segunda-feira, 22 de junho de 2009

Efésios 1.7

23 de Junho

"...No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça." Efésios 1.7

O Senhor consumou tudo! Ele tirou totalmente o poder de toda hierarquia do inferno, de Satanás com todos os seus principados! Mas assim mesmo inúmeros crentes vacilam em colocar seus pés no terreno do Calvário, hesitam em reivindicar para si mesmos o ilimitado poder vitorioso da salvação consumada por Jesus Cristo – e isso em todas as áreas da vida. Você não tem em si mesmo o poder de se livrar de todo o tipo de comportamento compulsivo e de desvios de conduta. Mas você pode – pela fé – colocar seus pés no terreno do Calvário – como Israel na antigüidade – e passo a passo tomar conta do terreno da salvação. Desta maneira, você reivindica e toma posse de um poder que se encontra fora da sua própria pessoa: o maravilhoso, inconcebível e ilimitado poder do precioso sangue de Jesus.

Está na hora de você finalmente começar a reivindicar para você pessoalmente o terreno da salvação, que foi ganho para nós por meio de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois para você também vale: "...ainda muitíssima terra ficou para se possuir."

Que DEUS abençoe a todos

NOSSA COROA

Terça-feira 23 Junho
E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível (1 Coríntios 9:25).

NOSSA COROA

Em certa foto se vê uma famosa estrela do tênis levantando uma grande coroa. Ele a conquistou! Conseguiu alcançar a posição mais alta em sua especialidade. Não sei que preço pode ter a coroa do vencedor, porém uma coisa é certa: ela é passageira. Imaginemos esse atleta 50 anos mais tarde, contemplando com certa melancolia seu troféu e os elogiosos artigos de jornal do tempo da vitória. E o que são 50 anos?

A coroa que os discípulos do Senhor Jesus receberão é de outro tipo. É incorruptível. Seu valor não muda. Quando pensamos nessas bênçãos futuras, logo percebemos que nossa imaginação não consegue nem chegar perto de uma pálida idéia da glória celestial. Por isso a Palavra de Deus emprega imagens do mundo em que vivemos.

Que preço tem para nós esse prêmio incorruptível que o Senhor nos dará? Como apreciamos o curto tempo em que estamos na terra quando comparado à eternidade? Estamos dispostos a responder ao estímulo da Escritura, mesmo quando não representa um benefício? Saibamos disso: teremos a recompensa quando estivermos com o Senhor. Aqui, sempre passaremos por privações. Os atletas sabem disso e adaptam sua maneira de viver a esse fato. O apóstolo Paulo não dava a primazia às inclinações naturais dele, mas às que o Senhor exigia.

O versículo de hoje guia nossos pensamentos até essa meta.

Que DEUS abençoe a todos.

O Lar no Céu

O Lar no Céu

Quando Marco Pólo voltou para sua cidade natal, Veneza, depois de muitos anos no Oriente, seus amigos pensaram que suas longas viagens tinham lhe enlouquecido. Ele tinha algumas fábulas incríveis para contar. Marco tinha viajado para uma cidade cheia de prata e ouro. Ele tinha visto pedras escuras que queimavam, mas nenhuma se transformava em carvão. Ele tinha visto um pedaço de tecido que não pegava fogo, nem mesmo quando era jogado nas labaredas de fogo, mas ninguém nunca tinha ouvido falar de amianto. Ele falou de serpentes do tamanho de dez passos, com mandíbulas largas o suficiente para engolir um homem por completo, nozes do tamanho da cabeça de um homem, mas que por dentro eram brancas como o leite, e de uma substância que jorrava do solo e que conseguia manter as lâmpadas acesas. Mas ninguém nunca tinha ouvido falar de crocodilos, cocos e coqueiros ou óleo cru. Eles simplesmente deram risadas de tais histórias. Anos mais tarde, quando Marco Pólo estava vivendo seus últimos momentos de vida, um homem devoto ao lado de sua cama instou com ele para que recontasse todas aquelas grandes fábulas que ele já tinha contado antes. Mas Marco se recusou: "São todas verdadeiras - cada parte delas. Na verdade, não contei nem metade do que eu vi".

Os escritores bíblicos que nos dão lampejos do céu parecem partilhar do sentimento de Marco Pólo. Em visão, eles viram um lugar tão brilhante e tão fantástico, que eram capazes de descrever apenas fragmentos do que viam. E enfrentamos o mesmo desafio que os amigos de Marco Pólo. Devemos buscar imaginar os "crocodilos e cocos" que nunca vimos, pois os relances que obtemos da Bíblia nos mostram que o céu é muito mais do que sentar em nuvens e tocar harpas.

1. O CÉU É UM LUGAR REAL?

Jesus está atualmente preparando para nós um lugar real num céu real.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim [Jesus]. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois VOU PREPARAR-VOS UM LUGAR. E, quando eu for e vos preparar lugar, VOLTAREI e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". João 14:1-3, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição. (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).

Jesus está vindo ao nosso mundo uma segunda vez para nos levar para uma mansão especialmente preparada para nós, numa cidade celestial cuja glória ultrapassa os nossos maiores sonhos: a Nova Jerusalém.

Depois de termos vivido ali por mil anos, Cristo pretende trazer o lar celestial para o planeta Terra. Quando a Nova Jerusalém descer, o fogo vai purificar o mundo inteiro. Nosso planeta renovado se tornará, então, o lar permanente dos salvos. (Apocalipse 20:7-15. Ver mais sobre isso na Lição 22).

O que João, o autor de Apocalipse, relata que acontecerá em seguida?

"Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais Ele viverá. Eles serão os seus povos, o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus". Apocalipse 21:1-3

Depois da transformação por fogo, quem Jesus promete que vai ocupar a nova terra?

"Bem aventurados os humildes, pois eles receberão a Terra por herança". Mateus 5:5 (Ver também Apocalipse 21:7).

Cristo promete restaurar Seu mundo, que já foi perfeito um dia, à sua beleza edênica original, e os humildes "herdarão a terra".

2. TEREMOS UM CORPO REAL NO CÉU?

Quando Jesus apareceu aos Seus discípulos em Seu corpo ressuscitado e glorificado, como Ele descreveu esse corpo?

"Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho". Lucas 24: 39

Jesus tinha um corpo real; Ele convidou Tomé a tocá-lo (João 20:27). Nessa ocasião, Jesus entrou numa casa real, conversou com pessoas reais e até comeu comida real. (Lucas 24:43).

