Quarta-feira 23 Junho
Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença (Romanos 15:13).
Sem esperança!
Na sala de espera do consultório médico, uma senhora contava a um conhecido sobre o marido que morrera seis anos antes e como a vida tinha se tornado difícil desde então. Doenças e problemas dos mais variados tipos eram a razão da aparência pouco saudável dela.
Ela estava de fato muito solitária, pois todos os filhos haviam saído de casa; alguns deles moravam bem longe. Andava com dificuldade; o andador ao seu lado comprovava isso. Mas deveria se contentar por estar viva, outras pessoas viviam em uma situação bem pior que ela e, de qualquer modo, não havia nada a fazer.
Em todo o tempo que a ouvi falar essas coisas, observei seu rosto. Não era muito idosa, não tinha muitas rugas, mas também não gesticulava nem sorria. Ela não tinha esperança!
Sua vida também está seguindo o mesmo rumo patético? Então fique certo de uma verdade: existe alguém que pode lhe dar esperança e alegria, mesmo na tribulação – Deus!
Antes que Ele entre em sua vida e cure sua solidão, é necessário que você abra a porta do seu coração para Ele. Você tem de desnudar sua vida perante o Senhor. Deus não vai usar isso contra você. Ele está disposto a lhe perdoar e lhe dar um coração completamente novo. Ele não esta atrás de seu dinheiro nem de suas posses materiais. Ele quer você por inteiro, quer sua devoção, seu amor e sua gratidão.
Até agora houve obstáculos. Seu relacionamento com o Deus vivo não está em ordem. A razão é a culpa não confessada e sua obstinação. E exatamente por isso você precisa tanto de Deus. Confesse seus pecados e peça perdão a Ele em nome do Senhor Jesus. Somente então o versículo de hoje fará sentido para você.
Que DEUS abençoe a todos.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Efésios 1.7
23 de Junho
"...No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça." Efésios 1.7
O Senhor consumou tudo! Ele tirou totalmente o poder de toda hierarquia do inferno, de Satanás com todos os seus principados! Mas assim mesmo inúmeros crentes vacilam em colocar seus pés no terreno do Calvário, hesitam em reivindicar para si mesmos o ilimitado poder vitorioso da salvação consumada por Jesus Cristo – e isso em todas as áreas da vida. Você não tem em si mesmo o poder de se livrar de todo o tipo de comportamento compulsivo e de desvios de conduta. Mas você pode – pela fé – colocar seus pés no terreno do Calvário – como Israel na antigüidade – e passo a passo tomar conta do terreno da salvação. Desta maneira, você reivindica e toma posse de um poder que se encontra fora da sua própria pessoa: o maravilhoso, inconcebível e ilimitado poder do precioso sangue de Jesus.
Está na hora de você finalmente começar a reivindicar para você pessoalmente o terreno da salvação, que foi ganho para nós por meio de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois para você também vale: "...ainda muitíssima terra ficou para se possuir."
Que DEUS abençoe a todos.
"...No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça." Efésios 1.7
O Senhor consumou tudo! Ele tirou totalmente o poder de toda hierarquia do inferno, de Satanás com todos os seus principados! Mas assim mesmo inúmeros crentes vacilam em colocar seus pés no terreno do Calvário, hesitam em reivindicar para si mesmos o ilimitado poder vitorioso da salvação consumada por Jesus Cristo – e isso em todas as áreas da vida. Você não tem em si mesmo o poder de se livrar de todo o tipo de comportamento compulsivo e de desvios de conduta. Mas você pode – pela fé – colocar seus pés no terreno do Calvário – como Israel na antigüidade – e passo a passo tomar conta do terreno da salvação. Desta maneira, você reivindica e toma posse de um poder que se encontra fora da sua própria pessoa: o maravilhoso, inconcebível e ilimitado poder do precioso sangue de Jesus.
Está na hora de você finalmente começar a reivindicar para você pessoalmente o terreno da salvação, que foi ganho para nós por meio de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois para você também vale: "...ainda muitíssima terra ficou para se possuir."
Que DEUS abençoe a todos.
Mateus 14:1-21
Mateus 14.1-21
1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus
2 e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.
3 Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão;
4 pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.
5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta.
6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes.
7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse.
8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista.
9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem;
10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere.
11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe.
12 Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus.
13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo -o as multidões, vieram das cidades seguindo -o por terra.
14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.
15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.
16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer.
17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18 Então, ele disse: Trazei-mos.
19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.
20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios.
21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
Mateus 14:1-21
O capítulo 11 nos mostrou João Batista na prisão. Aprendemos que ele foi jogado na prisão por Herodes (filho do rei de que fala o capítulo 2). E por que motivo? João não teve medo de repreendê-lo porque ele se havia casado com a mulher que seu irmão repudiou. Agora a fiel testemunha paga com sua vida pela coragem de ter dito a verdade para o rei. Sua morte ocorre em meio aos divertimentos e festas da corte real; é o terrível salário do prazer oferecido ao cruel monarca (Tiago 5:5-6). Herodes até poderia estar entristecido naquele momento, mas já há muito tempo ele queria a morte de João Batista (v. 5), pois o ódio à verdade e àqueles que a proferem estão sempre juntos. Humanamente falando, o fim de João Batista é trágico e até horrível, porém, aos olhos de Deus, era o cumprimento triunfante da sua "carreira" (Atos 13:25).
Podemos até imaginar o que a notícia da morte de Seu precursor causou em Jesus. Não era o anúncio de Seu próprio desprezo e de Sua cruz? Parece que Sua tristeza fez com que sentisse a necessidade de estar só (v. 13). Porém a multidão O alcança de novo, e Seu coração, que sempre pensava nos outros, compadece-se dela. Ele realiza em favor da multidão o grande milagre da primeira multiplicação dos pães.
Que DEUS abençoe a todos.
1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus
2 e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas.
3 Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão;
4 pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.
5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta.
6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes.
7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse.
8 Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista.
9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem;
10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere.
11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe.
12 Então, vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus.
13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo -o as multidões, vieram das cidades seguindo -o por terra.
14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.
15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.
16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer.
17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18 Então, ele disse: Trazei-mos.
19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.
20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios.
21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
Mateus 14:1-21
O capítulo 11 nos mostrou João Batista na prisão. Aprendemos que ele foi jogado na prisão por Herodes (filho do rei de que fala o capítulo 2). E por que motivo? João não teve medo de repreendê-lo porque ele se havia casado com a mulher que seu irmão repudiou. Agora a fiel testemunha paga com sua vida pela coragem de ter dito a verdade para o rei. Sua morte ocorre em meio aos divertimentos e festas da corte real; é o terrível salário do prazer oferecido ao cruel monarca (Tiago 5:5-6). Herodes até poderia estar entristecido naquele momento, mas já há muito tempo ele queria a morte de João Batista (v. 5), pois o ódio à verdade e àqueles que a proferem estão sempre juntos. Humanamente falando, o fim de João Batista é trágico e até horrível, porém, aos olhos de Deus, era o cumprimento triunfante da sua "carreira" (Atos 13:25).
Podemos até imaginar o que a notícia da morte de Seu precursor causou em Jesus. Não era o anúncio de Seu próprio desprezo e de Sua cruz? Parece que Sua tristeza fez com que sentisse a necessidade de estar só (v. 13). Porém a multidão O alcança de novo, e Seu coração, que sempre pensava nos outros, compadece-se dela. Ele realiza em favor da multidão o grande milagre da primeira multiplicação dos pães.
Que DEUS abençoe a todos.
Mateus 13:44-58
Mateus 13.44-58
44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo -o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
45 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas;
46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
47 O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
48 E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.
49 Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,
50 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
51 Entendestes todas estas coisas? Responderam-lhe: Sim!
52 Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.
53 Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali.
54 E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?
55 Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?
