para aceitar o fato de que era órfão, e desejava ser adotado. Em pouco tempo chegou aos vinte anos, e concluía um curso profissionalizante com ênfase em computação. Seu sonho era que fôssemos assistir à sua formatura. Não parecia possível, e não lhe demos esperança de que isso se realizasse, embora também desejássemos a mesma coisa.
Dois meses antes da formatura dele, descobri que depois de minha última viagem internacional eu tinha milhagem suficiente para viajar à Guatemala e fazer-lhe uma surpresa. E foi realmente uma surpresa! Ele não havia pensado em entrar junto com os outros formandos, porque não tinha uma família para vê-lo desfilar, mas agora ele se apressou para providenciar sua entrada triunfal porque a “família” havia chegado. Seu maior desejo sempre fora pertencer a alguém.
Pergunto-me: é nosso maior desejo sermos adotadas na família de Deus? Todas somos órfãs até nascermos de novo e sermos recebidas em Sua família. Minha oração é que você e eu façamos parte dessa família celestial.
Que DEUS abençoe a todos.
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