O Céu não é habitado por fantasmas, mas por pessoas reais que usufruem a vida espiritual, e que têm "um corpo glorificado".

"A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso". Filipenses 3:20, 21

Podemos ter certeza de que nosso corpo celestial será tão sólido e real quanto o corpo ressurrecto de Cristo.

Reconheceremos nossos familiares e amigos no céu?
"Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido". I Coríntios 13:12

No céu, seremos "plenamente conhecidos". Nos entenderemos e nos apreciaremos muito mais profundamente do que jamais aconteceu aqui em nosso mundo atual.

Os discípulos de Jesus O reconheceram em Seu corpo celestial, aparentemente em virtude de Seus aspectos familiares (Lucas 24:36-43). Maria O conheceu no túmulo por causa do som familiar da Sua voz quando Ele a chamou pelo nome (João 20:14-16). Os dois discípulos em Emaús O identificaram por causa dos gestos familiares. Quando eles perceberam a maneira pela qual seu convidado abençoava a comida, eles O reconheceram como sendo Jesus (Lucas 24:13-35).

Os redimidos certamente experimentarão a alegria de encontros "face a face" no céu. Imagine a alegria em reconhecer o jeito especial de sorrir de seu cônjuge, ou um chamado familiar de uma criança que você foi obrigado a enterrar há muito tempo, ou perceber os gestos característicos de um amigo amado. Teremos uma eternidade para aprofundar os laços mais preciosos que nos unem, e a desenvolver amizades íntimas com as personalidades mais fascinantes do universo.


3. O QUE FAREMOS NO CÉU?

Teremos várias atividades para nos motivar no céu. Que tal projetar a sua própria casa dos sonhos?

"Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra,... vou criar Jerusalém para regozijo, e seu povo para alegria... Construirão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão do seu fruto... Os meus escolhidos esbanjarão o fruto do seu trabalho". Isaías 65:17-22

Jesus já está preparando lares personalizados para nós na Cidade Santa, a Nova Jerusalém (João 14:1-3; Apocalipse 21). Esses versos sugerem que também projetaremos e construiremos outras casas - talvez casas no campo, com jardins maravilhosos, cheios da variedade sem fim de vida natural. E quem sabe, que aventuras de alta tecnologia nos aguardam na avançada civilização de Deus? Nossos avanços tecnológicos atuais e odisséias espaciais parecerão brincadeira de criança quando começarmos a explorar a "casa do Pai".

Você gosta da beleza das borbulhantes quedas d'água, dos prados serenos, florestas abundantes, e flores delicadas?

"Com certeza o Senhor confortará Sião... Ele tornará seus desertos como o Éden, seus ermos, como o jardim do Senhor. Alegria e contentamento serão achados nela, ações de graça e som de canções". Isaías 51:3

Deus transformará a terra num Jardim do Éden primitivo. Sem mais derramamento de óleo, ou poluição, ou seca; os lagos permanecerão límpidos como cristal, as árvores majestosas, e as encostas das montanhas sem fendas.

Não apenas a belezas do mundo; mas também nossa capacidade de absorvê-las será imensamente intensificada. Será como se estivéssemos saindo ao ar livre pela primeira vez depois de muito tempo doente de cama. A alegria dos primeiros minutos se estenderá por toda uma mágica eternidade.

Você gosta de experimentar coisas novas? Aprender? Criar?

"Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime... Todas as faculdades se desenvolverão, ampliar-se-ão todas as capacidades. A aquisição de conhecimentos não cansará o espírito nem esgotará as energias. Ali, os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo. Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus". Ellen G. White, O Grande Conflito (Casa Publicadora Brasileira: Tatuí, SP, 2001), página 677.

4. O MAL IRÁ AMEAÇAR O CÉU DE NOVO?

"Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro". Apocalipse 21:27

Deus eliminará completamente o pecado e suas terríveis conseqüências; isso nunca mais surgirá de novo. Quando Jesus aparecer, "seremos semelhantes a Ele" (I João 3:2). Ao invés de lutar contra os impulsos de matar, roubar, mentir e abusar, possuiremos a graça do céu em nossa vida.

"Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". Apocalipse 21:4

Até mesmo o maior inimigo, a morte, será banida. O céu será uma terra de juventude eterna, onde os redimidos serão "imortais" (I Coríntios 15:53); nenhum habitante jamais sofrerá das conseqüências da velhice.

O céu não apenas destrói as conseqüências do pecado, mas também as transforma. Imagine como se sentirão aqueles que lutaram a vida inteira por serem portadores de necessidades especiais:

"Então se abrirão os olhos dos cegos e se destaparão os ouvidos dos surdos... Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria". Isaías 35:5, 6

5. QUAL SERÁ A COISA MAIS EMOCIONANTE DO CÉU?

Imagine ver o Senhor do Universo face a face.

"Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais Ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus". Apocalipse 21:3

O Deus Todo-Poderoso promete estar em nossa companhia e nos ensinar. Que alegria deve ser o de sentar-se aos Seus pés! Pense o quanto um músico estaria disposto a sacrificar para passar alguns momentos com Beethoven ou Mozart. Imagine quanto um cientista valorizaria a chance de se sentar com Albert Einstein, ou o que significaria para um pintor conversar com Michelangelo ou Rembrandt.

Agora pense, os redimidos terão um privilégio infinitamente superior. Eles irão conversar com o Autor de toda música, ciência ou arte. Eles terão conversas íntimas com a Mente mais inteligente e o Coração mais profundo de todo o universo. E essa relação resultará em adoração.

"De uma lua nova a outra e de um sábado a outro, toda a humanidade virá e se inclinará diante de mim, diz o Senhor". Isaías 66:23

No centro da cidade celestial se encontra o grande trono branco de Deus, envolto por um arco-íris esmeralda, Sua face brilha como um sol radiante. Por baixo de Seus pés, um rio de vidro se estende em todas as direções. Nessa superfície de cristal que reflete a glória de Deus, os redimidos se reunirão para exultarem em louvor a Deus.

"E os que o Senhor resgatou voltarão. Entrarão em Sião com cantos de alegria; duradoura alegria coroará sua cabeça. Júbilo e alegria se apoderarão deles, e a tristeza e o suspiro fugirão". Isaías 35:10

Aqui está Alguém cuja bondade nunca deixa nada de fora. Sua fidelidade, paciência e compaixão atuam para sempre. Glória ao Seu santo nome!

