sábado, 18 de abril de 2009

PORQUE DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA

"Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt 26.39)

Jesus estava disposto ao sacrifício

Jamais poderemos avaliar a profundidade dessa oração de Jesus no Getsêmani. Não que Jesus não quisesse seguir o caminho da morte como Cordeiro de Deus. Nesse sentido Ele já tinha tomado Sua decisão, que anunciou previamente aos Seus discípulos: "Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá" (Mt 20.18-19). Nessa única frase Jesus predisse de maneira compacta todos os acontecimentos da Paixão e da Páscoa. Através da Sua concordância com a vontade de Deus em seu aspecto mais central, Ele mesmo tornou-se o centro da vontade divina.

A salvação da humanidade tem seu fundamento na concordância de Jesus em caminhar em direção ao Calvário. Para Ele e o Pai não havia outro caminho para a salvação de pecadores ímpios. Mas esse caminho tinha de ser assim tão penoso e horrível para o amoroso, puro e inocente Filho de Deus? Gostaríamos de tê-lO poupado desses grandes sofrimentos! Seu discípulo Pedro também pensava assim: "E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens." (Mt 16.22-23). Esta passagem mostra de maneira extremamente nítida o abismo, provocado pela queda, entre a forma de pensar humana, afetada pelo pecado, e os desígnios de Deus. A maneira humana de pensar, que ficou sujeita à influência de Satanás, rejeita caminhos de sofrimento. Temos de aprender a pensar conforme a maneira de Deus, da forma como ensinam as Escrituras. Foi a vontade de Deus que Seu Filho bebesse até a última gota o amargo cálice do sofrimento, suportasse o maior escárnio e as mais profundas dores físicas e emocionais. E Jesus concordou com esse caminho, dizendo "Sim, Pai!" Somente esse caminho levava à nossa salvação e à Sua maior glória e plenitude de poder. Por mais profundamente que uma pessoa tenha caído, se pedir perdão pelos seus pecados, recebê-lo-á. Jesus não oferece uma graça barata, sem valor, porque conquistou-a com Seu sangue. E qual foi a resposta que Deus, o Pai, deu a Seu Filho quando este orou: "...todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres"? – Nenhuma! Deus se calou nessa hora. Não houve mais resposta. Essa foi a provação mais forte pela qual Jesus teve de passar: não receber mais resposta de Deus quando mais precisava dela. Jesus poderia ter desesperado nessa hora; Ele, que sempre foi um com o Pai, que podia dizer: "eu sabia que sempre me ouves" (Jo 11.42). Deus se calou, e o Filho seguiu pelo caminho do sacrifício mesmo quando a comunicação com o Pai foi interrompida. Não podemos avaliar o significado mais profundo desse fato. Uma missão assim tão difícil só podia ser confiada ao Filho amado de Deus. E Ele seguiu esse caminho por amor a você e a mim. Só dessa maneira Deus pôde salvar as pessoas da impiedade delas. Nessa hora, nossa salvação estava em jogo.

Representação profética do sacrifício de Jesus

Sacrifício significa duas coisas:

– Comunhão de quem faz o sacrifício com Deus.

– Homenagem, gratidão e expiação.

Percebemos isso já nos sacrifícios oferecidos por Caim e Abel. O sacrifício sincero agrada a Deus, o sacrifício insincero é rejeitado por Ele. "Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não desprezarás, ó Deus" (Sl 51.17). "Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22). Jesus honrou a Deus com obediência, e com Sua vida ofereceu um sacrifício perfeito: "muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hb 9.14).

Abraão

Deus testou a sinceridade e fidelidade de Abraão pedindo que ele sacrificasse em holocausto seu filho Isaque, que Abraão amava e que Deus havia dado a ele, cumprindo Sua promessa. Será que isso significava que Isaque deveria ser morto e queimado no fogo? Sim, foi exatamente o que Deus pediu a Abraão. Abraão não consultou ninguém, nem mesmo sua própria esposa Sara, que havia dado à luz a Isaque, mas pela fé foi a Moriá com seu filho Isaque, "porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" (Hb 11.19). Esse foi um dos mais importantes "tipos" proféticos, pois aponta para o Calvário. O sangue de Isaque não precisou correr em Moriá porque Deus falou a Abraão: "Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho" (Gn 22.12). Ao invés de Isaque, um carneiro teve que morrer em seu lugar.

