segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Daniel 12:1

ARMAGEDOM: A ÚLTIMA GUERRA

"Armagedom! A simples menção desta palavra provoca todo tipo de temor e especulação. O que acontecerá durante a batalha do Armagedom? A Terceira Guerra Mundial, talvez?

Armagedom, seja o que for, parece que não estamos preparados para ele. Mesmo assim, vivemos obcecados para saber tudo sobre a última crise da Terra. Somente tal curiosidade pode explicar o sucesso de vendas do livro intitulado: A Agonia do Planeta Terra. Vamos examinar o plano do Armagedom proposto pelo autor Hal Lindsey. Ele vê uma dramática seqüência de eventos envolvendo conspiração, trapaças e guerras entre as potências mundiais.

Esse plano começa três anos e meio após o "arrebatamento", quando anticristo supostamente rompe seu pacto com os judeus. Então ele prossegue interrompendo os cultos no templo em Jerusalém e os sacrifícios de animais. Lindsey chama isso de "abominação da desolação", que causa uma grande tribulação e prepara o palco para o Armagedom.

O próximo passo em direção ao dia da destruição acontece quando um exército árabe-africano ataca Israel. De repente, os soviéticos traem seus aliados árabes e lançam sua própria invasão do Oriente Médio. Os russos conseguem obter o controle de toda a área, segundo Lindsey. Então a luta recrudesce de fato. O anticristo reune rapidamente um grande exército da confederação do Mercado Comum Europeu, da China Vermelha, e talvez dos Estados Unidos.

Essa poderosa hoste permite ao anticristo demolir a ocupação soviética de Israel. Lindsey afirma que a aniquilação total dos exércitos árabe-africano e soviético deixará somente duas potências para lutar pelo domínio do mundo:

"As forças combinadas da civilização Ocidental, sob a liderança do ditador romano, (o anticristo), e as enormes hordas do Oriente, provavelmente unidas sob a máquina de guerra da China Vermelha". Finalmente, Lindsey prediz que estas duas potências remanescentes lutarão entre si pelo controle do mundo. O campo de batalha será a Planície de Megido, no norte de Israel.

No clímax da guerra do Armagedom, Cristo voltará com Seus santos para destruir os pagãos e estabelecer Seu reino em Jerusalém para reinar sobre o mundo.

Porém, o que a Bíblia ensina sobre o Armagedom é o que realmente importa. Tenho várias dúvidas sinceras sobre o cenário que Lindsey descreve em A Agonia do Planeta Terra.

Para começar, não posso aceitar a predição de que "os Estados Unidos deixarão de ser o líder do Ocidente e provavelmente se tornarão, em algum sentido, parte da nova esfera européia de poder". A profecia bíblica ensina o contrário. O livro de Apocalipse prediz um papel poderoso dos Estados Unidos na condução do mundo para a crise final da Terra. E nada me preocupa mais do que os ensinos dos arrebatamentistas de que o templo judeu reconstruído em Jerusalém será o centro do reavivamento espiritual. Lindsey diz: "Haverá uma reinstituição do culto judeu segundo a lei de Moisés com sacrifícios e oblações".

Mas, isto não seria competir com o Calvário e negar o sacrifício vicário de Jesus? Quando Ele morreu, o véu do templo se rasgou, simbolizando o fim dos cultos e sacrifícios no templo judeu. Restaurar esses sacrifícios de animais, contradiria o que Cristo realizou como o Cordeiro de Deus. E qualquer coisa que venha a competir com o sacrifício consumado de Cristo não é obra de Deus, portanto o que haveria de tão mau se o anticristo acabasse com esses sacrifícios profanos de animais? Ele estaria fazendo um favor à causa de Cristo! Estamos levantando importantes perguntas aqui. Perguntas que interessam profundamente a todos os que apreciam o Calvário como o único e completo sacrifício para o pecado. Lembre-se da profecia predizendo a obra de Cristo na cruz em Daniel 9:27: "Ele fará cessar o sacrifício e a oferta..." Os ensinos arrebatamentistas levam estas lindas palavras para longe de Cristo e as dão ao anticristo!