6. PRECISAMOS ESTAR LÁ!

Jesus almeja por esse encontro face a face. É por isso que Ele deseja salvar você do pecado independente do preço que tenha que pagar. Você precisa pessoalmente se apoderar desse dom. Você precisa se comprometer com Cristo como seu Salvador e Senhor. Você precisa do perdão que é oferecido pela cruz, pois:

"Nela [na Nova Jerusalém] jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro". Apocalipse 21:27

Jesus nos liberta do pecado, não no pecado. Precisamos vir a Ele, motivados pelo Seu poder que atua em nós e nos afastar da impureza e do profano. Jesus é a senha de acesso ao Seu reino vindouro.

E esse reino pode começar agora mesmo em sua vida. Quando Cristo nos liberta do pecado, Ele cria um novo céu em nosso íntimo. Ele pode nos ajudar a lidar com a preocupação, raiva, luxúria, medo e culpa que corroem o nosso coração. A esperança do céu não é uma fuga para os problemas da vida; ela ajuda a criar um céu aqui na terra. Uma pesquisa feita recentemente mostrou que "aqueles que acreditam haver vida no futuro, mesmo se a pessoa morrer, levam uma vida mais feliz e confiam mais nas pessoas do que aqueles que não acreditam".

Nada terá um impacto maior em nossa vida atualmente do que um relacionamento de confiança com Jesus Cristo. Ouça como Pedro descreve o impacto de viver uma vida de fé:

"Mesmo não o tendo visto, vocês o amam, crêem nele e EXULTAM COM ALEGRIA INDIZÍVEL E GLORIOSA, pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas". I Pedro 1:8, 9

Você alcança isso - e o céu também. Você já descobriu o tipo de vida abundante que Cristo deseja que você experimente? Por favor, não vire as costas ao Seu convite gracioso.

"O Espírito [Santo] e a noiva dizem: 'Vem!' E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida". Apocalipse 22:17

Jesus está com você agora, falando ao seu coração através dessas linhas. Ele convida você: "Venha! Venha! Venha!" Ele não poderia estar mais desejoso e ser mais insistente. Se você ainda não fez isso, essa é a melhor oportunidade para aceitar essa oferta.

Diga a Ele que você aceita Seu precioso dom da graça e que deseja passar a eternidade com Ele. Diga-lhe que você O ama. Agradeça-o por tudo o que Ele tem feito por você, e tudo o que Ele ainda está planejando para sua vida. Se há alguma coisa entre você e Deus, peça para Ele lhe conceder o desejo de tirar isso da frente. Hoje, enquanto ouve a Sua voz, enquanto seu coração está atento ao seu chamado, entregue-se inteiramente a Ele. Abaixe sua cabeça nesse momento e diga: "Jesus, meu Senhor, venho a Ti. Te entrego toda a minha vida. Serei Teu para sempre".


Que DEUS abençoe a todos.

João 1.19-34

João 1.19-34

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu?
20 Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
21 Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
22 Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
23 Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
24 Ora, os que haviam sido enviados eram de entre os fariseus.
25 E perguntaram-lhe: Então, por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26 Respondeu-lhes João: Eu batizo com água; mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis,
27 o qual vem após mim, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias.
28 Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
30 É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.
31 Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água.
32 E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele.
33 Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
34 Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.

João 1:19-34

Não foi o peso de seus pecados que conduziu os sacerdotes e os levitas a João Batista, mas antes a curiosidade e o desejo de formar uma opinião; talvez eles também sentissem alguma ansiedade. Contudo, suas perguntas dão a João a oportunidade de entregar a sua mensagem (Cf. 1 Pedro 3:15). Mas, não é acerca de si mesmo que ele tem alguma coisa a dizer (v. 22); ele é somente uma voz. Ele era "um homem enviado por Deus... para que testificasse a respeito da Luz" (v. 6-8). Não nos esqueçamos de que todos os redimidos são chamados a dar testemunho da luz, sobretudo ao andar "como filhos da luz" (Efésios 5:8). Em si mesmos não são nada, apenas instrumentos através dos quais Cristo, a Luz moral do Mundo, deve ser manifestado.

Deus disse de antemão a Seu servo como reconhecer Aquele que ele era responsável por anunciar. "Eis o Cordeiro de Deus", clamou João quando viu o Senhor Jesus. Deus providenciou para Si mesmo uma santa Vítima para tirar o pecado do Mundo. Vítima esperada desde a queda do homem e anunciada pelos profetas tanto quanto tipificada no Antigo Testamento (Isaías 53; Êxodo 12:3). Que Vítima! O Cordeiro de Deus não é outro senão o próprio Filho de Deus (v. 34).

Que DEUS abençoe a todos.

1 Samuel 23:14-29

1 Samuel 23:14-29

14 E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão.
15 Vendo, pois, Davi, que Saul saíra à busca da sua vida, permaneceu no deserto de Zife, num bosque.
16 Então se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi no bosque, e confortou a sua mão em Deus;
17 E disse-lhe: Não temas, que não te achará a mão de Saul, meu pai; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo; o que também Saul, meu pai, bem sabe.
18 E ambos fizeram aliança perante o Senhor; Davi ficou no bosque, e Jônatas voltou para a sua casa.
19 Então subiram os zifeus a Saul, a Gibeá, dizendo: Não se escondeu Davi entre nós, nos lugares fortes no bosque, no outeiro de Haquilá, que está à mão direita de Jesimom?
20 Agora, pois, ó rei, apressadamente desce conforme a todo o desejo da tua alma; a nós cumpre entregá-lo nas mãos do rei.
21 Então disse Saul: Bendito sejais vós do Senhor, porque vos compadecestes de mim.
22 Ide, pois, e diligenciai ainda mais, e sabei e notai o lugar que freqüenta, e quem o tenha visto ali; porque me foi dito que é astutíssimo.
23 Por isso atentai bem, e informai-vos acerca de todos os esconderijos, em que ele se esconde; e então voltai para mim com toda a certeza, e ir-me-ei convosco; e há de ser que, se estiver naquela terra, o buscarei entre todos os milhares de Judá.
24 Então se levantaram eles e se foram a Zife, adiante de Saul; Davi, porém, e os seus homens estavam no deserto de Maom, na campina, à direita de Jesimom.
25 E Saul e os seus homens se foram em busca dele; o que anunciaram a Davi, que desceu para aquela penha, e ficou no deserto de Maom; o que ouvindo Saul, seguiu a Davi para o deserto de Maom.
26 E Saul ia deste lado do monte, e Davi e os seus homens do outro lado do monte; e sucedeu que Davi se apressou a escapar de Saul; Saul, porém, e os seus homens cercaram a Davi e aos seus homens, para lançar mão deles.
27 Então veio um mensageiro a Saul, dizendo: Apressa-te, e vem, porque os filisteus com ímpeto entraram na terra.
28 Por isso Saul voltou de perseguir a Davi, e foi ao encontro dos filisteus; por esta razão aquele lugar se chamou Rochedo das Divisões.
29 E subiu Davi dali, e ficou nos lugares fortes de En-Gedi.


