domingo, 1 de novembro de 2009

Deuteronômio 30:19

QUEM DETERMINA A MORAL


"Conheci Luísa no pior momento de sua vida. Tinha tentado o suicídio, levada pelo senso de culpa, como resultado do relacionamento com um homem casado. Queria libertar-se daquela situação e não conseguia. Sua vida tinha se tornado um monte de promessas não cumpridas e decisões sem valor.


Num momento da vida ela quis ser livre. Quis viver de acordo com os padrões morais da sociedade moderna. "Por que está errado, se ambos nos amamos?", pensou. Mas o amor parecia não ter sabor nenhum por causa da culpa que sentia. Eu não sei se você já se pôs a pensar alguma vez, que nunca, na história da humanidade, viveu-se sem tabus, como hoje. Mas por que, apesar disto, o homem de nossos dias parece não ser feliz? Simplesmente porque a tentativa de liberdade sem lei, conduz inevitavelmente à desordem, e a desordem psíquica neutraliza e elimina a mais sensível de todas as capacidades do ser humano: sua capacidade de amar. Sabe por quê? Porque o amor só é possível num ser psicologicamente ordenado. Na desordem psíquica, o amor se transforma em paixão. E a paixão é violenta, auto-destrutiva, agressiva e irresponsável. Na paixão a vida perde a sua permanência, sua serenidade, sua produtividade e seu sentido.


A paixão é um jogo que desperta e libera as forças irracionais do ser humano, até o ponto de arrastá-lo para um erótico prazer físico sem destino espiritual. E, como o ser humano não é um animal, a falta do sentido espiritual, produz frustração e amargura. Deprimido, então, perde a alegria espiritual e mergulha num amargo sentimento de culpa. E tudo isso ocorre porque o homem não é uma máquina: é um ser espiritual e moral.


A realidade é que, como vivemos numa época influenciada pelas experiências científicas que ressaltam a importância da matéria, e como as filosofias materialistas parecem tomar conta de tudo, corremos o perigo de esquecer a dimensão moral e espiritual do homem. Conseqüentemente, esquecemos também que a liberdade não é um atributo apenas do corpo, mas acima de tudo, uma conquista espiritual do homem. O prazer físico, destituído do sentimento do espírito, portanto, não pode jamais ser classificado como uma expressão de liberdade, pelo contrário, é uma redução, ou até, uma perda dessa liberdade. O prazer físico só tem significado quando é parte da essência espiritual do ser humano e quando está em harmonia com os princípios morais que governam sua capacidade espiritual. Nesse quadro, tudo o que mais destrói a liberdade espiritual do homem é o sentimento de culpa, que vem da tentativa de ser livre, sem princípios morais.


A culpa é como uma marca que sempre fica no espírito humano quando este segue uma conduta imoral e já que estamos falando do caso específico de Luísa, falemos então de condutas sexuais amorais como o adultério, a fornicação, o estupro, o incesto, a prostituição, o homossexualismo e outros! Esta culpa, não pode ser eliminada com teorias nem com racionalizações. Teorias e racionalizações só conseguem provocar um conflito interior no homem. Fazem-no perder-se na ambivalência e na neurose e ali, o ser humano além de cativo transforma-se em um ser enfermo. Não pode amar e está sedento de amor. Acha que é um ser liberado e vive na escravidão psíquica de suas paixões, angústias e culpas.


Para que o ser humano possa ser plenamente realizado e feliz, precisa de um padrão moral, mas agora vem a pergunta: Quem é que determina o que é moral ou imoral? A sociedade? A maioria democrática? As estatísticas ou a maturidade biológica do indivíduo?


Desde o século passado a sociologia tem ensinado que na sociedade existem mudanças permanentes nos costumes e nos conceitos éticos e que, portanto, a moral é criada pela sociedade. Mas até que ponto isto é verdade? Claro, não podemos desconhecer que existem mudanças de costumes em todas as sociedades. Contudo, um estudo cuidadoso demonstraria que todas as tentativas feitas ao longo da história para mudar a estrutura moral, fracassaram, porque no fundo, o ser humano continua sendo um ser moral. É verdade que, naturalmente ele é inclinado aos vícios, à corrupção, ao erotismo e a imoralidade. Mas existe nele algo que nunca o abandonará e cuja presença demonstra o sentido moral que o homem tem por criação. Refiro-me a sua consciência de culpa.