A atitude de Abraão revela seu caráter, seu coração. Se você ou eu tivéssemos estado em seu lugar, como teríamos agido? Um sacrifício legítimo não é uma cerimônia superficial, que não custa nada! Do mesmo modo Isaque, que se deitou para ser sacrificado, é uma representação profética simbólica de Jesus, que voluntariamente derramou Seu sangue por nós no Calvário. Isaías viu isso profeticamente: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca" (Is 53.7). Abraão é um símbolo de Deus, o Pai, e Isaque simboliza Jesus Cristo. Meditar sobre o sacrifício vai nos mostrar mais claramente o profundo significado da salvação e vai conduzir-nos à adoração. O objetivo de Deus é conduzir à vida através da morte.

O sangue nas portas

Antes da saída de Israel do Egito, Deus ordenou aos hebreus que sacrificassem um cordeiro sem defeito. Ele devia ser macho de um ano de idade, e as vergas e ombreiras das portas tinham de ser aspergidas com seu sangue. "O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito" (Êx 12.13). Também esse é um "tipo" profético de Jesus, o Cordeiro de Deus que morreu no Calvário.

A cruz como símbolo do sacrifício

Hoje em dia usa-se com orgulho uma cruzinha delicada, se possível de ouro, como enfeite e adorno pendurado no pescoço. Quem o faz, poderia usá-la com alegria, se debaixo da cruzinha batesse um coração em que Jesus habita. Em certos lugares, cruzes artisticamente moldadas são usadas como decoração. Mas, quem lembra atualmente que esse símbolo foi instrumento de tortura e execução? Só os piores criminosos condenados à morte eram dependurados ou pregados em uma cruz, como alerta e sinal de sua rejeição. Ela também lembra da crueldade humana. Poucos dos que usam cruzes como adorno se lembram do pavor desse tipo de pena de morte. Deus diz em Deuteronômio 21.23: "O seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o Senhor, teu Deus, te dá em herança." Gálatas 3.13 repete: "Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro." A cruz é símbolo de maldição? Sim, é o que diz a Sagrada Escritura. Mas devemos observar todo o texto de Gálatas 3.13, pois a cruz é também símbolo de salvação: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)." Gravemos profundamente em nossos corações: Jesus levou voluntariamente sobre Si na cruz a maldição do pecado, que deveria cair sobre nós. Lá, onde nós deveríamos estar dependurados, Jesus esteve em nosso lugar, pagando o preço da nossa salvação. Assim fomos libertos da maldição. Em 1 Pedro 2.24 lemos o mesmo com as seguintes palavras: "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados." Mas Ele não o fez apenas simbolicamente, Ele o fez de maneira real. Ele o fez por todas as pessoas, para que ninguém tivesse de se perder, a não ser quem rejeitar essa oferta. Jesus teve de fazer esse sacrifício porque todos os incontáveis sacrifícios de animais na Antiga Aliança não podiam tirar os pecados, mas apenas cobri-los. Já que a expiação de nossa culpa exigiu um preço tão elevado, nunca conseguiremos levar o pecado suficientemente a sério, realmente temos de odiá-lo e evitá-lo! Jesus, com Seu sacrifício no madeiro maldito, cumpriu o que havia prometido: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10.11).

Estamos dispostos ao sacrifício?

Jesus ofereceu-se em sacrifício voluntariamente. Ele não vacilou, mas seguiu Seu caminho firmemente decidido: "Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt 26.39). Jesus espera de Seus seguidores essa mesma disposição ao sacrifício. "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (1 Jo 3.16). Tão longe pode ir a exigência de Jesus a você ou a mim, e ela não deve ser atenuada. Mas só Ele sabe de quem pode exigi-lo em cada caso concreto. Sabemos de pessoas em prisões que, sob ameaças de morte, deveriam delatar outros cristãos e mencionar os nomes de seus irmãos na fé, mas que permaneceram firmes e não os denunciaram. Perguntemo-nos: quão genuíno é nosso amor a Jesus e a nossos irmãos no Senhor?