1 Samuel 23:14-29

Saul, cego e obstinado, ousou dizer acerca de Davi no versículo 7: “Deus o entregou nas minhas mãos”. Mas no versículo 14 a verdade aparece, com uma dose de ironia: “Deus não o entregou nas suas mãos”. No entanto, o “amado”, o rei “segundo o coração de Deus”, tem de experimentar a amargura e a injustiça, como todos os proscritos da sociedade. Ele tinha de experimentar toda a impiedade, o ódio, a inveja, a ingratidão e ate a traição contra si. Os zifenitas não se assemelham a Judas vendendo o Mestre? Sim, Jesus, o Rei rejeitado, conheceu infinitamente mais que Davi esse transbordar do mal, uma “tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo” (Hebreus 12:3). Ele sofreu da maneira mais profunda possível.

O que Davi aprendeu depois ficou registrado em alguns salmos compostos no deserto (Salmos 54 e 63). A visita de Jônatas o encoraja e conduz seus pensamentos para o futuro. Mas o fiel amigo voltou para a casa dele (João 7:53), enquanto Davi, símbolo de Alguém maior que ele, continuou seus caminho de rejeição com todos os que largaram tudo para segui-lo.



Que DEUS abençoe a todos.

Nabucodonosor, Servo de Deus

Nabucodonosor, Servo de Deus
Agora, Eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Meu servo. Jeremias 27:6

Deus amava a Nabucodonosor. Ele o chamou de “Meu servo”. Nabucodonosor ficou sabendo da existência do Deus do Céu quando Daniel interpretou seu sonho, relatado em Daniel 2. Nessa ocasião, Daniel era ainda um jovem recém-formado na Universidade de Babilônia, mas não hesitou em declarar ao rei e a todos os presentes que “há um Deus no Céu”. No fim daquela audiência, Nabucodonosor declarou: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis” (Dn 2:47).

Estima-se que nove anos depois dos acontecimentos narrados em Daniel 2, no episódio da fornalha ardente, quando os três hebreus saíram a salvo do meio do fogo, Nabucodonosor reconheceu mais uma vez a soberania do Deus Altíssimo, quando declarou: “Não há outro deus que possa livrar como este.”

Passaram-se mais 26 anos, e o rei foi atingido por uma forma de loucura, e passou a pensar que fosse um animal, talvez um boi.

Sete anos depois, Deus lhe devolveu a razão. O capítulo 4 de Daniel foi escrito por Nabucodonosor. É a sua confissão. Ele o termina com estas palavras: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do Céu, porque todas as Suas obras são verdadeiras, e os Seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4:37). “Essa proclamação pública, em que Nabucodonosor reconhecia a misericórdia, a bondade e autoridade de Deus, foi o último ato de sua vida registrado na história sacra” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 521). Finalmente, depois de longa e dolorosa experiência, Nabucudonosor “converteu-se completamente”. Desejo conhecê-lo lá no Céu e conversar com ele. Será fantástico!

A história de Nabucodonosor fala do poder do bom exemplo de um jovem. Durou aproximadamente 35 anos, desde o primeiro contato com o Deus do Céu, apresentado por Daniel, até a sua conversão. Deus o alcançou. Naquele início, Daniel tinha pouco mais que vinte anos de idade. Agora, estava com mais de cinqüenta, mas durante todo esse tempo ambos foram bons amigos e a boa influência de Daniel foi decisiva para a conversão do rei. Como será quando os dois se encontrarem em algum lugar na Nova Jerusalém? O rei talvez diga a Daniel: “Por causa do seu exemplo de fidelidade e firmeza, estou aqui hoje!” Que testemunho!

REFLEXÃO: “Ao fim daqueles dias, eu Nabucodonosor [...] bendisse o Altíssimo” (Dn 4:34).

Que DEUS abençoe a todos

Uma Seca Terrível

Uma Seca Terrível
Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva [...] Então invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; pelo que todo o povo temeu em grande maneira ao Senhor e a Samuel. 1 Samuel 12:17, 18

O inverno tinha sido rigoroso. As pastagens secaram. Na terra calcinada, o fogo surgia aqui e ali, como que por encanto, queimando o que sobrara da vegetação ressequida. O gado faminto mugia. Os riachos iam minguando, dia a dia, e quase não havia água para os animais. Era o caos.

Andores seguidos de pequenas procissões eram levados por fiéis ao alto dos montes, onde rezas eram feitas pedindo a Deus que enviasse a tão ansiada chuva. Mas o céu parecia de bronze e não respondia.

Naquela manhã, como de costume, meu pai reuniu a família para o culto matutino e, após os cânticos e a leitura da Bíblia, percebi que a oração de meu pai fora diferente dos dias anteriores; era mais um clamor de angústia, pedindo que Deus cumprisse, naquela hora tão aflitiva, as Suas preciosas promessas.

O dia transcorria normalmente. À tarde, porém, o tempo mudou. Começou a ventar forte. Os céus se escureceram. Nuvens pesadas cobriram a terra. Raios cruzaram os céus e trovões assustadores ecoaram nas montanhas ao redor da sede da nossa fazenda.

Um misto de alegria e pavor tomou conta das pessoas. Estavam temerosas por causa do temporal, mas, ao mesmo tempo, davam graças a Deus pela chuva abundante que caía trazendo vida e esperança para todos. Só que, horas depois, ficamos sabendo que havia chovido apenas na fazenda do Sr. José Garcia, meu pai. A chuva de bênçãos, como que num milagre, molhou cada palmo das nossas terras. Logo, tudo começou a brotar e, em pouco tempo, já podíamos socorrer os vizinhos que ainda aguardavam a chuva, que só viria dias depois.

