terça-feira, 23 de novembro de 2010

Salmos 34.5

Na corda bamba...
A vida e os passos de um cristão renascido se assemelham à caminhada sobre uma corda bamba. Um filho de Deus não deve pender nem para a direita nem para a esquerda, mas cuidar para manter sempre o equilíbrio. O autor tem grande urgência em falar com você sobre este equilíbrio tão importante para a sua vida de fé.

Há algum tempo li a seguinte notícia:

Falha tentativa de quebra de recorde mundial na Suíça. No sábado à noite, depois de caminhar cerca de 600 metros sobre os cabos de sustentação do teleférico da montanha Säntis, o equilibrista Freddy Nock, de 40 anos, teve de desistir de sua tentativa de quebra de recorde. Por motivos até agora desconhecidos, a vara de equilíbrio escorregou das suas mãos, de forma que ele não pôde continuar. Nock conseguiu segurar-se no cabo e descer imediatamente para o bondinho do teleférico que o acompanhava. O equilibrista Freddy Nock, originário da cidade de Müllheim, no cantão de Thurgau, pretendia subir pelos cabos do teleférico até a estação da montanha. Mas ele só conseguiu percorrer 600 metros.

A sua vida como cristão também não se parece muitas vezes com a caminhada sobre uma corda bamba? O desfiladeiro sem fim se abre debaixo de você, e adiante está apenas um caminho muito inseguro. Como o equilibrista, você sobe a montanha, em direção ao Senhor. Mas você só consegue dar um passo por vez, timidamente, num esforço extremo para não perder o equilíbrio.

O equilibrista teve de desistir de sua tentativa de quebrar um recorde mundial porque tinha perdido a vara de equilíbrio. Você também não conseguirá avançar espiritualmente se perder o equilíbrio entre o legalismo e o mundanismo.

Também para os cristãos é muito importante encontrar o equilíbrio entre direita (legalismo) e esquerda (mundanismo). Nem um, nem outro lado é correto. Só quando você encontrar o equilíbrio é que a glória de Jesus pode ser refletida em sua vida: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Co 3.18). Também 2 Coríntios 2.15 fala algo a respeito: “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem”. Só que essa glória não pode ser obtida por meio de legalismo ou amizade pecaminosa com o mundo, mas apenas se você levar isto em conta: “Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame” (Sl 34.5). Você brilha assim por Jesus?

No momento em que você se sobrecarregar com atitudes legalistas ou brincar com o pecado, a glória sairá de sua vida!

O equilibrista teve de desistir de sua tentativa de quebrar um recorde mundial porque tinha perdido a vara de equilíbrio. Você também não conseguirá avançar espiritualmente se perder o equilíbrio entre o legalismo e o mundanismo.

Legalismo
O legalismo, isto é, a idéia de que é preciso contribuir de alguma forma para a própria salvação, está profundamente arraigado no coração do homem. Isso pode ser visto até mesmo na época dos Atos dos Apóstolos (no tempo da igreja primitiva). Quando o carcereiro de Filipos se abriu para o Evangelho, sua primeira pergunta foi: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). A iniciativa de agir é totalmente humana e permeia todas as religiões. O budismo, por exemplo, exige: “Anule-se para penetrar no eterno nada”. O islamismo ensina: “Cumpra os mandamentos do profeta e Alá terá misericórdia de você”. E a igreja católica diz: “Receba os sacramentos e faça o bem, para ganhar o céu”.

Para nós, seres humanos, é difícil aceitar algo de graça ou não retribuir um presente. Um missionário alemão teve uma experiência dessas: a fim de chamar a atenção para o Evangelho, certo dia ele se sentou no chão no meio de um movimentado calçadão de pedestres. Na sua frente, ele tinha um pote com moedas e uma plaquinha que dizia: “Recebi muitos presentes, por favor, aceite um pouco”. As pessoas passavam e sacudiam a cabeça. Era muito raro alguém criar coragem e tirar alguma coisa do pote. Provavelmente pensavam: “Como assim, simplesmente pegar dinheiro, sem precisar fazer nada por isso? Com certeza aí tem alguma pegadinha. Acho que ele está só querendo se divertir às nossas custas”.

A iniciativa de agir é totalmente humana e permeia todas as religiões. O budismo, por exemplo, exige: “Anule-se para penetrar no eterno nada”.

E o céu? Ele pode ser obtido de forma gratuita! Alguém pagou o ingresso na cruz do Gólgota. Você não precisa fazer nada. Não é preciso jejuar nem praticar exercícios de meditação para satisfazer a Deus. Basta aceitar a oferta!