Recentemente recebi um relato sobre cristãos chineses:

O devotamento e o espírito de sacrifício dos servos de Deus na China é muito impressionante. O que pode parecer chocante aos ouvidos ocidentais, também dos cristãos – a disposição de sofrer por Jesus, de ir para a prisão, de eventualmente deixar a vida – em muitos grupos de igrejas caseiras é mais uma honra e uma distinção do que vergonha e humilhação. Mas esses cristãos não devem de forma alguma ser vistos como fanáticos, extremistas ou imaturos. Pelo contrário, poder-se-ia dizer que eles apresentam um caráter simples, humilde, manso, espiritual e muito maduro. Eles falam de si mesmos o mínimo possível – para não tomarem de alguma forma a honra que só pertence a Deus –, falando mais das grandes obras de Deus, do Seu nome, louvando os Seus feitos.

E nós, cristãos ocidentais, como demonstramos nossa fé? Não deveríamos tomar esses cristãos chineses como exemplo? Eles deveriam ter a oportunidade de evangelizar no Ocidente! Não estamos praticando um cristianismo insípido, descompromissado, acomodado, que busca a prosperidade, um cristianismo que perdeu sua força de convicção? No centro não está mais o sacrifício, a entrega a Jesus, mas sim o nosso próprio bem-estar. Pensamos que antes de nos dedicar ao Senhor de maneira completa, precisamos ter nossas necessidades materiais atendidas. Logicamente não gostamos de ouvir que não somos bons ofertantes. Damos nossas ofertas (de nossas sobras!) para este e aquele projeto e chamamos isso de sacrifício. O Evangelho é adaptado à nossa filosofia de vida liberal e pluralista. Deus deve-se adaptar a nós e ficar satisfeito conosco. Pregadores e pastores não devem nos importunar com "exigências bíblicas ultrapassadas e fora de moda". Quem se firma fielmente na Palavra de Deus é considerado sectário excêntrico. Assim, a cruz passou a ser novamente um escândalo e um tropeço, que atrapalha o nosso sossego. E o pior: nas tendências da vida moderna nem notamos que estamos nos afastando do centro da vontade de Deus, tornando-nos inimigos da cruz. Com isso Satanás consegue alcançar o que sempre quis: a negação do sacrifício do Calvário.

O sacrifício do Calvário é perfeito

O primeiro Adão trouxe o pecado e a perdição ao mundo. O último Adão nos trouxe, com Sua morte, a libertação do poder do pecado e da morte. Ele o sabia, e por isso morreu com as palavras vitoriosas "Está consumado!" em Seus lábios. Assim Ele fez tudo o que Deus exigia e pagou o preço pelos nossos pecados. O véu rasgado no templo abre o acesso ao Santo dos Santos, ao coração do Pai. Pela vitória alcançada no Calvário, nem a morte conseguiu retê-lO. Só aceitando e recebendo pessoalmente o sacrifício perfeito do Calvário é possível viver uma vida cristã de alegria e vitória na fé. Jesus Cristo, o início e o fim, é e continua sendo o centro de nossa salvação, pois Ele continuamente intercede por nós, e por Ele recebemos propiciação pelos nossos pecados: "Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hb 10.10). Todos os que buscam refúgio no sacrifício perfeito de Jesus tornam-se justos pelo Seu sangue e passam a fazer parte de Seu Reino. Nessa posição devemos permanecer, mas também avançar na santificação! O apóstolo Paulo nos exorta com muita insistência: "Por isso, celebremos a festa (da Páscoa) não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Co 5.8).

Que DEUS abençoe a todos.

Lucas 2.1-201

Lucas 2.1-201

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.2 Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.3 Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.4 José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,5 a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.6 Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,7 e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou -o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.17 E, vendo -o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores.19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.20 Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.