A vizinhança comentava o ocorrido e questionava. Uns, mais revoltados, achavam que era uma injustiça da parte de Deus. Outros diziam que foi apenas um acaso. Mas houve um lavrador da região que, apesar de não ser religioso, afirmou categoricamente: “Deus abençoou o senhor Garcia, porque ele é fiel em devolver-Lhe os dízimos.”

Nos versos bíblicos desta meditação, o povo ficou deveras impressionado com os trovões e a chuva que caiu fora de época, como resposta de Deus à oração de Samuel. Deus ainda responde às orações daqueles que Lhe são fiéis.

REFLEXÃO: “Tão-somente, pois, temei ao Senhor, e servi-O fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas coisas vos fez” (1Sm 12:24).

Que DEUS abençoe a todos.

Oração Intercessória

Oração Intercessória

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de [...] intercessões [...] em favor de todos os homens. 1 Timóteo 2:1

Como cristãos, nossa natureza social e solidária nos convida para atos em comum, inclusive os religiosos. O próprio Jesus nos estimula à oração em comum, dizendo que "se dois dentre vós, sobre a Terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por Meu Pai, que está nos Céus" (Mt 18:19).

A oração intercessória é um exemplo desta solidariedade altamente espiritual, pois nela vemos alguém orando em favor de alguém. Esse método de oração faz com que, em algum momento, nos esqueçamos de nós mesmos para dedicar algum tempo em súplica fervorosa em favor de alguém em necessidade. A intercessão faz com que paremos de girar em torno de nós mesmos, isto é, do próprio eu.

Mas é na oração em comum na igreja que a intercessão tem mais significado e eficácia, porque ela é despida de egoísmo, cativa as pessoas e une os corações em torno daquele por quem oramos.

Quando uma pessoa, numa reunião de oração, ouve alguém pleiteando em seu favor perante Deus, isto lhe traz novo ânimo e estímulo, renova-lhe a fé, as esperanças e a confiança nas promessas de Deus e desenvolve melhor relacionamento entre os irmãos.

O poder da oração intercessória é tão extraordinário que, em algumas situações, tem movido o coração de Deus para agir de modo diferente do que já estava determinado por Ele mesmo.

O que aconteceu com Jó é um desses exemplos. Deus, que havia ficado irritado com a atitude dos seus amigos, estava disposto a castigá-los, porém, na Sua misericórdia deu-lhes uma oportunidade de arrependimento. E o conselho do Senhor a eles foi: "Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao Meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O Meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que Eu não vos trate segundo a vossa loucura" (Jó 42:8).

A intercessão de Jó não somente mudou a vida de seus amigos, mas a sua própria, porque Deus, ao aceitar sua oração, mudou-lhe a sorte, devolvendo-lhe tudo o que ele havia perdido (Jó 42:10).

Esses fatos mostram que a intercessão está relacionada com o amor de Deus; que somos participantes com Ele na restauração de pessoas por quem oramos e na solução dos seus problemas. E o Senhor Se agrada disso.

REFLEXÃO: "Ezequias orou por eles [...] Ouviu o Senhor a Ezequias e sarou a alma do povo" (2Cr 30:18, 20).

Que DEUS abençoe a todos.

Cavalinhos de Tróia

Cavalinhos de Tróia

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Provérbios 4:23

Fisicamente, Deus guardou nosso coração num lugar bem protegido. A nós, porém, cabe protegê-lo moral e espiritualmente, colocando sentinelas em cada porta que lhe dá acesso. Vejamos:

Ouvidos. Guardá-los para que não ouçam aquilo que é degradante e pervertido. Entre outras coisas, que tipo de música você costuma ouvir?

Mãos. Guardá-las para que, por meio do tato, não despertem em nós sentimentos pecaminosos.

Olhos. Guardá-los para que não vejamos nem admiremos coisas que possam poluir nossos pensamentos, porque daí para o pecado consumado, é só um passo.

Boca. Guardá-la para que, por meio do paladar, não contaminemos o corpo e, também sigamos o conselho do sábio: "Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios" (Pv 4:24).

Olfato. Guardá-lo para que não sejamos influenciados a sentimentos não santificados, pelo aroma dos perfumes atraentes e irresistíveis.

Em minha viagem pela Ásia Menor, território que pertence à Turquia, visitei as ruínas de Tróia e me lembrei de um acontecimento trágico para os troianos. Depois de muitas tentativas inúteis para conquistar a cidade, os gregos usaram de uma admirável astúcia. Ulisses simulou uma retirada estratégica, escondendo-se com seus soldados atrás dos rochedos das ilhas Tenedo, deixando bem perto da porta principal da cidade um imenso cavalo de madeira, oco por dentro e que se movia sobre rodas.

Os ingênuos troianos introduziram na cidade aquele cavalo estranho, como sendo um grande troféu arrebatado ao inimigo. O que eles não sabiam, porém, era que aquele cavalo abrigava no seu ventre vários guerreiros que, no amparo da noite, saíram daquele esconderijo e abriram as portas da cidade. Os gregos, que já haviam retornado de sua suposta fuga, entraram na cidade e Tróia foi conquistada e destruída.

Os habitantes de Tróia foram vencidos porque introduziram coisa estranha na cidade. O mesmo poderá acontecer conosco. Devemos "guardar a cidadela da alma", não "dando entrada a pensamentos aviltantes" (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 73, 75).

Peçamos a Deus que nos ajude a vigiar constantemente os cinco sentidos, não permitindo que "cavalinhos de Tróia" sejam introduzidos na cidadela do coração.

REFLEXÃO: "Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti" (Sl 119:11).

Que DEUS abençoe a todos.

Antecipando as Realidades do Céu

Antecipando as Realidades do Céu

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou, estejais vós também. João 14:1-3

As palavras desses versos trazem uma perspectiva do Céu com todas as suas surpresas e realidades. Não se trata de uma esperança vaga e utópica, mas da certeza incontestável de que em breve estaremos na presença de Jesus, o que será o início de uma existência eterna, fantástica e feliz. Além disso, esses versos nos levam a antecipar o encontro que teremos com nossos queridos, familiares e irmãos de fé, que foram levados ao descanso durante a jornada.

Pense naqueles pais cheios de saudade, antecipando, pela visão da fé, o dia do reencontro com os filhos que sucumbiram a uma atroz enfermidade, que foram vitimados num acidente fatal ou que perderam a vida por mãos violentas, coisas tão próprias destes últimos tempos. Poderão estar juntos novamente. Que maravilhosa esperança! Que maravilhosa antecipação do futuro!