57 E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.
58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Mateus 13:44-58
As breves parábolas do tesouro e da pérola enfatizam duas verdades maravilhosas: a primeira, o grande valor que a Igreja tem para Cristo, pois Ele vendeu tudo o que tinha para adquiri-la - desistindo até mesmo da Sua própria vida. Em segundo lugar, vemos o gozo que Ele tem nela. No versículo 47, a rede do Evangelho é lançada no mar das nações. O Senhor disse a Seus discípulos que faria deles pescadores de homens. Eis aqui, pois, os servos trabalhando. Mas nem todos os peixes são bons... nem todos os que se dizem cristãos são verdadeiros cristãos! É a Palavra que permite distingui-los: o bom peixe se reconhece pelas suas escamas e por suas barbatanas (Levítico 11:9-11), e o verdadeiro crente por sua armadura moral, pela sua capacidade de resistir à penetração do mal e a ser levado pela corrente deste mundo.
Da mesma forma que o Senhor encontra um tesouro nos Seus (v. 44), o versículo 52 nos mostra o tesouro que o discípulo encontra em Sua Palavra. Você considera a Bíblia um tesouro de onde se podem tirar "cousas novas e velhas"?
Este capítulo termina tristemente com a incredulidade das multidões. O povo via em Jesus apenas o "filho do carpinteiro", de maneira que Sua graça não pôde ser mostrada a eles.
Que DEUS abençoe a todos.
44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo -o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
45 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas;
46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
47 O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
48 E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.
49 Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,
50 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
51 Entendestes todas estas coisas? Responderam-lhe: Sim!
52 Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.
53 Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali.
54 E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?
55 Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?
57 E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.
58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Mateus 13:44-58
As breves parábolas do tesouro e da pérola enfatizam duas verdades maravilhosas: a primeira, o grande valor que a Igreja tem para Cristo, pois Ele vendeu tudo o que tinha para adquiri-la - desistindo até mesmo da Sua própria vida. Em segundo lugar, vemos o gozo que Ele tem nela. No versículo 47, a rede do Evangelho é lançada no mar das nações. O Senhor disse a Seus discípulos que faria deles pescadores de homens. Eis aqui, pois, os servos trabalhando. Mas nem todos os peixes são bons... nem todos os que se dizem cristãos são verdadeiros cristãos! É a Palavra que permite distingui-los: o bom peixe se reconhece pelas suas escamas e por suas barbatanas (Levítico 11:9-11), e o verdadeiro crente por sua armadura moral, pela sua capacidade de resistir à penetração do mal e a ser levado pela corrente deste mundo.
Da mesma forma que o Senhor encontra um tesouro nos Seus (v. 44), o versículo 52 nos mostra o tesouro que o discípulo encontra em Sua Palavra. Você considera a Bíblia um tesouro de onde se podem tirar "cousas novas e velhas"?
Este capítulo termina tristemente com a incredulidade das multidões. O povo via em Jesus apenas o "filho do carpinteiro", de maneira que Sua graça não pôde ser mostrada a eles.
Que DEUS abençoe a todos.
Êxodo 29:1-18
Êxodo 29:1-18
1 ISTO é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho e dois carneiros sem mácula,
2 E pão ázimo, e bolos ázimos, amassados com azeite, e coscorões ázimos, untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás,
3 E os porás num cesto, e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4 Então farás chegar a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação, e os lavarás com água;
5 Depois tomarás as vestes, e vestirás a Arão da túnica e do manto do éfode, e do éfode, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra.
7 E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás.
8 Depois farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas.
9 E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos;
10 E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as suas mãos sobre a cabeça do novilho;
11 E imolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 Depois tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás à base do altar.
13 Também tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, e o redenho de sobre o fígado, e ambos os rins, e a gordura que houver neles, e queimá-los-ás sobre o altar;
14 Mas a carne do novilho, e a sua pele, e o seu esterco queimarás com fogo fora do arraial; é sacrifício pelo pecado.
15 Depois tomarás um carneiro, e Arão e seus filhos porão as suas mãos sobre a cabeça do carneiro,
16 E imolarás o carneiro, e tomarás o seu sangue, e o espalharás sobre o altar ao redor;
17 E partirás o carneiro por suas partes, e lavarás as suas entranhas e as suas pernas, e as porás sobre as suas partes e sobre a sua cabeça.
18 Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é um holocausto para o Senhor, cheiro suave; uma oferta queimada ao Senhor.
Êxodo 29:1-18
Visto isoladamente, Arão representa Jesus; como tal, ele é ungido à parte, e não era necessário sangue (v. 7). Em companhia de seus filhos, vemos Cristo ali com os Seus. Em virtude de seu relacionamento com Jesus, o grande Sumo Sacerdote no céu, os crentes estão unidos a Cristo na oferta de sacrifícios de louvores a Deus. Porém, antes de estarem em posição de exercer seu ofício, Arão e seus filhos tinham de preencher alguns requisitos. Foram preparados sacrifícios para eles. Eles tinham de se aproximar da porta do tabernáculo e ser lavados com água (observe que eles mesmos não podiam fazer essas coisas). Então recebiam novas vestes, descritas no capítulo 28. Moralmente, as mesmas coisas são essenciais antes de qualquer serviço cristão. Primeiro é necessário achegar a Deus com o "mais excelente sacrifício" que expia nossos pecados. Então é necessária a "lavagem de água", uma atribuição da Palavra de Deus (Hebreus 10:22; Tito 3:5). Por último, é preciso que as nossas vestes limpas se unam com o nosso corpo purificado. Zacarias 3:3-5 nos mostra um sacerdote, Josué, a quem o Senhor veste, trocando suas "vestes sujas" por trajes adequados. A nossa conduta exterior deve ser pura, correspondendo assim à purificação interior de nossa consciência. É mediante o ato de nos revestirmos do Senhor Jesus Cristo que poderemos fazer isso (Romanos 13:14).
Que DEUS abençoe a todos.
1 ISTO é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho e dois carneiros sem mácula,
2 E pão ázimo, e bolos ázimos, amassados com azeite, e coscorões ázimos, untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás,
3 E os porás num cesto, e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4 Então farás chegar a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação, e os lavarás com água;
5 Depois tomarás as vestes, e vestirás a Arão da túnica e do manto do éfode, e do éfode, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6 E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra.
7 E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás.
8 Depois farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas.
9 E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos;
10 E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as suas mãos sobre a cabeça do novilho;
11 E imolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12 Depois tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás à base do altar.
13 Também tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, e o redenho de sobre o fígado, e ambos os rins, e a gordura que houver neles, e queimá-los-ás sobre o altar;
14 Mas a carne do novilho, e a sua pele, e o seu esterco queimarás com fogo fora do arraial; é sacrifício pelo pecado.
15 Depois tomarás um carneiro, e Arão e seus filhos porão as suas mãos sobre a cabeça do carneiro,
16 E imolarás o carneiro, e tomarás o seu sangue, e o espalharás sobre o altar ao redor;
17 E partirás o carneiro por suas partes, e lavarás as suas entranhas e as suas pernas, e as porás sobre as suas partes e sobre a sua cabeça.
18 Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é um holocausto para o Senhor, cheiro suave; uma oferta queimada ao Senhor.