Lucas 2:1-20

Sem que o saiba, o imperador Augusto se torna um dos instrumentos dos quais Deus se serve para cumprir seus maravilhosos desígnios. Desconhecidos de todos, José e Maria se dirigiram a Belém, e é ali onde acontece o nascimento do Senhor Jesus. Mas que entrada fez o Filho de Deus neste mundo! Veja-O deitado numa manjedoura porque não havia lugar para Ele na hospedaria. Sua vinda é um incômodo ao mundo. Quantos corações se assemelham a esta hospedaria; não há neles lugar para o Senhor Jesus.
Não é aos grandes homens, mas aos humildes pastores a quem é anunciada a boa nova: "Hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:11; Ele nasceu para eles e para nós. Se o mundo não se interessa pelo nascimento do Salvador, todo o céu celebra este incomparável mistério: "Aquele que foi manifestado na carne, foi... contemplado por anjos" (1 Timóteo 3:16). Estes dão glória a Deus em seu louvor magnífico, anunciando paz na Terra e boa vontade para com os homens (compare Provérbios 8:31). Graças ao sinal que lhes fora dado, os pastores encontraram a criança. Eles compartilham o que acabam de ver e ouvir e por sua vez glorificam a Deus (v. 20). O nosso desejo é unirmo-nos a eles em ações de graças e louvor.

Que DEUS abençoe a todos.

Lucas 1.57-8057

Lucas 1.57-8057

A Isabel cumpriu-se o tempo de dar à luz, e teve um filho.58 Ouviram os seus vizinhos e parentes que o Senhor usara de grande misericórdia para com ela e participaram do seu regozijo.59 Sucedeu que, no oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.60 De modo nenhum! Respondeu sua mãe. Pelo contrário, ele deve ser chamado João.61 Disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que tenha este nome.62 E perguntaram, por acenos, ao pai do menino que nome queria que lhe dessem.63 Então, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: João é o seu nome. E todos se admiraram.64 Imediatamente, a boca se lhe abriu, e, desimpedida a língua, falava louvando a Deus.65 Sucedeu que todos os seus vizinhos ficaram possuídos de temor, e por toda a região montanhosa da Judéia foram divulgadas estas coisas.66 Todos os que as ouviram guardavam-nas no coração, dizendo: Que virá a ser, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.67 Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:68 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo,69 e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo,70 como prometera, desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas,71 para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam;72 para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança73 e do juramento que fez a Abraão, o nosso pai,74 de conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor,75 em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias.76 Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos,77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados,78 graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas,79 para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.80 O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel.

Lucas 1:57-80

Isabel traz ao mundo aquele que será o profeta do Altíssimo (v. 76). Vizinhos e parentes se alegram com ela. Observem o quanto o gozo preenche estes capítulos (1:14,44,47,58; 2:10). Zacarias tem agora a oportunidade de demonstrar sua fé, ao confirmar o belo nome deste menino (João significa favor de Jeová). Imediatamente lhe é devolvida a fala e suas primeiras palavras são para louvar e bendizer a Deus. Cheio do Espírito Santo, ele louva a Deus pela grande libertação que Ele empreenderá a favor de Seu povo. E nós que somos cristãos podemos fazer subir ainda mais alto o nosso canto! Através da vinda de Cristo e de Sua obra na cruz, Deus nos tem livrado, não de nossos inimigos terrenos, mas do poder de Satanás. Sendo assim libertos, não é o nosso privilégio servir ao Senhor "sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias" (vv. 74-75)?
Zacarias ainda fala da visita do "sol nascente das alturas". Desde os dias de Ezequiel, a glória tinha se afastado; mas eis que - mistério digno de admiração - esta glória divina volta para visitar um povo impotente e necessitado (v. 79); porém, desta vez, não é sob o aspecto de uma nuvem esplendorosa, mas sim sob a condição de uma humilde criancinha.

Que DEUS abençoe a todos.

1 Coríntios 16.13-14

18 de Abril

"Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor." (1 Coríntios 16.13-14)

O que é um automóvel sem motor? O que é um corpo sem espírito? O que é uma pessoa renascida sem fé vitoriosa? É importante nos questionarmos, pois em nossos dias não somente presenciamos um aumento de todos os valores no sentido material; mas também o aumento da fé é um fato. A fé não é mais vitoriosa! Mas as Escrituras enfatizam a indivisibilidade desses dois fatos: "...e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." Não diz: "nossa fé produz a vitória", mas "nossa fé é a vitória". Devemos confessar que acontece um grande engano onde a fé é separada da vitória. E esse é o motivo por que Paulo adverte: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos." Em outras palavras: onde está o motor da sua fé? Nada acontece; falta a vitória, falta o poder, falta a alegria. Por que tudo está tão parado? Meus amigos, essa questão é de vital importância! Esse também é o motivo pelo qual Paulo clama: "Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos."