Seria inadequado tirar Jesus de Daniel 9:27 e colocar ali o anticristo; isto ressuscita a mais questionável doutrina medieval da contra-reforma e mina por completo a verdadeira fé em Cristo.

Os arrebatamentistas crêem no sangue de Cristo para sua salvação. Então, por que esperam e oram para que o templo de Jerusalém seja reconstruído, antecipando que sacrifícios de animais serão oferecidos em seu altar? Como eles podem considerar tal idolatria um reavivamento espiritual?

Se o anticristo atacasse um templo judeu reconstruído em Jerusalém e pusesse fim a seus blasfemos sacrifícios, que negam a morte de nosso Senhor no Calvário, os verdadeiros cristãos diriam que esta seria a bênção de desolação, e não a abominação da desolação. Pense bem nisso. Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses recapturaram a velha Jerusalém. O general Moshe Dayan marchou até o Muro das Lamentações do velho templo e proclamou: "retornamos aos nossos mais sagrados lugares, para nunca mais deixá-los". Eles retornaram a seus lugares sagrados, mas infelizmente, não retornaram ao seu Messias. Eles ainda rejeitam o pacto da graça de Deus. Assim, como podem eles se considerar o povo escolhido de Deus? A Bíblia afirma claramente: "E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa". Gálatas 3:29.

Esclarecidos estudiosos da Bíblia sabem que o Antigo Testamento não está centralizado primariamente em Israel, mas no Messias. E o Novo Testamento aponta para perto do santuário celeste, onde Jesus intercede por nós agora. "Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem". Hebreus 8:1,2.

O templo está no Céu agora. O Senhor o construiu, não o homem. Qualquer coisa que possamos construir aqui seria um templo falso. E o que glorifica a obra do homem em construir esse templo falso deve ser um falso ensinamento. Nada poderia ser mais claro do que isto: a verdadeira profecia aponta para o alto, para o templo celeste na Nova Jerusalém, enquanto a falsa profecia aponta para baixo, para o templo terreno na velha Jerusalém.

Jesus alertou sobre falsos profetas com enganosas predições relativas à Sua vinda. Poderia toda a atenção colocada sobre Israel ser uma cortina de fumaça do inimigo para desviar os cristãos sinceros da verdadeira questão do Armagedom?

É interessante notar que Jesus alertou a igreja para fugir da cidade condenada de Jerusalém. Faríamos bem em aceitar Seu conselho hoje e fugir das falsas profecias sobre Jerusalém.

O que a Bíblia quer dizer ao predizer a volta dos judeus para Jerusalém? A resposta vem facilmente quando fazemos mais uma pergunta: de onde sairá o povo de Deus quando retornar a Israel? De Babilônia!

Aqui temos a chave para o entendimento da profecia bíblica do final dos tempos: a volta do povo de Deus para Jerusalém deve estar ligada ao alerta final de Apocalipse 18:2 e 4: "...caiu, caiu a grande Babilônia... sai dela, povo meu..."

Portanto, quando os profetas do Antigo Testamento falaram sobre a volta para Jerusalém, eles se referiram ao povo de Deus cativo na Babilônia. Os exilados judeus tinham que sair da Babilônia para retornar a Jerusalém. Ora, o que significa para nós hoje "sai da Babilônia"? A cidade nem sequer existe mais! Se você visitar a antiga cidade no Iraque, só encontrará ruínas. Portanto a referência de Deus à moderna Babilônia não pode ser aplicada a uma cidade literal. Existe alguma aplicação espiritual para a Babilônia hoje?

Eis uma coisa interessante, algo muito importante: todos os reformadores ensinaram que a Babilônia, no livro de Apocalipse, representa a cristandade caída, a igreja que abandonou a fé de seus fundadores do primeiro século.