Êxodo 29:1-18
Visto isoladamente, Arão representa Jesus; como tal, ele é ungido à parte, e não era necessário sangue (v. 7). Em companhia de seus filhos, vemos Cristo ali com os Seus. Em virtude de seu relacionamento com Jesus, o grande Sumo Sacerdote no céu, os crentes estão unidos a Cristo na oferta de sacrifícios de louvores a Deus. Porém, antes de estarem em posição de exercer seu ofício, Arão e seus filhos tinham de preencher alguns requisitos. Foram preparados sacrifícios para eles. Eles tinham de se aproximar da porta do tabernáculo e ser lavados com água (observe que eles mesmos não podiam fazer essas coisas). Então recebiam novas vestes, descritas no capítulo 28. Moralmente, as mesmas coisas são essenciais antes de qualquer serviço cristão. Primeiro é necessário achegar a Deus com o "mais excelente sacrifício" que expia nossos pecados. Então é necessária a "lavagem de água", uma atribuição da Palavra de Deus (Hebreus 10:22; Tito 3:5). Por último, é preciso que as nossas vestes limpas se unam com o nosso corpo purificado. Zacarias 3:3-5 nos mostra um sacerdote, Josué, a quem o Senhor veste, trocando suas "vestes sujas" por trajes adequados. A nossa conduta exterior deve ser pura, correspondendo assim à purificação interior de nossa consciência. É mediante o ato de nos revestirmos do Senhor Jesus Cristo que poderemos fazer isso (Romanos 13:14).
Que DEUS abençoe a todos.
Êxodo 28:31-43
Êxodo 28:31-43
31 Também farás o manto do éfode, todo de azul.
32 E a abertura da cabeça estará no meio dele; esta abertura terá uma borda de obra tecida ao redor; como abertura de cota de malha será, para que não se rompa.
33 E nas suas bordas farás romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor.
34 Uma campainha de ouro, e uma romã, outra campainha de ouro, e outra romã, haverá nas bordas do manto ao redor,
35 E estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, para que não morra.
36 Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como as gravuras de selos: santidade ao Senhor.
37 E atá-la-ás com um cordão de azul, de modo que esteja na mitra, na frente da mitra estará;
38 E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificarem em todas as ofertas de suas coisas santas; e estará continuamente na sua testa, para que tenham aceitação perante o Senhor.
39 Também farás túnica de linho fino; também farás uma mitra de linho fino; mas o cinto farás de obra de bordador.
40 Também farás túnicas aos filhos de Arão, e far-lhes-ás cintos; também lhes farás tiaras, para glória e ornamento.
41 E vestirás com eles a Arão, teu irmão, e também seus filhos; e os ungirás e consagrarás, e os santificarás, para que me administrem o sacerdócio.
42 Faze-lhes também calções de linho, para cobrirem a carne nua; irão dos lombos até as coxas.
43 E estarão sobre Arão e sobre seus filhos, quando entrarem na tenda da congregação, ou quando chegarem ao altar para ministrar no santuário, para que não levem iniqüidade e morram; isto será estatuto perpétuo para ele e para a sua descendência depois dele.
Êxodo 28:31-43
A sobrepeliz, toda azul, a qual Arão tinha de usar debaixo da estola, nos fala do caráter celestial de nosso Sumo Sacerdote. Enquanto Ele tinha sido feito mais alto do que os céus (Hebreus 7:26), é dado um testemunho dEle na terra por esses irmãos vivendo em união, sustentados pelo Seu sacerdócio no céu, os quais ao mesmo tempo compreendiam, por assim dizer, a "orla das suas vestes" (Salmo 133:1-2 – RC). As campainhas nos fazem pensar naquilo que devia ser ouvido na vida dos filhos de Deus. Seu tilintar evidenciava que o sacerdote estava vivo. Demonstramos a todos à nossa volta que Cristo está vivo? As romãs representam fruto: aquilo que deve ser visto na vida dos santos quando permanecem presos à "sobrepeliz" do Homem celestial (veja João 15:5). E é bom enfatizarmos aqui: desde que as campainhas e as romãs são iguais em número, palavras e atos devem andar de mãos dadas na vida de todo filho de Deus. Porém, se nos sentirmos fracos e deficientes no testemunho e serviço, temos um recurso infalível: Jesus Cristo diante de Deus em Sua absoluta santidade, tendo em Sua testa a lâmina de ouro "Santidade ao Senhor". Enquanto pensamos nEle, não devemos mais nos ocupar com nossas fraquezas, mas com Suas perfeições (Salmo 84:9).
A última parte do capítulo descreve as vestes dos filhos de Arão e nos faz pensar na promessa do Salmo 132:16.
Que DEUS abençoe a todos.
31 Também farás o manto do éfode, todo de azul.
32 E a abertura da cabeça estará no meio dele; esta abertura terá uma borda de obra tecida ao redor; como abertura de cota de malha será, para que não se rompa.
33 E nas suas bordas farás romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das suas bordas; e campainhas de ouro no meio delas ao redor.
34 Uma campainha de ouro, e uma romã, outra campainha de ouro, e outra romã, haverá nas bordas do manto ao redor,
35 E estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, para que não morra.
36 Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como as gravuras de selos: santidade ao Senhor.
37 E atá-la-ás com um cordão de azul, de modo que esteja na mitra, na frente da mitra estará;
38 E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificarem em todas as ofertas de suas coisas santas; e estará continuamente na sua testa, para que tenham aceitação perante o Senhor.
39 Também farás túnica de linho fino; também farás uma mitra de linho fino; mas o cinto farás de obra de bordador.
40 Também farás túnicas aos filhos de Arão, e far-lhes-ás cintos; também lhes farás tiaras, para glória e ornamento.
41 E vestirás com eles a Arão, teu irmão, e também seus filhos; e os ungirás e consagrarás, e os santificarás, para que me administrem o sacerdócio.
42 Faze-lhes também calções de linho, para cobrirem a carne nua; irão dos lombos até as coxas.
43 E estarão sobre Arão e sobre seus filhos, quando entrarem na tenda da congregação, ou quando chegarem ao altar para ministrar no santuário, para que não levem iniqüidade e morram; isto será estatuto perpétuo para ele e para a sua descendência depois dele.
Êxodo 28:31-43
A sobrepeliz, toda azul, a qual Arão tinha de usar debaixo da estola, nos fala do caráter celestial de nosso Sumo Sacerdote. Enquanto Ele tinha sido feito mais alto do que os céus (Hebreus 7:26), é dado um testemunho dEle na terra por esses irmãos vivendo em união, sustentados pelo Seu sacerdócio no céu, os quais ao mesmo tempo compreendiam, por assim dizer, a "orla das suas vestes" (Salmo 133:1-2 – RC). As campainhas nos fazem pensar naquilo que devia ser ouvido na vida dos filhos de Deus. Seu tilintar evidenciava que o sacerdote estava vivo. Demonstramos a todos à nossa volta que Cristo está vivo? As romãs representam fruto: aquilo que deve ser visto na vida dos santos quando permanecem presos à "sobrepeliz" do Homem celestial (veja João 15:5). E é bom enfatizarmos aqui: desde que as campainhas e as romãs são iguais em número, palavras e atos devem andar de mãos dadas na vida de todo filho de Deus. Porém, se nos sentirmos fracos e deficientes no testemunho e serviço, temos um recurso infalível: Jesus Cristo diante de Deus em Sua absoluta santidade, tendo em Sua testa a lâmina de ouro "Santidade ao Senhor". Enquanto pensamos nEle, não devemos mais nos ocupar com nossas fraquezas, mas com Suas perfeições (Salmo 84:9).
A última parte do capítulo descreve as vestes dos filhos de Arão e nos faz pensar na promessa do Salmo 132:16.
Que DEUS abençoe a todos.
Salmos 119: 97 a 99 e Zacarias 2: 8
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UMA BASE SEGURA
"Durante a Segunda Cruzada, um certo conde europeu sobressaiu-se na batalha. De acordo com a tradição, o Patriarca de Jerusalém deu-lhe uma relíquia sagrada como reconhecimento por sua bravura. Era um frasco de cristal contendo o que se dizia ser um pouco da água manchada de sangue com a qual José de Arimatéia lavou o corpo de Cristo.
O conde voltou da Terra Santa e apresentou a relíquia como um presente para a cidade de Bruges, na atual Bélgica. Os agradecidos cidadãos de Bruges construíram uma igreja para guardar a importante relíquia. Chama-se Basílica do Sangue Santo. A capela inferior data do século XII, a época das Cruzadas. A capela superior foi destruída duas vezes, e reconstruída.