Que DEUS abençoe a todos.
Juízes 9:26-57

26 Veio também Gaal, filho de Ebede, com seus irmãos, e passaram a Siquém; e os cidadãos de Siquém confiaram nele.
27 E saíram ao campo, e vindimaram as suas vinhas, e pisaram as uvas, e fizeram festas; e foram à casa de seu deus, e comeram, e beberam, e amaldiçoaram a Abimeleque.
28 E disse Gaal, filho de Ebede: Quem é Abimeleque, e quem é Siquém, para que o sirvamos? Não é porventura filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu mordomo? Servi antes aos homens de Hamor, pai de Siquém; pois, por que razão serviríamos nós a ele?
29 Ah! se este povo estivera na minha mão, eu expulsaria a Abimeleque. E diria a Abimeleque: Multiplica o teu exército, e sai.
30 E, ouvindo Zebul, o maioral da cidade, as palavras de Gaal, filho de Ebede, se acendeu a sua ira;
31 E enviou astutamente mensageiros a Abimeleque, dizendo: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém, e eis que eles estão sublevando esta cidade contra ti.
32 Levanta-te, pois, de noite, tu e o povo que tiveres contigo, e põe emboscadas no campo.
33 E levanta-te pela manhã ao sair o sol, e dá de golpe sobre a cidade; e eis que, saindo contra ti, ele e o povo que tiver com ele, faze-lhe como puderes.
34 Levantou-se, pois, Abimeleque, e todo o povo que com ele havia, de noite, e puseram emboscadas a Siquém, com quatro tropas.
35 E Gaal, filho de Ebede, saiu, e pôs-se à entrada da porta da cidade; e Abimeleque, e todo o povo que com ele havia, se levantou das emboscadas.
36 E, vendo Gaal aquele povo, disse a Zebul: Eis que desce gente dos cumes dos montes. Zebul, ao contrário, lhe disse: As sombras dos montes vês como se fossem homens.
37 Porém Gaal ainda tornou a falar, e disse: Eis ali desce gente do meio da terra, e uma tropa vem do caminho do carvalho de Meonenim.
38 Então lhe disse Zebul: Onde está agora a tua boca, com a qual dizias: Quem é Abimeleque, para que o sirvamos? Não é este porventura o povo que desprezaste? Sai pois, peço-te, e peleja contra ele.
39 E saiu Gaal à vista dos cidadãos de Siquém, e pelejou contra Abimeleque.
40 E Abimeleque o perseguiu porquanto fugiu de diante dele; e muitos feridos caíram até à entrada da porta da cidade.
41 E Abimeleque ficou em Aruma. E Zebul expulsou a Gaal e a seus irmãos, para que não pudessem habitar em Siquém.
42 E sucedeu no dia seguinte que o povo saiu ao campo; disto foi avisado Abimeleque.
43 Então tomou o povo, e o repartiu em três tropas, e pôs emboscadas no campo; e olhou, e eis que o povo saía da cidade, e levantou-se contra ele, e o feriu.
44 Porque Abimeleque, e as tropas que com ele havia, romperam de improviso, e pararam à entrada da porta da cidade; e as outras duas tropas deram de improviso sobre todos quantos estavam no campo, e os feriram.
45 E Abimeleque pelejou contra a cidade todo aquele dia, e tomou a cidade, e matou o povo que nela havia; e assolou a cidade, e a semeou de sal.
46 O que ouvindo todos os cidadãos da torre de Siquém, entraram na fortaleza, na casa do deus Berite.
47 E contou-se a Abimeleque que todos os cidadãos da torre de Siquém se haviam congregado.
48 Subiu, pois, Abimeleque ao monte Salmom, ele e todo o povo que com ele havia; e Abimeleque tomou na sua mão um machado, e cortou um ramo de árvore, e o levantou, e pô-lo ao seu ombro, e disse ao povo, que com ele havia: O que me vistes fazer apressai-vos a fazê-lo assim como eu.
49 Assim, pois, cada um de todo o povo, também cortou o seu ramo e seguiu a Abimeleque; e pondo os ramos junto da fortaleza, queimaram-na a fogo com os que nela estavam, de modo que todos os da torre de Siquém morreram, uns mil homens e mulheres.
50 Então Abimeleque foi a Tebes e a sitiou, e a tomou.
51 Havia, porém, no meio da cidade uma torre forte; e todos os homens e mulheres, e todos os cidadãos da cidade se refugiaram nela, e fecharam após si as portas, e subiram ao eirado da torre.
52 E Abimeleque veio até à torre, e a combateu; e chegou-se até à porta da torre, para a incendiar.
53 Porém uma mulher lançou um pedaço de uma mó sobre a cabeça de Abimeleque; e quebrou-lhe o crânio.
54 Então chamou logo ao moço, que levava as suas armas, e disse-lhe: Desembainha a tua espada, e mata-me; para que não se diga de mim: Uma mulher o matou. E o moço o atravessou e ele morreu.
55 Vendo, pois, os homens de Israel que Abimeleque já era morto, foram-se cada um para o seu lugar.
56 Assim Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando a seus setenta irmãos.
57 Como também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles; e a maldição de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles.