Temos que admitir, com tristeza, que muitas igrejas hoje perderam a fé profética dos reformadores. Muitos protestantes agora têm adotado as falsidades da contra-reforma, as quais seus próprios fundadores condenaram como a crença da Babilônia.

Para nós, então, sair da Babilônia significa trocar a falsidade pela verdade; abandonar qualquer idéia de que o pacto da graça de Deus está sendo cumprido com a nação judaica fora do sangue de Jesus. Retornar a Jerusalém agora significa esperar pela fé a "cidade cujo edificador é Deus", de acordo com Hebreus 11.

Essa cidade, é claro, é a Nova Jerusalém no Céu. O Senhor é o edificador dela, e não um arquiteto judeu na velha Jerusalém. Nossa esperança está em: "...Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós". Gálatas 4:25,26.

Temos que procurar a Nova Jerusalém acima de nós, onde Jesus intercede como sumo sacerdote no templo celeste. E dependemos apenas dEle como Salvador, Senhor e futuro Rei! Com isto tudo em mente, estamos preparados para entender a batalha do Armagedom. Somente uma vez a Bíblia menciona essa palavra, no livro de Apocalipse, no capítulo 16, versículos 14 e 16: "porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus todo-poderoso. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom". Apocalipse 16:14,16.

Essa "batalha naquele grande dia do Deus todo-poderoso" é o conflito final da Terra. Mais do que forças humanas estarão lutando nos exércitos espirituais de Deus e Satanás. O Armagedom será o clímax do grande conflito entre o bem e o mal.

Onde será travada essa batalha? Bem, a história não oferece registro de qualquer lugar chamado Armagedom, mas a Bíblia nos dá algumas pistas. O texto diz que a palavra "Armagedom" vem do hebreu. Nesse idioma, a palavra combina "har" que significa monte, e "magedon," que muitos conectam com "megido". Portanto, o nome Armagedom pode ser entendido como "Monte de Megido". O Monte de Megido é uma pista com a qual podemos trabalhar.

Na época do Antigo Testamento, Megido era uma cidade-fortaleza pequena mas importante, ao norte de Jerusalém, perto da planície de Esdraelon. Uma vez, nas Escrituras, esta planície é chamada de Planície de Megido. Pode parecer um local lógico para a guerra, mas devemos lembrar que o Armagedom envolve um monte e não uma planície. Temos que encontrar um Monte de Megido, um monte com algum significado espiritual para os exércitos celestes.

Bem, destacando-se acima da paisagem de Megido, está o Monte Carmelo.

Este monte representa o Monte Megido, o cenário do "Armagedom".

Há muito tempo, nesse local, Elias comandou um dramático duelo entre Deus e Seus inimigos. O profeta convocou a nação para comparecer a esse monte e os desafiou a julgar entre o culto falso e o verdadeiro. Ouça seu corajoso apelo: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se for Baal, segui-o..."

I Reis 28:21.

Deus conquistara uma grande vitória no Monte Carmelo. Ele derrotou os inimigos de Seu pacto, e novamente os derrotará, de uma vez por todas, no Armagedom.

De fato, o Comentário Internacional Sobre o Novo Testamento explica: "Har, H-A-R, Har-Magedom é o simbolismo do destronamento final de todas as forças do mal pela força e poder de Deus... Deus emergirá vitorioso e levará consigo todos os que colocaram sua fé nEle".

Portanto, agora entendemos que o Armagedom é um duelo entre a verdade e o erro, a lealdade a Deus ou ao poder do mal. Enquanto acontecem, com certeza, batalhas devastadoras entre os exércitos da Terra, o tema dominante das Escrituras é que o Armagedom centraliza-se em torno do conflito espiritual envolve cada ser humano pessoalmente. Para cada um de nós vem o desafio: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos"?