"A promessa de uma reunião celestial nos dá uma vaga idéia de como será o lar eterno. A perspectiva de ver de novo aqueles que amamos nos fornece ‘flashes’ do Céu que guardaremos num álbum de esperança [...] Despedidas, são a lei da Terra; reencontros, a lei do Céu".

Podemos antecipar as realidades de tantas coisas maravilhosas que acontecerão e que nos darão muitas alegrias. Quando os remidos estiverem às margens do "mar de vidro" ou caminhando pelas ruas e avenidas da Nova Jerusalém ou assentados sob as ramagens da "árvore da vida", às margens do "rio da vida". Imagine alguém se aproximando de você. Esse alguém chega, bate no seu ombro e pergunta: "Você se lembra de mim?"... Pois é, por causa daqueles conselhos que você me deu..., daquele livro que você me ofereceu..., daquela oração que você fez por mim..., eu, hoje, estou aqui. Você me levou aos pés do Salvador. Obrigado!

Que encontros! Que abraços! Que alegrias! Que felicidade!

Podemos antegozar estas futuras realidades. Elas nos dão ânimo para continuarmos a jornada até Jesus voltar.

REFLEXÃO: "Certamente, venho sem demora. Amém!" (Ap 22:20).

Que DEUS abençoe a todos.

Falando a Verdade

Falando a Verdade

A verdade permanece mesmo depois de muito tempo, mas as mentiras são descobertas bem depressa. Provérbios 12:19, BV

Há certos valores da vida que recebemos por herança e outros, por aquisição. Os que surgem por herança, chegam sem que precisemos lutar por eles. Quanto aos que nos vêm por aquisição, temos que adquiri-los com diligência e ajuda do Espírito Santo, pois são eles que formarão em nós um caráter sólido e duradouro.

Desses valores que recebemos por aquisição, a "verdade" é aquele que é tratado com mais leviandade e escárnio. Isso acontece em todas as camadas sociais.

Com muita facilidade se perverte a verdade, se esconde parte da verdade, se diz um pouco mais que a verdade, meias-verdades são usadas, mente-se dando a impressão de autêntica verdade. Não foi por acaso que o pecado de Ananias e Safira, dizendo meias-verdades ao Espírito Santo, lhes conferiu severo castigo, tirando deles a vida presente e a futura.

Meias-verdades são mentiras, mesmo aquelas consideradas profissionais. A tão famosa e usada "mentira-branca" é mentira, e se é mentira não pode ser verdade, portanto, o cristão verdadeiro não deve lançar mão desse artifício em nenhuma circunstância.

O maior perigo para a formação e desenvolvimento do caráter reside na mentira de qualquer forma ou categoria que seja. Mesmo dizendo uma verdade com a intenção de enganar ou de desviar a atenção de um fato real, é mentira. Abraão agiu assim com Faraó em relação a Sara, sua "meia-irmã", o que era verdade, mas que naquele ocasião, de fato, era sua esposa (Gn 12:13). Isso mostra que, até mesmo dentro da igreja, não estamos livres de certas clássicas meias-verdades que, na verdade, são mentiras.

"Seja a verdade dita sem disfarces nem frouxidão. Torne-se ela uma parte da vida. Considerar levianamente a verdade, e dissimular para servir a planos egoístas, significa naufrágio na fé" (Atos dos Apóstolos, p. 76).

No texto bíblico desta meditação, o sábio escritor ensina que a mentira não subsistirá e que a verdade é inseparável da permanência.

O plano de Deus é que sejamos pessoas de boa fé, escrupulosamente honestas, sem máscaras, sem rodeios e ornamentos postiços. A aprovação de Deus estará sobre um grupo em cuja boca "não se achou engano" (Ap 14:5).

REFLEXÃO: "O remanescente de Deus não "falará mentiras; não se achará na boca deles língua enganosa" (Sf 3:13, TB).

Que DEUS abençoe a todos.

Os Encontros da Noite

Os Encontros da Noite

Bendigo o Senhor, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. Salmo 16:7

Nnossa viagem de Damasco a Bagdá fora feita de ônibus. No meio do caminho, lá pelas tantas da noite, paramos junto de um posto militar, em pleno coração do deserto. Descemos.

Caminhei uns cem metros sobre a areia sentindo a brisa da madrugada. Que firmamento! No meio da escuridão sem fim subiram ao meu pensamento
as palavras do Salmo 46:10: “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus.”

A noite revela um admirável cenário: a abóbada incomensurável, coberta de estrelas e astros luminosos que nos acenam com seus mistérios e atrações distantes. O homem extasia-se nessa contemplação cósmica.

É à noite que a pessoa, sem as preocupações rotineiras, faz um balanço do dia que passou e, dejoelhos dobrados, coloca-se diante de Deus para agradecer
as vitórias, confessar as faltas e pedir perdão. E como isso traz alívio!

Na quietude da noite temos ocasião bastante propícia para buscar, através da oração particular e fervorosa, um encontro pessoal e íntimo com o Mestre. Na sua sinceridade, Nicodemos buscou Jesus nas silenciosas horas da noite; e encontrou o Caminho. Em uma noite sombria e triste, Pedro chorou arrependido por ter negado seu Mestre; recebeu perdão e alívio. Jacó, após uma noite de intensa agonia, remorsos e incertezas, e lutando desesperadamente com Alguém junto ao Jaboque, venceu e recebeu um novo nome – a insígnia de vencedor.

Foi numa visão da noite que a Daniel foi revelado o mistério do sonho de Nabucodonosor e, com ele, as grandes verdades proféticas de Daniel 2.

“Naquela noite”, diz o relato bíblico, “o rei não pôde dormir; então, mandou trazer o Livro dos Feitos Memoráveis, e nele se leu diante do rei” (Et 6:1). Sem dúvida, aquela noite de insônia foi mandada por Deus para que a atenção do rei Assuero fosse dirigida a Mordecai e, como resultado, o povo judeu foi salvo do extermínio.

Quantas coisas aconteceram para o bem de pessoas e povos as quais tiveram o seu ponto de partida nas silenciosas horas da noite!

No silêncio da noite, você também pode encontrar-se com seu Deus para lutar, pedir, vencer, alcançar a paz interior e agradecer.

REFLEXÃO: “A minha boca Te louva, no meu leito, quando de Ti me recordo e em Ti medito, durante a vigília da noite” (Sl 63:5, 6).