Juízes 9:26-57

Nosso capítulo hoje confirma o que Isaías disse em relação aos seres humanos: “Os seus pés correm para o mal, são velozes para derramar o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniqüidade; nos seus caminhos há desolação e abatimento” (Is 59:7, citado em Romanos 3:15-16). As coisas mudaram no mundo de hoje? Absolutamente não! Mesmo nas chamadas nações cristãs, os políticos ainda dominam por meio de violência, mentiras e agitação. “Eu me envolveria com eles?” foi a pergunta proposta por Jotão em sua parábola (vv. 9, 11, 13). Ele poderia ter ajuntado forças contra Abimeleque para vingar o assassinato de seus irmãos. Mas Jotão se manteve longe disso. Ele se manteve longe das intrigas e dos problemas morando em Beer (v. 21; Números 21:16) e pacientemente esperando pelo livramento do Senhor. E da mesma maneira que viu os midianitas se matando uns aos outros, agora Abimeleque e os homens de Siquém gastavam o tempo deles destruindo-se mutuamente. Eles foram um para com o outro como fogo devorador. Então, o que Jotão havia predito se cumpriu (v. 20). E isso também se cumpriu em relação a todos os que, durante a História, fizeram o mesmo que Abimeleque, pois “de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifar” (Gálatas 6:7 e 5:15).

Que DEUS abençoe a todos.

Juízes 9:1-25


Juízes 9:1-25

1 E ABIMELEQUE, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo:
2 Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém: Qual é melhor para vós, que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós, ou que um homem sobre vós domine? Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne vossa.
3 Então os irmãos de sua mãe falaram acerca dele perante os ouvidos de todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras; e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão.
4 E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite; e com elas alugou Abimeleque uns homens ociosos e levianos, que o seguiram.
5 E veio à casa de seu pai, a Ofra e matou a seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se tinha escondido.
6 Então se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém, e toda a casa de Milo; e foram, e constituíram a Abimeleque rei, junto ao carvalho alto que está perto de Siquém.
7 E, dizendo-o a Jotão, foi e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós;
8 Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós.
9 Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?
10Então disseram as árvores à figueira: Vem tu, e reina sobre nós.
11 Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores?
12 Então disseram as árvores à videira: Vem tu, e reina sobre nós.
13 Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores?
14 Então todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu, e reina sobre nós.
15 E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis por rei sobre vós, vinde, e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano.
16 Agora, pois, se é que em verdade e sinceridade agistes, fazendo rei a Abimeleque, e se bem fizestes para com Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele usastes conforme ao merecimento das suas mãos
17 (Porque meu pai pelejou por vós, e desprezou a sua vida, e vos livrou da mão dos midianitas;
18 Porém vós hoje vos levantastes contra a casa de meu pai, e matastes a seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão);
19 Pois, se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco.
20 Mas, se não, saia fogo de Abimeleque, e consuma aos cidadãos de Siquém, e a casa de Milo; e saia fogo dos cidadãos de Siquém, e da casa de Milo, que consuma a Abimeleque.
21 Então partiu Jotão, e fugiu e foi para Beer; e ali habitou por medo de Abimeleque, seu irmão.
22 Havendo, pois, Abimeleque dominado três anos sobre Israel,
23 Enviou Deus um mau espírito entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém; e estes se houveram aleivosamente contra Abimeleque;
24 Para que a violência feita aos setenta filhos de Jerubaal viesse, e o seu sangue caísse sobre Abimeleque, seu irmão, que os matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que fortaleceram as mãos dele para matar a seus irmãos;
25 E os cidadãos de Siquém puseram contra ele quem lhe armasse emboscadas sobre os cumes dos montes; e a todo aquele que passava pelo caminho junto a eles o assaltavam; e contou-se isso a Abimeleque.