Mas, infelizmente, muitas pessoas se esforçam; elaboram regras e tentam alcançar a maior perfeição possível. Isso nem mesmo é uma atitude nova. Até na igreja primitiva havia quem defendesse esse conceito: “Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (At 15.1). Naquela época, a Igreja de Jesus tinha só alguns anos de idade. Mesmo assim, o fantasma do legalismo já havia conseguido espaço. Mas Paulo se opôs terminantemente a esse processo: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo. (...) Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados. (...) Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2.8,16,20-23). Ainda mais claro é o seguinte texto: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição” (Gl 3.10). O legalismo desvia, pois acaba com a liberdade em Cristo. Até mesmo a glória de Jesus perde o brilho; a graça cede ao mérito próprio. A vida eterna não é mais um presente de Deus, mas uma recompensa pelos próprios esforços.

Mundanismo
A advertência é inequívoca: “Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4). Sendo cristão, brincar com o pecado é perigoso! A corda bamba da fé não permite testes deste tipo: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Sl 1.1-3).

Árvore plantada junto a corrente de águas, assim é aquele que não brinca com o pecado!

Por favor, não se engane: Deus é santo! Ele não vai e não quer aceitar um estilo de vida pecaminoso, mesmo que este seja socialmente aceito e cultivado por certos cristãos. É impossível cruzar a corda bamba da fé nessa falsa liberdade: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

Princípios
Em todo o Antigo Testamento valia a lei que Deus tinha dado a Moisés: “O homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela” (Rm 10.5). “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo” (Dt 27.26). A Antiga Aliança é exigente. Ela diz: “Você deve!”

Já os cristãos são chamados para a liberdade: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17). “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1).

Liberdade
Para a igreja de Jesus vale o seguinte princípio: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). Os crentes da Nova Aliança não estão mais debaixo da lei, mas desfrutam da liberdade em Cristo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). Liberdade é a grande manchete do Novo Testamento: livres da lei, livres da escravidão do pecado, livres para servir a Deus da forma certa! Mas a Bíblia adverte contra a tentação de levar uma vida pecaminosa com a desculpa de viver em liberdade: “Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pe 2.16).

Paulo enquadra a liberdade em Cristo com uma moldura que não deve ser quebrada. Essa moldura se chama amor: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.13-14). O próprio Senhor Jesus também disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Esse amor determina os limites.

Liberdade é a grande manchete do Novo Testamento: livres da lei, livres da escravidão do pecado, livres para servir a Deus da forma certa!

Entretanto, a palavra “amor” não significa o hoje tão banalizado sentimento “eros”, mas: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13.4-7).

Um cristão renascido, que respeita essa moldura, sabe exatamente onde estão os limites. Isso vale em todos os sentidos: nos pensamentos, nos relacionamentos, no trato com o cônjuge e os filhos, no lazer, etc. A Bíblia diz a respeito: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16.13). Assim, a sua pergunta não deve ser o que pode ou não pode ser feito, mas: “Estou permitindo que o Espírito de Deus me guie?” O Espírito de Deus nunca ultrapassa a moldura do amor (como descrita acima). Ele também não dá conselhos contrários à Palavra de Deus.

Quando você aprender a viver dentro da moldura da liberdade em Cristo, o Salmo 34.6 se tornará realidade na sua vida: “Contemplai-o e sereis iluminados”.

Moisés ocultou seu rosto depois de ter recebido a lei. Ele fez isso como símbolo do fato de que o brilho da lei desvanece (cf. 2 Co 3.9-13). A lei escraviza as pessoas. Ela precisa dar lugar a algo melhor, isto é, ao Evangelho, que leva à liberdade: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.14-16).

Liberdade divina
A liberdade só funciona se o direito do próximo for respeitado. Do contrário haverá violência e anarquia. Paulo explica como você pode praticar a liberdade em Cristo no seu dia-a-dia: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.25-27).

O seu relacionamento com Jesus deve ser como o relacionamento de duas pessoas que casam por amor: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.31-32).

As regras da liberdade
1. Deixar
Duas pessoas que se amam do fundo do coração só têm um desejo: deixar a casa dos pais o mais rapidamente possível. Querem estar com o parceiro que lhes significa tudo. O amor move montanhas. Você também não deixaria seu lar por amor a alguém? O amor já fez pessoas abdicarem de tronos e heranças. E o amor nunca é forçado.