Durante séculos, peregrinos foram ali para tocar a relíquia e estar perto daquilo que acreditam ser um traço do sangue do próprio Jesus Cristo.
Mas há uma grande ironia envolvendo a basílica. Porque no século XVII, essa cidade e a maioria dos Flandres haviam se tornado o que alguns chamam de um "aterrador covil de assassinos." A perseguição religiosa fez muitas vítimas.
Não muito longe da Basílica do Sangue Santo, o sangue de devotos seguidores de Jesus foi derramado em nome da religião. Os mesmos peregrinos que reverentemente entravam na igreja para estarem perto do sangue do Salvador, eram capazes de ir à praça do mercado e assistir, com prazer, hereges serem queimados vivos.
Hoje vamos contar a extraordinária história de um homem que morreu ali. Um homem simples e corajoso, Jacob, o fabricante de velas.
Quando Jacob de Roore foi feito prisioneiro, em 1569, Bruges tinha praticamente a mesma aparência de hoje. É uma das cidades mais bem preservadas da Europa. Por causa de seus muitos canais, era chamada a Veneza do Norte. Durante muitos anos, Bruges prosperou como centro de comércio.
Quando Jacob passou pelos edifícios e caminhou pelas ruas da cidade, tudo deve ter lhe parecido bastante sinistro. Todos os olhos que se viraram para olhá-lo viam apenas um herege. Todas as autoridades civis e religiosas da cidade estavam unidas contra ele.
Resumindo, Jacob entrou em Bruges, um homem condenado. Ele havia ousado falar de crenças religiosas que não se encaixavam nas tradições da igreja. Em 1569, a igreja tinha o poder de eliminar a vida daqueles que a ameaçavam.
Jacob, por exemplo, acreditava que os cristãos deveriam confessar seus pecados somente a Cristo, o Sumo Sacerdote, e não a um sacerdote humano. Ele acreditava que apenas Cristo tinha a autoridade de perdoar pecados.
Ele também acreditava que a comunhão era partir o pão em lembrança do corpo ferido de Cristo, e não algum sacramento mágico. Ele ainda afirmava que o batismo era uma coisa para adultos, e não para bebês.
Estas opiniões religiosas podem não parecer revolucionárias hoje, mas em 1500 eram um crime capital, um crime tão sério quanto trair o país.
Foi por isto que Jacob, o fabricante de velas, foi trazido preso por correntes. Aqueles que o conheciam o descreviam como um homem temente a Deus, inteligente, bondoso e eloqüente. Ele dava duro, num trabalho honesto, amava a família e nunca prejudicara ninguém.
Mas isto não significava muito para as autoridades de Bruges. Eles concluíram que suas crenças eram uma ameaça intolerável para a sociedade. Jacob tinha que ser persuadido a mudar de opinião... ou sofrer as conseqüências.
É difícil imaginar como esse solitário artesão conseguiu ficar firme. Jacob já ganhara a vida como tecelão, e mais tarde fabricando velas. Não tinha uma formação teológica.
Preparados intelectuais da igreja dispuseram-se a discutir com ele. Por trás deles, tinham o peso da autoridade da igreja. Devemos lembrar que, no século XVI, a autoridade da igreja, para a maioria das pessoas, era como a autoridade do próprio Deus.
Em suma: os oponentes de Jacob tinham todas as armas do lado deles, sem esquecer a pior delas, que era a morte na fogueira.
Mesmo assim, Jacob conseguiu resistir à enorme pressão feita sobre ele. De alguma forma, Jacob encontrou uma base para sua crença: um fundamento inabalável. Ele preservou sua fé contra todas as forças.
Temos um incrível relatório dos procedimentos contra Jacob, guardados pelo escrivão do tribunal. O escrivão também guardou o longo interrogatório que Jacob teve que suportar. Interrogatório que, em alguns momentos, deve ter ocorrido em sua cela.
A partir desses impressionantes relatos, transcritos primeiramente há cerca de 300 anos, podemos ter uma visão sobre quem era Jacob, que tipo de pessoa era.
O principal interrogador de Jacob era um monge franciscano chamado Frei Cornelis. Ele estava determinado a converter Jacob do que chamava de "crença falsa e perversa", trazendo-o de volta à fé católica, fossem quais fossem os meios necessários.
Assim, quando Jacob quis dizer que o livro de Apocalipse tinha algumas profecias muito interessantes sobre como uma igreja pode transformar-se em Babilônia, Cornelis retrucou com as seguintes palavras, copiadas pelo escrivão: "Bah! O que você entende sobre o Apocalipse de São João? Que universidade freqüentou? Suponho que no tear, pois pelo que sei você não era nada além de um pobre tecelão e um fabricante de velas, antes de sair pregando e rebatizando por aí." Com ironia, o frei acrescentou: "Estudei na universidade de Louvain, e estudei divindade durante tanto tempo, mas não entendo nada sobre o Apocalipse de São João; isto é um fato."
Jacob respondeu: "Cristo agradeceu Seu Pai Celestial, que Ele revelara e tornara conhecido a bebês, e escondera dos sábios deste mundo, como está escrito em Mateus 11, verso 25."
Cornelis rebateu com escárnio: "Deus revelou-se a tecelões do tear, a sapateiros em seus bancos e a fabricantes de foles, acendedores de lanternas, fabricantes de vassouras, a homens que fazem telhados, e todos os tipos de gentalha, e pobres e imundos vagabundos e mendigos? E a nós, eclesiásticos, que estudamos desde a juventude, noite e dia, Ele escondeu?"
O frei não podia acreditar em algo tão despropositado.
À medida que o interrogatório continuou, ficou cada vez mais aparente que Jacob verdadeiramente compreendia verdades profundas da Escritura, e o frei estava brincando de gato e rato com ele.
Quando Jacob apresentava raciocínios a partir da Bíblia, afirmando claramente suas crenças, Cornelis dava respostas do tipo: "O diabo senta-se em suas bochechas; o diabo e sua mãe brincam com sua boca horrenda."
Quando Cornelis exigiu saber como Jacob ousava pregar e ensinar a outros, Jacob respondeu francamente: "Não sou bispo, nem me considero professor; mas em certas ocasiões já orientei irmãos e irmãs... com exortações da Palavra de Deus... de acordo com minha habilidade."
Jacob permaneceu firme através de longos interrogatórios que precederam sua execução. Ele demonstrou uma fé inabalável. Embora os poderes civis e religiosos estivessem unidos contra ele, ele encontrara uma base na qual apoiar-se. Sua base era a Palavra de Deus, e somente a Palavra de Deus.
Nas Escrituras, ele encontrou um poder incomum, uma força diferente. Encontrou o poder de resistir às forças da igreja e do estado que estavam tentando destruir sua fé.
Jacob apenas confiou nos ensinos simples da Escritura. Esta era sua autoridade. E era o suficiente para ele.
Quando Cornelis tentou envolver Jacob num debate sobre os vários sacramentos que a igreja desenvolvera, Jacob respondeu: "Como estas coisas todas não são mencionadas nem conhecidas na Santa Escritura... eu não as compreendo."
A certa altura, Cornelis perguntou, exasperado, como este "tecelão vagabundo" ousava desafiar o santo concílio de Trento, e os ensinamentos de cardeais e bispos e padres.?
O escrivão do tribunal exclamou: "Você deve buscar mais instrução, Jacob."
E até o tabelião manifestou-se, dizendo: "Eu também desejo o mesmo, Jacob, que você não confie tanto em sua própria sabedoria."
Mas Jacob respondeu: "Peço perdão, senhores, mas não confio em minha sabedoria, e sim nas palavras de Cristo."