Que DEUS abençoe a todos.

Resposta à Oração da Fé

Resposta à Oração da Fé

Não me desampares, Senhor, Deus meu, não Te ausentes de mim. Apressa-Te em socorrer-me, Senhor, salvação minha. Salmo 38:21, 22

Ontem, eu disse que Deus ainda provou a fé da irmã Ernestina, mas não por muito tempo. Todos estavam ali ao redor da mesa, aguardando uma resposta à oração da fé, quando, em menos de uma hora, alguém bateu à porta. Era um sobrinho de Ernestina que acabava de chegar com um barco carregado de alimentos para o orfanato.

Contou que estava navegando rio acima, em direção a Araguacema, com o barco vazio quando, naquela manhã, ao passar próximo de uma charqueada sentiu dentro de si um impulso inexplicável de contar ao seu dono, que era seu amigo, sobre as necessidades de sua tia em manter aquelas crianças e que, às vezes, nem comida suficiente havia para alimentá-los. Sem pensar muito, desviou o barco, ancorando-o na frente daquele estabelecimento comercial.

Ao ouvir a história, aquele senhor sentiu que devia ajudar as crianças e mandou carregar o barco com alimentos. E, justamente no momento da oração da irmã Ernestina, menos de uma hora antes de sua chegada, o sobrinho dessa bondosa senhora já estava navegando em direção ao orfanato com a carga preciosa. Ainda estavam ao redor da mesa aguardando a resposta da oração, quando ele chegou e pediu que as crianças e outras pessoas o ajudassem a descarregar o barco.

Que alegria para as crianças e para a irmã Ernestina! Depois de uma oração de gratidão a Deus, começaram a descarregar a embarcação: sacos de farinha de mandioca, sacos de arroz, polvilho, carne seca, açúcar, latas de bolachas, feijão, sabão e uma peça de roupa para cada criança. E o dono da charqueada ainda mandou dizer à irmã Ernestina que, quando estivesse em dificuldades, mandasse avisá-lo, pois ele estava pronto a ajudá-la em outras ocasiões.

Aquela carga de mantimentos, que veio como resposta à oração da fé, foi suficiente para alimentar aquelas quarenta crianças por mais de um mês.

Um dos fatores mais importantes quanto à oração autêntica é a paciência, isto é, a capacidade de esperar. Quem espera a resposta a suas orações e está aberto às orientações de Deus, verá a maneira maravilhosa como Ele prepara a sua ajuda. E quase sempre muito melhor do que esperamos.

REFLEXÃO: “Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades, pela oração e pela súplica, em ação de graças”.

Que DEUS abençoe a todos.

Verdadeiramente Instruído

Verdadeiramente Instruído

Filipe correu, ouviu o que ele estava lendo e perguntou: “O senhor entende isso?” “Claro que não [...] como posso entender, se não há ninguém para ensinar? [...]” Então Filipe começou com esta mesma Escritura a falar a respeito de Jesus [...] “Veja água! Por que não posso ser batizado?” Atos 8:30, 31, 35, 36

Aquele etíope foi verdadeiramente instruído antes de ser batizado. O Espírito Santo não enviou Filipe para apenas batizar aquele homem e em seguida acrescentar seu nome no rol de membros da igreja. Ele precisava ser instruído para depois ser batizado.

Não sei quanto tempo Filipe viajou com o etíope, se foram horas ou se foram dias, mas quando eles chegaram onde havia água e ele falou da possibilidade de ser batizado, veja a resposta de Filipe: “É lícito, se crês de todo o coração.” Então, ele fez ali a sua profissão de fé de maneira consciente, quando confessou: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” Ele ficou convicto porque alguém o instruiu de maneira responsável, e não às pressas. Aquele etíope foi, verdadeiramente, instruído. E não podia ser diferente, pois Filipe foi enviado pelo Espírito Santo.

Essa história pode servir de modelo para as congregações modernas que introduzem em seu rol de membros pessoas não devidamente instruídas nas doutrinas bíblicas. Tal descuido pode gerar igrejas fracas e grande número de apostasia. Será que estamos, de fato, zelando pela pureza da fé, pelo doutrinamento responsável e pela beleza da vida cristã de nossos candidatos ao batismo?

“A aquisição de membros que não foram renovados no coração nem reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja. Esse fato é muitas vezes passado por alto. Alguns pastores e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes não cristãos. Aos que aceitam a verdade não é ensinado que eles não podem, sem perigo, ser mundanos em sua conduta, ao passo que de nome sejam cristãos [...] Daí muitos se unem à igreja sem primeiro se haverem unido a Cristo”.

Muitos candidatos ao batismo são batizados com água como se fosse uma limpeza exterior, em vez de ser uma demonstração da transformação interior já operada pela atuação do Espírito Santo. A mudança desse procedimento é mais que desejável para conservarmos igrejas fortes e dinâmicas.

REFLEXÃO: “Quando saíram de dentro da água, o Espírito do Senhor levou Filipe para outro lugar, e o oficial não o viu mais” (At 8:39). A missão estava cumprida!

Que DEUS abençoe a todos.

Água da Fonte – 7

Água da Fonte – 7

Chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas. Êxodo 15:27

Em Elim, nos dias de Moisés havia doze fontes e setenta palmeiras. Atualmente, esse oásis que leva o nome de Wadi Gharandel, é um lugar de parada e descanso das caravanas. E nós também, por ocasião de nossa viagem ao Monte Sinai, em 1962, paramos ali para descansar.

Na sua caminhada pelo deserto, o povo hebreu acampou em Elim, permanecendo ali por vários dias, sendo esse o segundo lugar de descanso em sua jornada pelo deserto. Tomaram novo alento para continuar a longa jornada rumo à Terra Prometida. Aquela água era fonte de vida. Se ela lhes faltasse, toda a nação estaria condenada a desaparecer no deserto. Mas, sob a proteção de Deus, os descendentes de Jacó vaguearam ao longo do deserto de fonte em fonte, de oásis em oásis, de milagre em milagre, durante quarenta anos.

Quando falamos em fonte de água, falamos em vida. E de onde vem a vida senão de Deus? Ele é a fonte! Tudo o que temos e somos é dádiva de Deus. A sobrevivência daquele povo dependia exclusivamente de Deus. Onde não havia água, como no caso de Horebe, e o povo começou a se desesperar, Deus ordenou a Moisés que ferisse a rocha e jorrou água em abundância. Aquela Rocha era Cristo (1Co 10:4).