A sociedade pode mudar todas as regras do jogo moral. Pode modificar todos os princípios de conduta. Pode eliminar todas as restrições. Pode até criar um novo sistema de moral. Contudo, nunca eliminará a consciência da culpa que o homem sempre leva consigo quando comete atos imorais.


As novas ideologias, popularizadas através da mídia, levam o homem a racionalizar sua conduta, mas apesar disto, ele continua angustiando-se e continua sentindo-se culpado, embora nem sempre saiba identificar as verdadeiras raízes de sua culpa. Isso acontece porque seus atos foram deformados, como escombros depois de um bombardeio, pelas diversas ideologias existentes. Pode não saber quais são os princípios morais retos. Pode não conhecer as leis da conduta humana, mas apesar disso, tem consciência de ser um transgressor. Essa realidade aparece praticamente em sua vida pessoal. Os conflitos do homem, consigo mesmo, refletem-se em suas relações com os demais. Luta contra os seres que ama. Comete violência contra os que estão mais próximos de seu coração e trai aqueles a quem deseja o maior bem. Em outras palavras, o homem está moralmente incapacitado de amar.


Falemos agora da maioria democrática. É ela que determina a moral? Subconscientemente muitas pessoas, adultos e jovens, acham que é assim. Quando há um grupo que toma um determinado caminho, todos seus integrantes tendem a seguí-lo. Parece que isso seria o correto. Por exemplo, a nossa sociedade, hoje em dia, começa a encarar as relações sexuais antes do casamento como algo normal. A mídia bombardeia de noite e de dia e de repente defender a castidade parece ser assunto de outra época. Uma garota virgem é caçoada ou vista como careta.


Esta é uma realidade. Quando o grupo social modifica os princípios de conduta, pensa-se que a maioria tem razão. Mas não é assim. A própria experiência do indivíduo que atua sob a pressão social demonstra que a conduta definida deste modo não é mais que uma moral de ficção. Sua realidade desaparece, tão logo o homem enfrenta sua própria consciência.


Passemos a outro ponto. Podem as estatísticas definir os princípios morais? Hoje realizam-se pesquisas para determinar o que as pessoas crêem ou realizam em sua vida moral e depois se pretende que a média revelada por tais pesquisas determina a conduta moral. Mas a verdade é que a única coisa que se consegue desta maneira, é determinar a existência de certos tipos de conduta, mas isso não muda as regras morais.


Quem é então que determina a conduta moral do homem? Bom, a norma de conduta que permite ao homem atuar como um ser livre para amar, tem que ter sua origem no amor. Uma simples ordem moral não resolve o assunto da liberdade humana. Possivelmente se baseie nisso a confusão que existe na maioria dos pensadores que buscam a liberdade do homem. Não trabalham com uma norma moral que tenha sua origem no amor. Trabalham com normas que surgem da conduta social, das restrições governamentais, e assim por diante. Essas normas existem, mas não surgem de uma fonte que possamos definir essencialmente como amor.


Somente o amor gera a capacidade de amar. Os princípios de conduta que não surgem do amor podem agrupar-se numa ética de conduta, mas não podem determinar uma conduta moral. A verdadeira moralidade e o amor estão indissoluvelmente unidos. Não me refiro ao amor no sentido de ética circunstancial. Esta, estabelece que o amor é a única norma para as decisões que a pessoa deve tomar. Eu me refiro ao amor como fonte da norma moral. A pessoa que defende a ética circunstancial está sempre disposta a seguir uma conduta que sirva ao amor. Ela acha que pode haver, e freqüentemente há, conflitos entre o amor e a norma. Acha que o amor usa a norma somente quando convém. Acha que a única coisa correta é o amor, sem levar em conta o seu conteúdo. Mas a verdade é que o verdadeiro amor atua sempre através de princípios e normas e essas normas e esses princípios que se originam no amor, determinam o que é bom e correto para a conduta humana.


Não se trata do amor em uma situação particular, como o entende a ética circunstancial, trata-se do amor para todas as situações. Não é fazer o que se quer, em nome do amor, mas viver os princípios através dos quais o amor se explica. Enquanto a ética circunstancial estabelece que qualquer dever, numa determinada situação pode ser total ou parcialmente quebrantado, porque o importante é cumprir a lei do amor; a realidade é que a lei que se origina no amor estabelece princípios para a conduta humana, que devem ser aplicados a todas as situações da vida. A pessoa não pode se dividir porque ela é uma totalidade. Toda vez que atua, ela o faz em função da total e indivisível unidade de seu ser.