A própria Escritura era simples o suficiente. Dava ao homem uma base para fundamentar-se, mesmo num mundo onde a conformidade com a tradição era imposta pela espada. Ela revelava o que era essencial.
Como disse Jacob: "Estamos satisfeitos simplesmente com as santas Escrituras; pois tudo que é necessário que saibamos para nossa salvação, encontramos abundantemente nelas, e não precisamos buscar as doutrinas de homens."
Lendo o notável relato desse interrogatório, sente-se que Jacob, o fabricante de velas, tinha muito conhecimento da Escritura. Ele conhecia sua perspectiva. Ele sabia o que ela enfatizava. Ele conhecia seu espírito.
Uma das marcas dos grandes heróis da fé cristã é que ficaram firmes na Palavra de Deus. Os mártires derramaram sangue com tanta coragem porque encontraram certeza e clareza nos ensinos da Escritura.
Na época em que os cristãos foram perseguidos pelos imperadores romanos, muitos crentes foram sentenciados a uma vida de trabalho escravo nas minas de cobre. Suportaram maus tratos brutais. Cada trabalhador tinha o tendão de seu pé esquerdo queimado, e o olho direito lhe era arrancado com uma faca.
O historiador Eusébio narra uma cena inesquecível entre os cristãos famintos e mutilados. Ele encontrou um grupo que estava fazendo um culto. Ouviu que alguém estava lendo grandes porções da Bíblia. Eusébio chegou mais perto, e então notou, para sua surpresa, que o homem que falava estava completamente cego, um homem chamado João. Ele não estava lendo, mas recitando a Escritura de memória.
O historiador escreveu: "Aqueles que tinham o uso de seus olhos juntavam-se num círculo e ele, que usava apenas os olhos de sua mente, falava com clareza, como um profeta, e muito melhor do que aqueles que estavam fisicamente inteiros."
Acontece que João era capaz de recitar livros inteiros da Escritura, tanto do Velho quanto do Novo Testamento. E assim, até mesmo nas minas de cobre, na periferia do Império Romano, os cristãos encontravam alimento espiritual; encontravam um fundamento para a fé; podiam beber da Palavra de Deus, recitada pelo cego, João.
Sempre foi assim durante toda a História. A fé inabalável vem da "Palavra inabalável de Deus."
Foi assim com Dietrich Bonhoeffer, um corajoso pastor da Alemanha, que resistiu ao regime nazista. Ele foi executado pela SS, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
Antes de sua morte, Bonhoeffer conseguiu mandar, da prisão, algumas cartas e ensaios. Eles nos mostram o verdadeiro cristianismo que enchia seu coração. Mostram um homem que estava confiante e seguro na Palavra de Deus.
Depois de uma terrível experiência, quando bombas explodiram quase destruindo sua cela, Bonhoeffer escreveu: "Os pesados ataques aéreos... levaram-me de volta à oração e à leitura da Bíblia."
Em suas cartas, esse pastor que esperava a execução falou de quanto se alegrava nas Escrituras. "Estou lendo a Bíblia inteira de capa a capa," escreveu. "Leio os Salmos todos os dias, como faço há anos; eu os conheço e os amo mais do que qualquer outro livro."
Depois da guerra, um prisioneiro lembrou-se de Bonhoeffer como "um dos poucos homens que já conheci para quem Deus é um Amigo real."
As pessoas que encontram maneiras de levantar-se contra a corrente religiosa, nos piores momentos encontram uma base na Palavra de Deus. Sempre foi assim.
Precisamos desesperadamente de uma base hoje. Há muita coisa no mundo que vai contra o amor, a verdade e a responsabilidade moral. Há uma onda operando na mídia, em nossas instituições, em nossa vizinhança, que parece querer eliminar a fé e a religião. Como podemos evitar que nós e nossa família sejamos levados por essa onda?
A Palavra de Deus nos dá uma base segura. É como se fosse uma grande ponte de pedra cruzando sobre uma sociedade mal direcionada. Seja qual for a corrente da moda num determinado momento, a ponte da Escritura nos dá uma base segura e certa. Sempre estará lá.
O profeta Isaías nos diz, em Isaías 40, verso 8:
"Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente."
O salmista acrescenta que a Palavra de Deus está firmada para sempre no céu. (Salmos 119, verso 89).
É por isso que será sempre uma lâmpada para nossos pés, e luz para o nosso caminho. (Salmos 119:105)
Leia este trecho de Salmos 119, versos 97 a 99:
"Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos."
A inabalável Palavra de Deus é o fundamento da fé inabalável dos heróis cristãos. Estas palavras do Salmo 119 podem ter sido uma motivação para Jacob, o fabricante de velas. Ele certamente demonstrou-se mais sábio do que seus inimigos, mais inteligente do que aqueles que supunham ensiná-lo, porque havia meditado na Palavra de Deus.
Entretanto, Jacob não apenas estudou a Bíblia para vencer debates. A Escritura significava muito mais para ele do que uma fonte de doutrinas corretas. Era também o consolo e o apoio do Pai Celestial.
Percebemos isso claramente numa carta que ele mandou para sua família. Isso mesmo, Jacob fora separado da mulher e dos filhos. Ele ansiava voltar para casa, e viver outra vez com seus amados, como o resto dos habitantes de Ghent.
Jacob escreveu estas palavras enquanto aguardava sua execução: "Minha querida amada e escolhida esposa, fiquem felizes em saber que minha mente está razoavelmente bem... exceto que estou muito triste por você e pelas crianças, já que amo vocês de todo o coração. E nada há sob o céu que me faça desejar deixá-los; mas pelo Senhor e Suas invisíveis riquezas devemos deixar tudo..."
Pensar no futuro de sua família era mais do que Jacob poderia suportar. Ele encontrou forças nas Escrituras. A palavras de Deus encheram sua mente. E ele compartilhou essa força com outros.
Escrevendo a sua esposa sobre seus filhos, ele disse: "Assim, minha mui amada esposa, faça o melhor que puder com eles... E não desmaie por causa das tribulações que devemos sofrer, mas lembre-se de como o Cordeiro inocente, Cristo Jesus, teve que sofrer desde o princípio e ser fiel. Assim diz o Senhor:
"Aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho." Zacarias 2, verso 8.
Jacob continuou ainda escrevendo sobre o "eterno peso de glória, acima de toda comparação" que os aguardava, sobre o tempo em que Deus lhes enxugaria todas as lágrimas dos olhos, e sobre as coisas maravilhosas que Deus havia preparado e continuava preparando para aqueles que amam Sua vinda.
Ele concluiu: "Assim, minha querida esposa, ache conforto nestas palavras, e seja paciente... Desde agora eu a entrego ao Senhor. Escrito no dia 24 de abril, por mim, Jacob, seu marido. Copie isto e mantenha-o em memória de mim; pois eu não sei se poderei escrever-lhe mais alguma vez."
Assim, Jacob foi levado à fogueira, no centro de Bruges, diante da Prefeitura. Ele foi queimado no dia 10 de junho de 1569. Foi escrito num poema que ele morreu "com espírito intrépido," testificando, "diante do mundo" com seu próprio sangue.
Jacob, o fabricante de velas, morreu de pé, em mais de um sentido. Ele encontrara uma base inamovível para sua fé. Um fundamento sobre o qual estava seguro. Uma base de amor, conforto e segurança. Sua incrível coragem veio diretamente da Palavra de Deus.
O mais importante, entretanto, é que ele não fez isso por ter fechado os olhos e se apegado obstinadamente a suas opiniões. Ele não venceu porque se recusou a ouvir a opinião de outros. Jacob não era, de maneira alguma, um fanático. Ele ouvia com atenção tudo o que seus acusadores diziam, e respondia com mais atenção ainda.
Ele era cortês quando eles o insultavam. Declarava suas posições com clareza e calma, quando eles tentavam confundi-lo com armadilhas.