Obedeceremos ao pacto da graça de Deus e nos afastaremos das falsidades da Babilônia? Seremos contados entre os santos que "guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus"?

Todos temos um papel a desempenhar no Armagedom. Quando Deus vencer os poderes do mal, nós também podemos vencer com Ele! O Apocalipse nos assegura que os santos triunfalmente "entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:3.

O cântico de Moisés e do Cordeiro! Qual seria ele?

Bem, você se lembra como Deus livrou Moisés e os israelitas na batalha com Faraó, durante seu Armagedom, com tribulações e pragas. Nós também enfrentaremos tribulação durante a crise final da Terra. A Bíblia diz que haverá sofrimentos de fato: "Haverá um tempo de angústia, o qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo..." Daniel 12:1.

Graças a Deus, Ele nos livrará, assim como salvou Moisés e os israelitas há muito tempo. Nós venceremos a tribulação final da Terra através do sangue do Cordeiro - o sangue de Jesus Cristo na verga da porta de nosso coração.

Imagine como será estar no Céu, diante do trono de Deus com os santos, naquela grande multidão que ninguém consegue contar. Vestidos com mantos brancos e segurando ramos de palma da vitória, entoaremos um canto de júbilo: "... ao nosso Deus... e ao Cordeiro, pertence a salvação". Apocalipse 7:10.

Pense sobre o dia que Jesus Cristo atravessará o céu do ocidente. Medite nisso muitas vezes e deixe que isto lhe dê algo pelo que viver. Pode haver algo mais emocionante para se contemplar? Ver primeiro uma pequena nuvem negra. Observá-la aproximar-se cada vez mais até se tornar branca e gloriosa. Uma nuvem diferente de todas que você já viu - uma nuvem de anjos, incontáveis anjos. Ouvir um som como nunca antes você ouviu: o som de uma trombeta ecoando ao redor do mundo. Então, uma voz como nenhuma que você já ouviu: a voz de nosso Senhor chamando os mortos para a vida. A Terra tremerá; túmulos se abrirão; anjos em toda parte levarão criancinhas até os braços ansiosos de seus pais. Entes queridos há muito separados pela morte se reunirão aos gritos de alegria. Então, juntos com aqueles que ressuscitaram, nós que esperamos através da longa noite na Terra, seremos levados até nosso lar celeste.

Eu quero estar lá, e sei que você também quer. Deus nos ajude a estarmos prontos para aquele grande dia.


Que DEUS abençoe a todos.

Isaías 53:9 e João 19:42

Segunda-feira 15 Novembro

E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca (Isaías 53:9).

Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus (João 19:42).

Detalhes que revelam o amor de Deus

Quando o Senhor Jesus rendeu Sua vida na cruz, Deus não permitiu que os homens tratassem Seu corpo como bem entendessem. Ele havia permitido que Seu Filho fosse crucificado entre dois criminosos, mas agora que a obra estava consumada, Deus não quis que as pessoas fizessem além do que estava em Sua mente.

As razões para a escolha do sepulcro do Senhor, apontadas nos dois versículos acima, certamente nos afetam pela imensa diferença entre elas. Ambas têm um significado profundo: a palavra profética de Isaías revelou a intenção divina cerca de 700 anos antes do evento, e constitui o pano de fundo do fato, por assim dizer. João, por outro lado, descreveu o procedimento visível.

A grandeza de Deus é demonstrada aqui. A pressa por causa do sábado que se aproximava e a localização favorável da tumba foram tudo o que Deus precisava para guiar as ações humanas com o fim de cumprir Seus planos. Nem na morte Deus nos abandona, e Ele provou isso ao tecer com imenso cuidado os acontecimentos para que o corpo inerte de Seu amado Filho recebesse honras póstumas.