Juízes 9:1-25

Esse triste capítulo descreve o rápido e terrível processo de declínio. Um pouco antes, Gideão sabiamente havia rejeitado o domínio que fora oferecido a ele e a seus filhos. Mas agora um dos filhos dele, Abimeleque, toma o poder através da trapaça e da violência. Em contraste, observe a atitude de Jotão, o caçula de Gideão, único sobrevivente do massacre em Ofra. Ele não teve medo de dizer a verdade e de testemunhar a todo povo em Siquém, da mesma forma que o pai dele havia feito ao edificar um altar ao Senhor e destruir o altar de Baal.
A parábola do rei das três árvores tem muito a nos ensinar. Ela enfatiza três coisas das quais não podemos abrir mão, mas, ao contrário, proteger cuidadosamente:
O óleo ou a gordura da oliveira, uma figura do Espírito Santo, a única fonte de poder para o cristão.
A doçura e os frutos da figueira, em outras palavras, as obras da fé.
O vinho que alegra a Deus e aos seres humanos, um símbolo da comunhão com Deus e com os semelhantes.
Se aceitarmos a autoridade aqui embaixo, ou seja, se aceitarmos ocupar um lugar de domínio e nos envolvermos demais com o mundo, teremos de abrir mão desses três privilégios. Que o Senhor nos livre disso.

Que DEUS abençoe a todos.

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE DEUTERONÔMIO (Leia Deuteronômio 3:18-29)

Sábado 18 Abril

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE DEUTERONÔMIO (Leia Deuteronômio 3:18-29)

[Declarou Jesus:] Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração (Lucas 12:34).
Algumas pessoas lamentam durante toda a vida não se terem aplicado como deviam nos anos em que freqüentaram a escola. E os pais, que nem sempre são ouvidos, advertem seus filhos que ninguém pode esforçar-se pelo outro e que estudos medíocres nos fazem correr o risco de sermos penalizados com uma carreira medíocre; todo o futuro está em jogo. Não é a mesma coisa com os cristãos? A exceção é que toda a vida deles é composta por períodos de aprendizado. Se na vida cristã terrena alguém for um aluno preguiçoso (2 Coríntios 5:9), se não enxergar muito adiante (e não só o que está perto), sua entrada na glória celestial não será ricamente abençoada (“amplamente suprida”); ele sofrerá perda eterna (2 Pedro 1:9, 11). Os filhos de Rúben e Gade nos instruem neste sentido. Foram os primeiros a tomar posse da herança deles, mas isso não quer dizer que ficaram com a melhor fração. Exatamente o contrário! É além do Jordão que estão a “boa terra” e “esta boa região montanhosa” (v. 25). Moisés sabia disto muito bem. Que contraste entre o amado líder cujo coração estava além do Jordão, mas foi impedido de entrar, e estas duas tribos e meia que poderiam ter entrado em Canaã, mas não tinham o mínimo desejo de fazê-lo! E o seu coração, caro amigo, onde está assentado? No céu com Jesus, ou na terra com suas coisas visíveis que são temporárias? (Lucas 12:34).

Que DEUS abençoe a todos.