Quando alguém realmente ama, “deixar” não é uma obrigação, mas o mais profundo desejo do coração.

Como cristão, você deveria se perguntar regularmente: “Eu também amo Jesus desse jeito?” Se você fizer isso, abandonar os hábitos, amigos e locais pecaminosos não será mais problemático. Quando o amor ardente por Jesus encher seu coração, esse abandono será um fato. Jesus ocupa o primeiro lugar em sua vida?

2. Unir-se
Pessoas apaixonadas têm muita dificuldade de se desgrudar uma da outra. Você também é tão ligado a Jesus?

Pessoas apaixonadas têm muita dificuldade de se desgrudar uma da outra. Minha esposa e eu muitas vezes fazemos caminhadas no fim da tarde. Recentemente vimos um casalzinho jovem durante um desses passeios. Os dois estavam tão enamorados que não viam mais nada ao seu redor. Abraçavam-se sem querer se largar. Você também é tão ligado a Jesus?

Namorados trocam constantemente torpedos pelo celular, acenam à distância mesmo quando quase não se enxergam mais e conversam horas ao telefone. Você também é tão ligado a Jesus?


Quem está ligado a Jesus não pode estar ao mesmo tempo ligado ao mundo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.24).


Quando fiquei noivo de minha esposa, ela me escrevia muitas cartas. Algumas tinham até doze páginas. Você também é tão ligado a Jesus?

Há pouco tempo, quando visitávamos amigos, o filho do casal se despediu com as seguintes palavras: “Vou dar uma volta com minha namorada”. Depois de uma hora e meia eles ainda não tinham voltado. Você também é tão ligado a Jesus?

Quem está ligado a Jesus não pode estar ao mesmo tempo ligado ao mundo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.24).

3. Tornar-se uma só carne
O objetivo de qualquer relacionamento é tornar-se um com o outro pela entrega mútua. Você também se entrega assim a Jesus?

“As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8.7).

Quando duas pessoas se entregam uma à outra, isso pode gerar frutos físicos. O mesmo vale para seu relacionamento com Jesus: quando você Lhe dá seu amor e é um com Ele, deve haver fruto espiritual! Paulo escreve a respeito desse fruto: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22-23).

Amor e liberdade são como gêmeos siameses; são inseparáveis. Esta é uma lei divina básica: o amor que se doa sempre pressupõe liberdade de decisão. O amor verdadeiro só prospera onde não há pressão. O amor não pode ser forçado; no máximo pode haver esperança, mas nunca exigência. Quando houver amor, você experimentará o seguinte: “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8.7).

Você realmente ama a Jesus e está disposto a abandonar tudo, unir-se a Ele e tornar-se um com Ele? Dê você mesmo a resposta a seu Senhor.

Que DEUS abençoe a todos.

Salmo 18:6 e Filipenses 3:7

Terça-feira 23 Novembro

Na angústia, invoquei ao Senhor e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face (Salmo 18:6).

Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo (Filipenses 3:7).

A fonte da felicidade

No vagão de um trem, os passageiros conversavam sobre amenidades: como as coisas deveriam ser, o que não deveria acontecer, as dificuldades da vida… Uma frágil senhora, de face enrugada, ouvia, atenta. Então um dos passageiros se dirigiu a ela: “O que a senhora pensa sobre isso?”

“Sabe, perdi tudo o que eu tinha. Era rica, tinha uma boa família, mas a guerra civil levou tudo embora. Fiquei sozinha em uma nação estrangeira. Tive de trabalhar como doméstica para sobreviver. Mas não desejo voltar atrás no tempo. Em minha solidão, encontrei a Deus e a Jesus Cristo. Nos meus dias prósperos, não era realmente feliz, pois em meu coração não havia satisfação. Mas agora em Jesus Cristo, eu achei a verdadeira felicidade.”

Houve um longo silêncio entre os passageiros, o que era preciso, pois é algo digno de se pensar a respeito das vicissitudes da vida: hoje riqueza, amanhã talvez tristeza, doença e preocupações. Mas as coisas externas não precisam destruir nossa esperança: a verdadeira felicidade não está nas coisas transitórias nem no amor humano, por maior e mais importantes que sejam. Ela somente pode ser achada em Jesus Cristo. Ele nos dá paz, alegria, consolo e a vida eterna, pois Ele é a fonte disso tudo. “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmo 50:15).

Que DEUS abençoe a todos.