Essa unidade é destroçada quando se modificam os princípios de conduta. Se hoje deve atuar de uma determinada maneira diante de uma decisão moral, e amanhã, diante da mesma decisão moral, deve atuar de outro modo porque as circunstâncias se modificam, sua estrutura psíquica se destroça. A unidade de sua própria estrutura pessoal sofre, e com isso, sofre a totalidade de seu ser. Deixa de ser o que é. O amor não chega a produzir os frutos, e a pessoa perde a plena liberdade. Não consegue a estrutura da personalidade que lhe permite ser uma pessoa livre para amar. Perde sua liberdade interior e com isso perde o fruto do amor e o próprio amor. O que a ética circunstancial chama de amor na realidade é uma falsificação do amor.


A maturidade, a responsabilidade e a liberdade não são produtos de uma determinada situação. São as estruturas necessárias para viver as normas do amor mediante o qual se destrói o mal moral.


O mal moral entretanto, está sempre presente na vida humana e a Bíblia o chama de pecado. Como podemos identificar o mal moral ou o pecado? Através dos princípios de uma lei moral permanente. Se a lei fosse transitória ou circunstancial, não haveria maneira de saber se uma decisão ou um ato são moralmente corretos.


O fato de sermos seres morais, prova com clareza que o ser humano precisa dos princípios de uma lei moral permanente que oriente seus atos nesta vida.


A Bíblia é clara em afirmar a permanência e a necessidade de uma lei moral. Deus é amor e como expressão desse amor nos deu a lei moral. São João afirma: "...E todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus... pois Deus é amor".


O apóstolo Tiago chama a essa lei, a lei da liberdade, por quê? Simplesmente porque as normas da lei moral não foram dadas para arruinar nem limitar a vida de ninguém, mas proteger a vida do ser humano.


Pense um pouco nas leis de trânsito, por exemplo. Você acha que elas foram dadas para tirar a liberdade do ser humano? Pelo contrário. Hoje, com o novo código de trânsito você anda seguro. O índice de atropelamento e mortes fatais como conseqüência de acidentes nas estradas, diminuiu. Quer dizer, todas essas leis são protetoras da vida.


Mas o ser humano é interessante. Ele pretende ser livre, jogando no lixo o código de trânsito da vida. Cada um tenta ser feliz a seu modo. Cada um tenta fazer sua moral. Mas o que acha Deus disso tudo? Vejamos o que diz Deuteronômio 30:19: "O céu e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência". (Deuteronômio 30:19)


Aqui Deus dá plena liberdade ao ser humano. Liberdade para seguir o caminho moral divino que conduz à vida ou o caminho moral humano que conduz à morte. Mas Deus nunca deu liberdade ao homem para determinar o que é moral ou imoral. Isso é um atributo divino. A lei moral nasce no amor de Deus com o propósito de proteger a vida e a felicidade humana. O homem pode aceitar ou rejeitar, mas não pode determinar o que é certo ou errado do ponto de vista moral.


Quando o ser humano tenta criar seu próprio código moral, por mais que negue, percebe o agudo vazio que vive, percebe claramente a angústia de sua alma e sofre um intenso sentimento de culpa. Geralmente nega essa realidade. Nega-a porque é arrogante, egoísta e incrédulo. A arrogância, porém, só produz insegurança. O egoísmo gera descontentamento e a incredulidade gera angústia. A segurança, a plena liberdade e a satisfação da vida somente se encontram numa relação de fé com Cristo, numa relação de obediência a Deus e numa relação de responsabilidade para com o próximo.


Quando falo dos princípios morais e da pessoa de Cristo, estou falando da vida. Vida no sentido amplo. Ninguém pode cumprir os princípios morais sem estar em Cristo. Falo do Cristo da vida. Do Cristo diário, não do Cristo de fim de semana.