Como esses versículos nos confortam! Deus registrou tais coisas em Seu livro santo para nos mostrar que tudo aquilo que possamos considerar normal e aparentemente sem importância, como o fato de onde seremos sepultados, tem, sim, importância para Ele. Todos os inúmeros detalhes de nosso cotidiano, se os colocarmos em Suas mãos, adquirem novo significado, pois irão refletir o amor e o interesse do nosso cuidadoso Deus e Pai.

Que DEUS abençoe a todos.

Efésios 5.15-16

15 de Novembro 2010
TRIBULAÇÂO
"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5.15-16).
Quase todo mundo já passou por tempos turbulentos e traumáticos, durante os quais experimentou muita incerteza ou talvez até grande dor e tristeza. Estes tempos geralmente são períodos de crise individual, familiar ou mesmo nacional, em que todo recurso pessoal, físico e emocional é utilizado para superar os problemas. Angústia, tristeza, perseguição, tragédia, catástrofe, fome, guerra e incertezas são dinâmicas muito reais no dia-a-dia e nas notícias. Mas, segundo a Bíblia, haverá um tempo futuro de angústia ainda maior conhecido como "Tribulação". Essa era virá depois do Arrebatamento da Igreja e será o pior período de sofrimento que o mundo já experimentou. Ela será o maior "choque do futuro".

Os especuladores econômicos de Wall Street geralmente são divididos em otimistas e pessimistas (chamados de "touros" e "ursos"), conforme sua "interpretação" dos indicadores e das tendências econômicas. Da mesma forma, intérpretes da Bíblia podem ler suas passagens proféticas e entender grande parte do plano de Deus para o futuro. A diferença é que, através do estudo da profecia com cuidado e oração, a maior parte da especulação pode ser eliminada. Ao contrário dos mercados futuros, o plano de Deus é claro e certo. Acreditar no Arrebatamento implica que os crentes devem ser pessimistas e apáticos? Evidentemente que não! Devemos ser realistas e vigilantes. Somos realistas com relação ao futuro e esperamos a vinda do Senhor Jesus Cristo para Sua Igreja. Mas também reconhecemos que depois do Arrebatamento haverá um tempo de intensa Tribulação mundial.

Acreditar no Arrebatamento implica que os crentes devem ser pessimistas e apáticos? Evidentemente que não! Devemos ser realistas e vigilantes.

A Bíblia fala mais sobre esses sete anos do que sobre qualquer outro período de tempo profético. Durante esses sete anos, o Anticristo surgirá, haverá perseguição aos novos crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom e a Segunda Vinda de Cristo acontecerão.

O Novo Testamento nos ensina que a atual era da Igreja também incluirá provações e tribulações. Jesus disse: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33). O apóstolo Paulo advertiu: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Timóteo 3.12). Mas a perseguição do mundo contra a Igreja nesta era não é a ira de Deus. A tribulação futura será um tempo de castigo de Deus sobre o mundo que rejeitou a Cristo – um tempo do qual a Igreja será livrada como o nosso Senhor prometeu (Apocalipse 3.10; 1 Tessalonicenses 1.10; 5.9).

Os crentes podem viver diariamente com a certeza de que a história humana terminará com Jesus Cristo como o Vencedor. O futuro é certo. Mas Jesus disse aos Seus discípulos que antes da vitória final "haverá Grande Tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais" (Mateus 24.21). Na sua intensidade e agonia, essa época será infeliz e indesejável. Mas foi previsto que ela vai acontecer e está descrito como ela será. A Bíblia diz que ela será trágica, mas real. [...]

Qual a relação entre "o tempo da ira de Deus" e a Tribulação?
Já que a Bíblia usa muitos termos para descrever uma variedade de atividades associadas ao julgamento de Deus durante a Tribulação, e já que "Tribulação" e "ira de Deus" às vezes são usadas para referir-se ao mesmo período de tempo (i.e., a Tribulação de sete anos), conclui-se que o tempo da ira de Deus acontece durante a Tribulação.

O tempo da ira de Deus acontece durante a Tribulação.