Romanos 8.26

23 de Novembro

"Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis." Romanos 8.26

Se de fato o Espírito Santo ora por meio de nós, não são os nossos desejos, mas os anseios de Deus que Ele gostaria de realizar. Portanto, se a nossa oração for a oração do Espírito Santo, o atendimento será garantido. Observemos hoje, e nos próximos dias, seis aspectos importantes para a oração.

A disposição para receber

O Espírito Santo nos proporciona aquilo que Deus quer nos dar. Mas, para isso, devemos estar dispostos a receber o Espírito Santo. Muitos dirão que nós, cristãos, já temos o Espírito Santo. Isto é verdade, desde que sejamos renascidos, pois "ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo." Mas nem sempre somos cheios do Espírito Santo. Por isso é necessária a disposição de recebermos sempre nova plenitude do Espírito de Deus preparada pelo Senhor para nós. Como se manifesta essa disposição? "Todos estes perseveravam unânimes em oração..." Esse é o fundamento, ou seja, a condição para poder receber Espírito Santo. A disposição do coração para receber, portanto, está em primeiro lugar.

Que DEUS abençoe a todos.

Deuteronômio 11:16-32

Deuteronômio 11:16-32

16 Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;
17 E a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá.
18 Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.
19 E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;
20 E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas;
21 Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.
22 Porque se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao Senhor vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes,
23 Também o Senhor, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós.
24 Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo.
25 Ninguém resistirá diante de vós; o Senhor vosso Deus porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso terror e o temor de vós, como já vos tem dito.
26 Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição;
27 A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando;
28 Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.
29 E será que, quando o Senhor teu Deus te introduzir na terra, a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal.
30 Porventura não estão eles além do Jordão, junto ao caminho do pôr do sol, na terra dos cananeus, que habitam na campina defronte de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré?
31 Porque passareis o Jordão para entrardes a possuir a terra, que vos dá o Senhor vosso Deus; e a possuireis, e nela habitareis.
32 Tende, pois, cuidado em cumprir todos os estatutos e os juízos, que eu hoje vos proponho.


Deuteronômio 11:16-32
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma” (v. 18). “Se… as minhas palavras permanecerem em vós …” é a instrução que o Senhor Jesus nos deixa ao se aproximar Sua morte. Se assim for, então saberemos como orar (João 15:7), como falar dEle (Salmo 45:1; Mateus 12:34), como fugir do mal (Salmo 119:11). Cada momento de cada dia será ocupado com essas palavras e com Aquele que as pronunciou. Todas as nossas conversações, os nossos feitos e o nosso andar terão suas marcas. As pessoas poderão ler em nossa face a felicidade que elas produzem. Nosso lar, nosso trabalho, nossas idas e vindas adornarão, “em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tito 2:10).

Então se chega à conclusão de todas essas exortações à obediência: “Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição” (v. 26). Dois caminhos se abrem á frente de cada um de nós. Um é o caminho estreito e da obediência ao Senhor, o outro é o caminho espaçoso de nossa vontade própria. Contudo, Deus colocou sinalizadores neste cruzamento. O caminho de obediência conduz à bênção; o outro, o da obstinação, à maldição. Qual você escolherá e seguirá?

Que DEUS abençoe a todos.

João 19:8-11

Segunda-feira 22 Novembro

E Pilatos… disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado (João 19:8-11).

Dois poderes

Jesus, o Cristo, é certamente o rei que Deus estabeleceu sobre Seu povo, Aquele a quem o trono de Davi está prometido. Ele deu todas as provas de que era o Enviado de Deus para reinar. Porém não se apresentou como um chefe guerreiro decidido a libertar o país da ocupação romana; ao contrário, propôs uma verdadeira revolução espiritual, insuportável para os líderes religiosos judeus acostumados a dominar. Estes O entregaram a Pilatos, o governador romano, para que fosse crucificado.

Pela segunda vez, os dois homens estavam frente a frente:

— Um tinha as marcas dos golpes que acabara de receber e vestia, em tom de escárnio, um manto real e uma coroa de espinhos; contudo, era o Filho de Deus, o juiz de toda a terra que um dia reinará sobre todas as nações do mundo.

— O outro era o representante do império que dominava sobre o mundo da época. Declarava orgulhosamente que tinha o poder de soltar ou crucificar Jesus. Na verdade, longe de ser um homem livre, estava dominado pela superstição, pelo medo de uma rebelião dos judeus, pelo temor do imperador.

Jesus, o acusado, é quem emite a sentença sobre Pilatos! Este não é mais que um instrumento nas mãos de Deus, que serviu para que o plano divino fosse cumprido.