Outro exemplo dessa fé a toda prova, é o exemplo de Martinho Lutero. Lutero ficou famoso pelas declarações que fez no tribunal. Ele foi um dos primeiros que, abertamente, recusou e resistiu ao colossal poder da igreja na Idade Média. Uma igreja que tinha se tornado cada vez mais corrupta. Na assembléia imperial de Worms, Lutero foi levado perante o Santo Imperador Romano, Charles, e representantes do poder papal estavam presentes com suas vestes imponentes. Parecia que toda a cristandade estava contra ele.
"Ir contra a consciência não é nem correto nem seguro. Portanto, não posso e não desejo me retratar. Esta é minha posição. Não posso fazer outra coisa."
Sempre foi assim para aqueles que possuem uma fé inabalável em Cristo. Sempre estiveram presos à Palavra de Deus. E sempre encontraram uma base segura.
Em 1488, o povo de Bruges prendeu Maximiliano da Áustria, e decapitaram seu conselheiro, Pieter Lanchals. O nome Lanchals é muito semelhante à palavra holandesa que significa "pescoço longo." Talvez por esta razão, conta a história que Maximiliano fez um certo decreto depois de ser liberado. Ordenou que Bruges pagasse por seu crime mantendo cisnes de pescoços longos nos canais da cidade, em todas as épocas.
E assim, as lindas criaturas ainda flutuam pelas águas de Bruges; uma forma de expiar por um passado horrendo.
Depois de ler as cartas de Jacob, o fabricante de velas e o relatório de seu interrogatório, estou inclinado a vê-lo como um tipo de cisne. Ou seja, ele me lembra essa história de Maximiliano nesta cidade, há tanto tempo.
A morte de Jacob foi terrível, horripilante. Não gosto nem de pensar em alguém queimar até morrer por causa de suas crenças.
Mas o testemunho de Jacob permanece conosco, flutuando sobre as águas. Seu eloqüente testemunho de que a Palavra de Deus basta, contrasta com as calúnias e orgulho dos acusadores. Há uma beleza pura e simples em seu sacrifício pelos claros ensinamentos da Escritura. Há carinho na maneira como ele confortou sua esposa com a Palavra de Deus.
Precisamos nos lembrar da linda declaração de Jacob. Todos nós precisamos de uma base para nossa fé. Precisamos disso agora. Precisamos superar as pressões do dia-a-dia. Precisamos vencer as crises, as mágoas, as tristezas, as desilusões da vida.
Será que a Palavra de Deus está viva e ativa em sua mente e coração hoje? A Palavra de Deus é seu guia? É sua amiga que lhe dá conforto e segurança? Leva alegria a seu coração? Cura as tristezas e desapontamentos? É algo sólido e seguro no qual você pode confiar? Você entregou sua vida ao Cristo da Palavra? Sim, porque ao abrirmos a Bíblia, encontramos Jesus Cristo. E é Cristo que é a Sólida Rocha na qual podemos confiar, colocar nossa esperança. Você pode basear sua fé e sua vida na Escritura.
ORAÇÃO
Querido Pai que estás no Céu, muito origado porque podemos basear nossa fé em Tua Palavra. Obrigado pelo testemunho de Jacob e outros heróis da fé que defenderam com tanta coragem a verdade e o amor. Precisamos que a Bíblia torne-se a Palavra de Deus em nossas vidas. Por favor, ajuda-nos a meditar em Tua Palavra todos os dias, e faça com que as idéias contidas ali façam morada em nosso coração, permitindo que encontremos consolo e segurança em Tua Palavra. Por favor, faça com que Tua Palavra continue ardendo em nosso coração para sempre. Em nome de Jesus, amém.
Que DEUS abençoe a todos.
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UMA BASE SEGURA
"Durante a Segunda Cruzada, um certo conde europeu sobressaiu-se na batalha. De acordo com a tradição, o Patriarca de Jerusalém deu-lhe uma relíquia sagrada como reconhecimento por sua bravura. Era um frasco de cristal contendo o que se dizia ser um pouco da água manchada de sangue com a qual José de Arimatéia lavou o corpo de Cristo.
O conde voltou da Terra Santa e apresentou a relíquia como um presente para a cidade de Bruges, na atual Bélgica. Os agradecidos cidadãos de Bruges construíram uma igreja para guardar a importante relíquia. Chama-se Basílica do Sangue Santo. A capela inferior data do século XII, a época das Cruzadas. A capela superior foi destruída duas vezes, e reconstruída.
Durante séculos, peregrinos foram ali para tocar a relíquia e estar perto daquilo que acreditam ser um traço do sangue do próprio Jesus Cristo.
Mas há uma grande ironia envolvendo a basílica. Porque no século XVII, essa cidade e a maioria dos Flandres haviam se tornado o que alguns chamam de um "aterrador covil de assassinos." A perseguição religiosa fez muitas vítimas.
Não muito longe da Basílica do Sangue Santo, o sangue de devotos seguidores de Jesus foi derramado em nome da religião. Os mesmos peregrinos que reverentemente entravam na igreja para estarem perto do sangue do Salvador, eram capazes de ir à praça do mercado e assistir, com prazer, hereges serem queimados vivos.
Hoje vamos contar a extraordinária história de um homem que morreu ali. Um homem simples e corajoso, Jacob, o fabricante de velas.
Quando Jacob de Roore foi feito prisioneiro, em 1569, Bruges tinha praticamente a mesma aparência de hoje. É uma das cidades mais bem preservadas da Europa. Por causa de seus muitos canais, era chamada a Veneza do Norte. Durante muitos anos, Bruges prosperou como centro de comércio.
Quando Jacob passou pelos edifícios e caminhou pelas ruas da cidade, tudo deve ter lhe parecido bastante sinistro. Todos os olhos que se viraram para olhá-lo viam apenas um herege. Todas as autoridades civis e religiosas da cidade estavam unidas contra ele.
Resumindo, Jacob entrou em Bruges, um homem condenado. Ele havia ousado falar de crenças religiosas que não se encaixavam nas tradições da igreja. Em 1569, a igreja tinha o poder de eliminar a vida daqueles que a ameaçavam.
Jacob, por exemplo, acreditava que os cristãos deveriam confessar seus pecados somente a Cristo, o Sumo Sacerdote, e não a um sacerdote humano. Ele acreditava que apenas Cristo tinha a autoridade de perdoar pecados.
Ele também acreditava que a comunhão era partir o pão em lembrança do corpo ferido de Cristo, e não algum sacramento mágico. Ele ainda afirmava que o batismo era uma coisa para adultos, e não para bebês.
Estas opiniões religiosas podem não parecer revolucionárias hoje, mas em 1500 eram um crime capital, um crime tão sério quanto trair o país.
Foi por isto que Jacob, o fabricante de velas, foi trazido preso por correntes. Aqueles que o conheciam o descreviam como um homem temente a Deus, inteligente, bondoso e eloqüente. Ele dava duro, num trabalho honesto, amava a família e nunca prejudicara ninguém.
Mas isto não significava muito para as autoridades de Bruges. Eles concluíram que suas crenças eram uma ameaça intolerável para a sociedade. Jacob tinha que ser persuadido a mudar de opinião... ou sofrer as conseqüências.
É difícil imaginar como esse solitário artesão conseguiu ficar firme. Jacob já ganhara a vida como tecelão, e mais tarde fabricando velas. Não tinha uma formação teológica.
Preparados intelectuais da igreja dispuseram-se a discutir com ele. Por trás deles, tinham o peso da autoridade da igreja. Devemos lembrar que, no século XVI, a autoridade da igreja, para a maioria das pessoas, era como a autoridade do próprio Deus.
Em suma: os oponentes de Jacob tinham todas as armas do lado deles, sem esquecer a pior delas, que era a morte na fogueira.
Mesmo assim, Jacob conseguiu resistir à enorme pressão feita sobre ele. De alguma forma, Jacob encontrou uma base para sua crença: um fundamento inabalável. Ele preservou sua fé contra todas as forças.