A base bíblica para essa conclusão pode ser oferecida da seguinte maneira: Deuteronômio 4.30 descreve esse período do fim dos tempos como tempo de tribulação. Sofonias 1.15 chama o mesmo dia "de alvoroço e desolação" (i.e., tribulação) e de "dia da ira". Os autores do Novo Testamento tomam esse termo do Antigo Testamento e usam-no como característica geral do que denominamos de período de sete anos da Tribulação, já que é um tempo em que a ira acumulada de Deus é liberada sobre a história humana e traz retribuição a um mundo que rejeitou a Cristo, mundo que será motivado por Satanás a perseguir crentes e judeus (Romanos 2.5; 5.9; Colossenses 3.6; Apocalipse 14.10, 19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).

Por exemplo, Romanos 2.5 diz: "Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus".

Portanto, vemos que a Bíblia diz que o que acontece com a humanidade na Tribulação será motivado pela ira de Deus, que está se acumulando durante a atual era da graça. [...]

Qual a relação entre "o tempo de angústia para Jacó" e a Tribulação?
A frase "tempo de angústia para Jacó" vem da profecia encontrada em Jeremias 30.5-7: "Assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor e de temor e não de paz. Perguntai, pois, e vede, se acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada homem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que é grande aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela".

Que é grande aquele dia, e não há outro semelhante!

Nessa passagem o profeta Jeremias fala de um tempo ainda futuro quando grande angústia ou tribulação virá sobre todo o Israel, que é simbolicamente denominado de "Jacó". Esse tempo é a Tribulação futura, ou um evento passado? É melhor interpretar esse tempo de angústia como algo que ainda é futuro para Israel – um tempo conhecido como a septuagésima semana de Daniel ou a Tribulação. O expositor bíblico e estudioso de profecia Dr. Charles H. Dyer escreve sobre essa passagem e seu significado:

A que "tempo de angústia" Jeremias está se referindo? Alguns acham que ele está indicando a derrota de Judá pela Babilônia ou a derrota posterior da Babilônia pela Medo-Pérsia. Mas, em ambos esses períodos o Reino do Norte, Israel, não foi afetado. Ele já tinha sido levado ao cativeiro (em 722 a.C.). Uma solução melhor é que Jeremias está referindo-se a um período de tribulação futuro quando o remanescente de Israel e Judá sofrerá uma perseguição incomparável (Daniel 9.27; 12.1; Mateus 24.15-22). O período terminará quando Cristo aparecer para resgatar os Seus eleitos (Romanos 11.26) e estabelecer Seu reino (Mateus 24.30-31; 25.31-46; Apocalipse 19.11-21; 20.4-6).[1]

Portanto, o tempo de angústia para Jacó enfatiza o aspecto da Tribulação futura que expressa a dificuldade pela qual os judeus ou descendentes de Jacó passarão durante esse período. [...]

Por que a Tribulação é Importante?
A Tribulação é importante para os crentes hoje por várias razões. Em primeiro lugar, o estudo da Palavra de Deus é sempre importante, e deve ser feito com cuidado. Independentemente do tipo de passagens estudadas, sejam sobre aliança ou cronologia, poesia, parábola, ou profecia, todas devem ser estudadas e aplicadas diligentemente. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra" (2 Timóteo 3.16-17). A Tribulação é importante porque é ensinada na Bíblia.

Em segundo lugar, a Tribulação é importante porque, de certa forma, Satanás é desmascarado e vemos suas verdadeiras intenções e motivações. Essa compreensão do seu plano, se aplicada corretamente, pode ajudar o crente hoje na batalha espiritual.

Por exemplo, vemos que durante a Tribulação, Satanás usa a religião como um caminho falso e enganador. Isso é uma advertência para nós hoje.