Que DEUS abençoe a todos.

Gálatas 5.18

22 de Novembro

"Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei." Gálatas 5.18

Por que em muitos filhos de Deus demora tanto até que acontece uma clara tomada de poder pelo Espírito Santo em suas vidas? Tomemos como exemplo a política, para entender melhor esse assunto. Muitos governos não têm liberdade de ação porque no país não existe um partido político que detém a maioria. Na vida de muitos filhos de Deus não acontece uma clara tomada de poder pelo Espírito Santo porque em seu coração não existe "decisão por maioria" para o Espírito Santo. Desarmonia interior surge porque várias forças disputam a hegemonia na vida dessas pessoas, e tais forças podem ser orgulho, inveja, presunção, fofocas ou outros vícios obscuros que procuram assumir o domínio em sua vida. O Espírito Santo não age com violência! Ele governa, mas quando duvidamos, Ele se retrai. Quando o Espírito Santo não pode dominar o coração de um filho de Deus, não traz apenas desarmonia interior como conseqüência, mas também exteriormente se notam as seqüelas. Por isso sua vida de fé é uma luta constante. Isso se observa em muitos filhos de Deus. Seguir o caminho do Senhor se torna um grande esforço, e isso é justamente o contrário daquilo que o Senhor quer dar. Quando o Espírito Santo governa a vida de uma pessoa, seguir o Seu caminho não é uma obrigação, mas uma felicidade.

Que DEUS abençoe a todos.

Deuteronômio 11:1-15

Deuteronômio 11:1-15

1 AMARÁS, pois, ao Senhor teu Deus, e guardarás as suas ordenanças, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias.
2 E hoje sabereis que falo, não com vossos filhos, que o não sabem, e não viram a instrução do Senhor vosso Deus, a sua grandeza, a sua mão forte, e o seu braço estendido;
3 Nem tampouco os seus sinais, nem os seus feitos, que fez no meio do Egito a Faraó, rei do Egito, e a toda a sua terra;
4 Nem o que fez ao exército dos egípcios, aos seus cavalos e aos seus carros, fazendo passar sobre eles as águas do Mar Vermelho quando vos perseguiam, e como o Senhor os destruiu, até ao dia de hoje;
5 Nem o que vos fez no deserto, até que chegastes a este lugar;
6 E o que fez a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, filho de Rúben; como a terra abriu a sua boca e os tragou com as suas casas e com as suas tendas, como também tudo o que subsistia, e lhes pertencia, no meio de todo o Israel;
7 Porquanto os vossos olhos são os que viram toda a grande obra que fez o Senhor.
8 Guardai, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes, e entreis, e ocupeis a terra que passais a possuir;
9 E para que prolongueis os dias na terra que o Senhor jurou dar a vossos pais e à sua descendência, terra que mana leite e mel.
10 Porque a terra que passas a possuir não é como a terra do Egito, de onde saíste, em que semeavas a tua semente, e a regavas com o teu pé, como a uma horta.
11 Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas;
12 Terra de que o Senhor teu Deus tem cuidado; os olhos do Senhor teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.
13 E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma,
14 Então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite.
15 E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás.


Deuteronômio 11:1-15
É dito ao povo de Deus para imitar o lavrador que utiliza marcos a fim de manter alinhados os sulcos que ele tem de fazer na terra para semear. A fim de manter o alinhamento, Israel primeiro olhava para trás, relembrando a saída do Egito e a difícil jornada pelo deserto (vv. 2-7; Jeremias 2:23), depois olhava para frente a fim de contemplar, pela fé, a rica terra da promessa (vv. 10-12). Quando sairmos da linha, isso deve servir para nos advertir e falar à nossa consciência, embora a perspectiva de uma herança no céu que está diante de nós seja apropriada para estimular o coração. Estando constantemente diante de um passado que foi minuciosamente planejado pela graça e de um glorioso futuro, o nosso caminhar diário tenderá a ser reto.

Que contraste entre a terra da promessa e o Egito, uma figura do mundo! Mesmo hoje em dia para obter água, os egípcios têm de trazê-la arduamente aos canais usando um tipo de moinho movido primitivamente pelos pés (final do v. 10), ao passo que na terra de Canaã a chuva do céu provia água livre e abundantemente. Sim, que contraste entre os escassos esforços do homem do mundo em promover sua própria felicidade, e o bendito solo no qual agora está o redimido do Senhor, que recebe tudo da graça de seu Deus!

Que DEUS abençoe a todos.