Temos um incrível relatório dos procedimentos contra Jacob, guardados pelo escrivão do tribunal. O escrivão também guardou o longo interrogatório que Jacob teve que suportar. Interrogatório que, em alguns momentos, deve ter ocorrido em sua cela.
A partir desses impressionantes relatos, transcritos primeiramente há cerca de 300 anos, podemos ter uma visão sobre quem era Jacob, que tipo de pessoa era.
O principal interrogador de Jacob era um monge franciscano chamado Frei Cornelis. Ele estava determinado a converter Jacob do que chamava de "crença falsa e perversa", trazendo-o de volta à fé católica, fossem quais fossem os meios necessários.
Assim, quando Jacob quis dizer que o livro de Apocalipse tinha algumas profecias muito interessantes sobre como uma igreja pode transformar-se em Babilônia, Cornelis retrucou com as seguintes palavras, copiadas pelo escrivão: "Bah! O que você entende sobre o Apocalipse de São João? Que universidade freqüentou? Suponho que no tear, pois pelo que sei você não era nada além de um pobre tecelão e um fabricante de velas, antes de sair pregando e rebatizando por aí." Com ironia, o frei acrescentou: "Estudei na universidade de Louvain, e estudei divindade durante tanto tempo, mas não entendo nada sobre o Apocalipse de São João; isto é um fato."
Jacob respondeu: "Cristo agradeceu Seu Pai Celestial, que Ele revelara e tornara conhecido a bebês, e escondera dos sábios deste mundo, como está escrito em Mateus 11, verso 25."
Cornelis rebateu com escárnio: "Deus revelou-se a tecelões do tear, a sapateiros em seus bancos e a fabricantes de foles, acendedores de lanternas, fabricantes de vassouras, a homens que fazem telhados, e todos os tipos de gentalha, e pobres e imundos vagabundos e mendigos? E a nós, eclesiásticos, que estudamos desde a juventude, noite e dia, Ele escondeu?"
O frei não podia acreditar em algo tão despropositado.
À medida que o interrogatório continuou, ficou cada vez mais aparente que Jacob verdadeiramente compreendia verdades profundas da Escritura, e o frei estava brincando de gato e rato com ele.
Quando Jacob apresentava raciocínios a partir da Bíblia, afirmando claramente suas crenças, Cornelis dava respostas do tipo: "O diabo senta-se em suas bochechas; o diabo e sua mãe brincam com sua boca horrenda."
Quando Cornelis exigiu saber como Jacob ousava pregar e ensinar a outros, Jacob respondeu francamente: "Não sou bispo, nem me considero professor; mas em certas ocasiões já orientei irmãos e irmãs... com exortações da Palavra de Deus... de acordo com minha habilidade."
Jacob permaneceu firme através de longos interrogatórios que precederam sua execução. Ele demonstrou uma fé inabalável. Embora os poderes civis e religiosos estivessem unidos contra ele, ele encontrara uma base na qual apoiar-se. Sua base era a Palavra de Deus, e somente a Palavra de Deus.
Nas Escrituras, ele encontrou um poder incomum, uma força diferente. Encontrou o poder de resistir às forças da igreja e do estado que estavam tentando destruir sua fé.
Jacob apenas confiou nos ensinos simples da Escritura. Esta era sua autoridade. E era o suficiente para ele.
Quando Cornelis tentou envolver Jacob num debate sobre os vários sacramentos que a igreja desenvolvera, Jacob respondeu: "Como estas coisas todas não são mencionadas nem conhecidas na Santa Escritura... eu não as compreendo."
A certa altura, Cornelis perguntou, exasperado, como este "tecelão vagabundo" ousava desafiar o santo concílio de Trento, e os ensinamentos de cardeais e bispos e padres.?
O escrivão do tribunal exclamou: "Você deve buscar mais instrução, Jacob."
E até o tabelião manifestou-se, dizendo: "Eu também desejo o mesmo, Jacob, que você não confie tanto em sua própria sabedoria."
Mas Jacob respondeu: "Peço perdão, senhores, mas não confio em minha sabedoria, e sim nas palavras de Cristo."
A própria Escritura era simples o suficiente. Dava ao homem uma base para fundamentar-se, mesmo num mundo onde a conformidade com a tradição era imposta pela espada. Ela revelava o que era essencial.
Como disse Jacob: "Estamos satisfeitos simplesmente com as santas Escrituras; pois tudo que é necessário que saibamos para nossa salvação, encontramos abundantemente nelas, e não precisamos buscar as doutrinas de homens."
Lendo o notável relato desse interrogatório, sente-se que Jacob, o fabricante de velas, tinha muito conhecimento da Escritura. Ele conhecia sua perspectiva. Ele sabia o que ela enfatizava. Ele conhecia seu espírito.
Uma das marcas dos grandes heróis da fé cristã é que ficaram firmes na Palavra de Deus. Os mártires derramaram sangue com tanta coragem porque encontraram certeza e clareza nos ensinos da Escritura.
Na época em que os cristãos foram perseguidos pelos imperadores romanos, muitos crentes foram sentenciados a uma vida de trabalho escravo nas minas de cobre. Suportaram maus tratos brutais. Cada trabalhador tinha o tendão de seu pé esquerdo queimado, e o olho direito lhe era arrancado com uma faca.
O historiador Eusébio narra uma cena inesquecível entre os cristãos famintos e mutilados. Ele encontrou um grupo que estava fazendo um culto. Ouviu que alguém estava lendo grandes porções da Bíblia. Eusébio chegou mais perto, e então notou, para sua surpresa, que o homem que falava estava completamente cego, um homem chamado João. Ele não estava lendo, mas recitando a Escritura de memória.
O historiador escreveu: "Aqueles que tinham o uso de seus olhos juntavam-se num círculo e ele, que usava apenas os olhos de sua mente, falava com clareza, como um profeta, e muito melhor do que aqueles que estavam fisicamente inteiros."
Acontece que João era capaz de recitar livros inteiros da Escritura, tanto do Velho quanto do Novo Testamento. E assim, até mesmo nas minas de cobre, na periferia do Império Romano, os cristãos encontravam alimento espiritual; encontravam um fundamento para a fé; podiam beber da Palavra de Deus, recitada pelo cego, João.
Sempre foi assim durante toda a História. A fé inabalável vem da "Palavra inabalável de Deus."
Foi assim com Dietrich Bonhoeffer, um corajoso pastor da Alemanha, que resistiu ao regime nazista. Ele foi executado pela SS, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
Antes de sua morte, Bonhoeffer conseguiu mandar, da prisão, algumas cartas e ensaios. Eles nos mostram o verdadeiro cristianismo que enchia seu coração. Mostram um homem que estava confiante e seguro na Palavra de Deus.
Depois de uma terrível experiência, quando bombas explodiram quase destruindo sua cela, Bonhoeffer escreveu: "Os pesados ataques aéreos... levaram-me de volta à oração e à leitura da Bíblia."
Em suas cartas, esse pastor que esperava a execução falou de quanto se alegrava nas Escrituras. "Estou lendo a Bíblia inteira de capa a capa," escreveu. "Leio os Salmos todos os dias, como faço há anos; eu os conheço e os amo mais do que qualquer outro livro."
Depois da guerra, um prisioneiro lembrou-se de Bonhoeffer como "um dos poucos homens que já conheci para quem Deus é um Amigo real."
As pessoas que encontram maneiras de levantar-se contra a corrente religiosa, nos piores momentos encontram uma base na Palavra de Deus. Sempre foi assim.
Precisamos desesperadamente de uma base hoje. Há muita coisa no mundo que vai contra o amor, a verdade e a responsabilidade moral. Há uma onda operando na mídia, em nossas instituições, em nossa vizinhança, que parece querer eliminar a fé e a religião. Como podemos evitar que nós e nossa família sejamos levados por essa onda?