Em terceiro lugar, a Tribulação é importante para nós porque grande parte do que vemos hoje e vimos no passado é uma preparação para o que virá. Por exemplo, o impulso atual para a globalização não pode surpreender aqueles que estão cientes do que a Bíblia ensina sobre o futuro. Porque nosso Deus Soberano ordenou anteriormente esses eventos, devemos nos confortar com o fato de que Ele está no controle. Esse tempo futuro de intensa maldade é a manifestação máxima da natureza pecaminosa da humanidade conjugada ao plano rebelde de Satanás. Mas ambos serão levados a julgamento por parte de um Deus justo e onipotente.

Conclusão
A tribulação é certa, mas a vitória também é.

A história humana está cheia de tragédias e desespero pessoal, nacional e internacional. Em cada século, em cada império e em cada era houve manifestações do pecado original, da queda e da atividade satânica. As passagens da profecia bíblica (e outras passagens da Bíblia) ensinam claramente que o futuro trará um período específico de trauma e de tragédia extremos, durante o qual o terror e a tribulação serão intensos e internacionais. Essa era durará sete anos e, depois da batalha de Armagedom, culminará na Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo para estabelecer Seu reino milenar na terra. Nós acreditamos que essa era de Tribulação, cheia de destruição e perseguição, acontecerá depois do Arrebatamento da Igreja. Isto, porém, não isenta os crentes de hoje das suas responsabilidade diárias, do evangelismo, do discipulado e da vida santificada. A tribulação é certa, mas a vitória também é. Com relação à Tribulação, não devemos nos preocupar em como será a vida naqueles dias, mas sim, em como está a nossa vida hoje em dia. "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5.15-16).

Que DEUS abençoe a todos.

Deuteronômio 6:16-25 – 7:1-6

Deuteronômio 6:16-25

16 Não tentareis o Senhor vosso Deus, como o tentastes em Massá;
17 Diligentemente guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, como também os seus testemunhos, e seus estatutos, que te tem mandado.
18 E farás o que é reto e bom aos olhos do Senhor, para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa terra, a qual o Senhor jurou dar a teus pais.
19 Para que lance fora a todos os teus inimigos de diante de ti, como o Senhor tem falado.
20 Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?
21 Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egito;
22 E o Senhor, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa;
23 E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais.
24 E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje.
25 E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.


Deuteronômio 7:1-6

1 QUANDO o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
2 E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;
4 Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.
5 Porém assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas; e cortareis os seus bosques, e queimareis a fogo as suas imagens de escultura.
6 Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.


Deuteronômio 6:16-25 – 7:1-6
Tentar a Deus (v. 16) significa efetivamente colocá-Lo em uma situação difícil para provar o que Ele diz. Não é nada menos que incredulidade. Em Massa, o povo queria ter certeza de que o Senhor verdadeiramente estava entre eles (Êxodo 17:7), ao passo que Jesus não tinha a menor necessidade de Se atirar do pináculo do templo para saber que ordens tinham sido dadas aos anjos a Seu respeito (Mateus 4:6).

De acordo com o versículo 7 do capítulo 6, os pais eram responsáveis por ensinar as palavras do Senhor a seus filhos. Já o versículo 20 mostra os filhos questionando seus pais. Tais perguntas são feitas de antemão em três outras ocasiões. Em Êxodo 12:26, o assunto é a Páscoa (Qual é o caminho da salvação?). A passagem de Êxodo 13:14 lida com a separação que se segue (Por que esta contínua separação do mundo?). Finalmente Josué 4:6 diz respeito às doze pedras tiradas do Jordão e colocadas em Canaã (uma pergunta relativa à posição celestial do crente e à unidade da Igreja como o corpo de Cristo). Queridos jovens amigos, façam esses perguntas! Que excelentes respostas vocês receberão (vv. 21-25)!

Israel não devia poupar nada pertencente aos cananeus nem aos seus deuses. Isto não era para satisfazer o espírito militar e tirânico que geralmente motiva as nações vitoriosas, mas porque Israel era um povo santo ao Senhor (v. 6).

Que DEUS abençoe a todos.