Ah, querido! A moral não é determinada pela sociedade. A maioria democrática não determina a moral. As estatísticas não definem a moral. A maturidade biológica não estabelece a moral. Os princípios que conduzem o homem à felicidade tem que ter origem no amor de Deus. Estes princípios têm que ser permanentes e devem conter tudo que é necessário para que o homem alcance plena liberdade: psíquica, espiritual, social, moral, enfim, liberdade na sua plenitude, liberdade que nasce no amor de Deus e que é desfrutada pelo homem sem sentimento de culpa, sem inibições, sem limitações, mas com responsabilidade.


Luísa estava ali, diante de mim, com os olhos cheios de lágrimas e o peso da culpa destruindo sua vida. "É possível recomeçar?", perguntava ela angustiada.


O maravilhoso de tudo é que Deus sempre está pronto a receber, a perdoar e a transformar a vida.


Por que você não abre o coração a Jesus neste momento? Por que não lhe entrega a vida e decide viver com Ele?


ORAÇÂO

Oh Pai querido, às vezes, querendo ser livres, tomamos nossa vida e andamos por nossos próprios caminhos. Tudo que conseguimos, porém, é mergulhar num poço sem fundo, onde nos afogamos em nosso próprio egoísmo e em nosso próprio desequilíbrio. Tentamos ser felizes e não conseguimos. Então nos lembramos de Ti, e às vezes, como último recurso. Tu és tão maravilhoso que, mesmo assim, sempre estás disposto a estender a mão. Neste momento, se alguém está estendendo a mão em Tua direção, por favor Pai, segure-a, resgate Teu filho, transforme a sua vida. Em nome de Jesus. Amém.

Que DEUS abençoe a todos.

Lucas 9:25

Domingo 1 Novembro

Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? (Lucas 9:25).

UMA VIDA LONGA
Algumas pessoas estavam diante de um túmulo aberto Assistiam ao enterro de uma mulher de 102 anos de idade. Na oração fúnebre, alguém falou do “final de uma vida realmente plena”.

De fato, esse parecia ter sido o caso dela. Eu a conhecia. Na juventude foi a melhor aluna do colégio; logo em seguida desenvolveu uma brilhante carreira em uma universidade pública. Presenciou duas guerras mundiais passando por todas as penas e dificuldades inerentes a tais períodos. Casou-se, teve uma família, enviuvou e passou a velhice em um lar para idosos. Em resumo, teve uma vida honrada, cumprindo fielmente seus deveres. Também tinha um caráter amável e gracioso, não era uma mulher triste e amargurada.

Mas, será que de fato teve uma vida plena? Eu sabia que algo lhe faltava: Jesus Cristo. Ela O desprezou, não quis saber nada sobre Ele porque achava que não tinha necessidade de um Salvador. Essa mulher (e muitos como ela) terá de responder diante do tribunal de Deus pela atitude em relação a Jesus Cristo, o dom inefável do Pai aos seres humanos. Ela O menosprezou com sua indiferença condenando-a a uma eterna perdição. Sob essa ótica, seus 102 anos de idade foram completamente desperdiçados.

Certa vez, Jesus afirmou o seguinte: “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (João 10:10). A vida eterna tem seu começo e sua plenitude em Jesus Cristo. Plenitude de vida só tem aqueles que receberam a vida do próprio Deus dentro de si pela fé na obra de Jesus Cristo. A vida dos demais é só “canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos” (Salmo 90:10).

Que DEUS abençoe a todos.

Jeremias 33.3

1 de Novembro

"Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes." Jeremias 33.3

Que segredo profundo é o poder sem limites da oração! Tenho receio de falar sobre isso, pois me sinto incapaz de descrever com palavras humanas o poder infinito que Deus revela às pessoas que oram.

Por que oramos? Primeiro, porque Deus, o Pai, nos exorta a isso: "...invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás." Temos angústias em nossa vida, e o Senhor ouve o clamor do nosso coração. Porém, existe uma angústia interior que obrigatoriamente toma conta de nós quando nos aprofundamos na Palavra e a lemos em espírito de oração. E em meio a essa angústia ouvimos a exortação do Pai: "...invoca-me no dia da angústia." Em segundo lugar, oramos porque Deus, o Filho, nos estimula a orar: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." Ele, o Filho de Deus, nos impulsiona a intensificar nossa vida de oração. Pois o "pedir" é uma atitude amena, "buscar" já é um pedido mais sério e insistente, e "bater" significa avançar à presença de Deus, até que Ele abra a porta do santuário para nós.

Que DEUS abençoe a todos.