A Palavra de Deus nos dá uma base segura. É como se fosse uma grande ponte de pedra cruzando sobre uma sociedade mal direcionada. Seja qual for a corrente da moda num determinado momento, a ponte da Escritura nos dá uma base segura e certa. Sempre estará lá.
O profeta Isaías nos diz, em Isaías 40, verso 8:
"Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente."
O salmista acrescenta que a Palavra de Deus está firmada para sempre no céu. (Salmos 119, verso 89).
É por isso que será sempre uma lâmpada para nossos pés, e luz para o nosso caminho. (Salmos 119:105)
Leia este trecho de Salmos 119, versos 97 a 99:
"Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos."
A inabalável Palavra de Deus é o fundamento da fé inabalável dos heróis cristãos. Estas palavras do Salmo 119 podem ter sido uma motivação para Jacob, o fabricante de velas. Ele certamente demonstrou-se mais sábio do que seus inimigos, mais inteligente do que aqueles que supunham ensiná-lo, porque havia meditado na Palavra de Deus.
Entretanto, Jacob não apenas estudou a Bíblia para vencer debates. A Escritura significava muito mais para ele do que uma fonte de doutrinas corretas. Era também o consolo e o apoio do Pai Celestial.
Percebemos isso claramente numa carta que ele mandou para sua família. Isso mesmo, Jacob fora separado da mulher e dos filhos. Ele ansiava voltar para casa, e viver outra vez com seus amados, como o resto dos habitantes de Ghent.
Jacob escreveu estas palavras enquanto aguardava sua execução: "Minha querida amada e escolhida esposa, fiquem felizes em saber que minha mente está razoavelmente bem... exceto que estou muito triste por você e pelas crianças, já que amo vocês de todo o coração. E nada há sob o céu que me faça desejar deixá-los; mas pelo Senhor e Suas invisíveis riquezas devemos deixar tudo..."
Pensar no futuro de sua família era mais do que Jacob poderia suportar. Ele encontrou forças nas Escrituras. A palavras de Deus encheram sua mente. E ele compartilhou essa força com outros.
Escrevendo a sua esposa sobre seus filhos, ele disse: "Assim, minha mui amada esposa, faça o melhor que puder com eles... E não desmaie por causa das tribulações que devemos sofrer, mas lembre-se de como o Cordeiro inocente, Cristo Jesus, teve que sofrer desde o princípio e ser fiel. Assim diz o Senhor:
"Aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho." Zacarias 2, verso 8.
Jacob continuou ainda escrevendo sobre o "eterno peso de glória, acima de toda comparação" que os aguardava, sobre o tempo em que Deus lhes enxugaria todas as lágrimas dos olhos, e sobre as coisas maravilhosas que Deus havia preparado e continuava preparando para aqueles que amam Sua vinda.
Ele concluiu: "Assim, minha querida esposa, ache conforto nestas palavras, e seja paciente... Desde agora eu a entrego ao Senhor. Escrito no dia 24 de abril, por mim, Jacob, seu marido. Copie isto e mantenha-o em memória de mim; pois eu não sei se poderei escrever-lhe mais alguma vez."
Assim, Jacob foi levado à fogueira, no centro de Bruges, diante da Prefeitura. Ele foi queimado no dia 10 de junho de 1569. Foi escrito num poema que ele morreu "com espírito intrépido," testificando, "diante do mundo" com seu próprio sangue.
Jacob, o fabricante de velas, morreu de pé, em mais de um sentido. Ele encontrara uma base inamovível para sua fé. Um fundamento sobre o qual estava seguro. Uma base de amor, conforto e segurança. Sua incrível coragem veio diretamente da Palavra de Deus.
O mais importante, entretanto, é que ele não fez isso por ter fechado os olhos e se apegado obstinadamente a suas opiniões. Ele não venceu porque se recusou a ouvir a opinião de outros. Jacob não era, de maneira alguma, um fanático. Ele ouvia com atenção tudo o que seus acusadores diziam, e respondia com mais atenção ainda.
Ele era cortês quando eles o insultavam. Declarava suas posições com clareza e calma, quando eles tentavam confundi-lo com armadilhas.
Outro exemplo dessa fé a toda prova, é o exemplo de Martinho Lutero. Lutero ficou famoso pelas declarações que fez no tribunal. Ele foi um dos primeiros que, abertamente, recusou e resistiu ao colossal poder da igreja na Idade Média. Uma igreja que tinha se tornado cada vez mais corrupta. Na assembléia imperial de Worms, Lutero foi levado perante o Santo Imperador Romano, Charles, e representantes do poder papal estavam presentes com suas vestes imponentes. Parecia que toda a cristandade estava contra ele.
"Ir contra a consciência não é nem correto nem seguro. Portanto, não posso e não desejo me retratar. Esta é minha posição. Não posso fazer outra coisa."
Sempre foi assim para aqueles que possuem uma fé inabalável em Cristo. Sempre estiveram presos à Palavra de Deus. E sempre encontraram uma base segura.
Em 1488, o povo de Bruges prendeu Maximiliano da Áustria, e decapitaram seu conselheiro, Pieter Lanchals. O nome Lanchals é muito semelhante à palavra holandesa que significa "pescoço longo." Talvez por esta razão, conta a história que Maximiliano fez um certo decreto depois de ser liberado. Ordenou que Bruges pagasse por seu crime mantendo cisnes de pescoços longos nos canais da cidade, em todas as épocas.
E assim, as lindas criaturas ainda flutuam pelas águas de Bruges; uma forma de expiar por um passado horrendo.
Depois de ler as cartas de Jacob, o fabricante de velas e o relatório de seu interrogatório, estou inclinado a vê-lo como um tipo de cisne. Ou seja, ele me lembra essa história de Maximiliano nesta cidade, há tanto tempo.
A morte de Jacob foi terrível, horripilante. Não gosto nem de pensar em alguém queimar até morrer por causa de suas crenças.
Mas o testemunho de Jacob permanece conosco, flutuando sobre as águas. Seu eloqüente testemunho de que a Palavra de Deus basta, contrasta com as calúnias e orgulho dos acusadores. Há uma beleza pura e simples em seu sacrifício pelos claros ensinamentos da Escritura. Há carinho na maneira como ele confortou sua esposa com a Palavra de Deus.
Precisamos nos lembrar da linda declaração de Jacob. Todos nós precisamos de uma base para nossa fé. Precisamos disso agora. Precisamos superar as pressões do dia-a-dia. Precisamos vencer as crises, as mágoas, as tristezas, as desilusões da vida.
Será que a Palavra de Deus está viva e ativa em sua mente e coração hoje? A Palavra de Deus é seu guia? É sua amiga que lhe dá conforto e segurança? Leva alegria a seu coração? Cura as tristezas e desapontamentos? É algo sólido e seguro no qual você pode confiar? Você entregou sua vida ao Cristo da Palavra? Sim, porque ao abrirmos a Bíblia, encontramos Jesus Cristo. E é Cristo que é a Sólida Rocha na qual podemos confiar, colocar nossa esperança. Você pode basear sua fé e sua vida na Escritura.
ORAÇÃO
Querido Pai que estás no Céu, muito origado porque podemos basear nossa fé em Tua Palavra. Obrigado pelo testemunho de Jacob e outros heróis da fé que defenderam com tanta coragem a verdade e o amor. Precisamos que a Bíblia torne-se a Palavra de Deus em nossas vidas. Por favor, ajuda-nos a meditar em Tua Palavra todos os dias, e faça com que as idéias contidas ali façam morada em nosso coração, permitindo que encontremos consolo e segurança em Tua Palavra. Por favor, faça com que Tua Palavra continue ardendo em nosso coração para sempre. Em nome de Jesus, amém.
Que DEUS abençoe a todos.
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