Um fazendeiro queria canalizar a água de uma nascente até a sede de sua fazenda. Contratou um trabalhador rural para limpar o terreno por onde passaria o encanamento. Feita essa parte, começou a limpar o lugar onde estava a nascente. Removeu todo o mato que a envolvia e a água cristalina e refrescante borbulhava livre vindo do fundo da terra. Então, apoiado no cabo da sua enxada e observando aquela água que vinha do fundo da terra com tanta fartura, comentou com o dono da fazenda: “Não posso entender como tem gente que não acredita em Deus. Será que essas pessoas não entendem que é Deus quem faz essa água brotar do fundo da terra para matar a sede e trazer vida?”

Na verdade, da superfície da terra brotam as fontes sem parar e com fartura. Essas águas representam bem a graça e a misericórdia de Deus que destroem barreiras para alcançar todas as pessoas, cujo anseio do coração e da consciência é beber na fonte da água que satisfaz “para a vida eterna”. A água que Jesus dá é dom inesgotável. É Água da Fonte!

REFLEXÃO: “No deserto, abriu as rochas e deu ao povo muita água para beber, como se a água brotasse de uma fonte. Das rochas quentes do deserto Ele fez correrem verdadeiros rios de água” (Sl 78:15, 16).

Que DEUS abençoe a todos.

Água da Fonte – 7

Cristianismo Acomodado

Cristianismo Acomodado

Eu conheço a sua fama de igreja viva e ativa, mas você está morta. Portanto, acorde! Fortaleça o pouco que resta – porque até mesmo o que restou está a ponto de morrer. As suas obras estão longe de ser corretas aos olhos de Deus. Apocalipse 3:1, 2, BV

Essa é uma melancólica radiografia da igreja de Sardes. Como igreja cristã ela estava acomodada. Cristo disse que ela estava morta (v. 1). A igreja de Sardes descansava na reputação externa e na aparência de piedade, mas sem o correspondente poder para transformar pecadores em santos. Havia no seio da igreja contaminação mundana e decadência espiritual.

Sardes vivia num clima de “auto-satisfação”. Estava confortavelmente acomodada. “Essa igreja se caracterizava pela hipocrisia; não era o que pretendia ser. Em vez de estar viva em Cristo, como pretendia, em verdade estava morta”. Essa comunidade cristã da Ásia Menor tinha fama de boas obras perante o mundo cristão, mas não perante Deus. Sua reputação ultrapassava seus merecimentos. Sardes representa a condição de muitas igrejas que se dizem cristãs. A verdade é que sempre desejamos parecer melhores do que realmente somos.

Sardes se desviou da fonte da vida, e Deus não aceita esse comportamento. Deus quer fidelidade, autenticidade e produtividade. O sinal de uma igreja viva são membros levando outros a Cristo. Só há reprodução onde há vida.

A igreja de Sardes pode representar a fase da igreja cristã que deu início e continuidade à Reforma Protestante, que se tornou em alguns lugares uma grande e poderosa organização religiosa, mas que, em seu desempenho como comunidade cristã, não correspondeu à expectativa dos princípios bíblicos.

Esse é um dos perigos que rondam as igrejas evangélicas, inclusive a nossa: a institucionalização. Isso ocorre quando a igreja perde o foco, a meta, o objetivo da sua existência. Podemos nos envolver de tal maneira com a organização, ao ponto de esquecer a missão e a razão de ser da igreja.

Temos que estar atentos para que a igreja de hoje não se transforme numa instituição acomodada à semelhança de Sardes, amando mais o sucesso que a Cristo, tornando-se uma grande e bem estruturada organização, mais institucional que missionária.

REFLEXÃO: “Mesmo aí em Sardes alguns não mancharam suas roupas com a imundícia do mundo; eles andarão Comigo vestidos de branco, porque são dignos” (Ap 3:4, BV).

Que DEUS abençoe a todos.

O Vale de Acor

O Vale de Acor

E lhe darei, dali, as suas vinhas e o vale de Acor por porta de esperança. Oséias 2:15

Foi num domingo de manhã, quando o sol oriental inundava de luz os montes e vales da Palestina, que nós seguimos o acidentado trecho de Jerusalém a Jericó, atravessando partes do deserto da Judéia.

Sob um céu azul, límpido e inclemente, estendiam-se diante de nossos olhos as ondulações de um panorama singular. No trajeto, passamos pela aldeia de Betânia, rica em lembranças de amor e devoção. Essa estrada nos levaria a Jericó e ao Mar Morto, depois de curvas e declives íngremes em meio a uma árida paisagem. Antes, porém, passamos próximo de uma depressão profunda, por onde corre por entre pedras calcárias um riacho de águas cristalinas, em cujas margens, de um e de outro lado, crescem capins e outros arbustos para alimentação dos animais, palmeiras frondosas e outras espécies de árvores. Esse é o Vale de Acor que, na Bíblia, é rico em simbolismos.

A justiça de Deus, bem como Seu perdão para aqueles que se arrependem de seus pecados, encontram um símbolo no Vale de Acor. A ele refere-se a Bíblia três vezes. A primeira vez, quando Acã foi punido pelo seu pecado e ali, naquele vale, ele com toda a sua família foram apedrejados a fim de que a ordem moral de Deus fosse restabelecida (Js 7:20-26). Deparamos com o Vale de Acor pela segunda vez na Bíblia, quando Isaías o apresenta como lugar de refúgio e repouso para o gado, símbolo das providências divinas e uma alegoria da paz e da fartura (Is 65:9, 10). A terceira e última alusão a esse vale encontra-se na profecia de Oséias (Os 2:14, 15), quando ele recebe de volta, para uma vida nova, a esposa infiel que o abandonara, mas que o seu amor a salvou.

O Vale de Acor nos recorda: (1) o pecado, a desobediência e o castigo daqueles que não deram ouvidos às ordens de Deus; (2) a perpétua vigilância e cuidado de Deus sobre Seus filhos; (3) a bem-aventurança para o pecador que, por mais fundo que tenha ido, sempre encontrará uma “porta de esperança” aberta para ele, quando se arrepende.

O Vale de Acor pode estar, hoje, em toda parte inclusive em muitas vidas individualmente. E pode ser que, em nossa experiência cristã, tenhamos que passar pelos três aspectos desse vale para chegar à “porta da esperança”: primeiro, pelo castigo; depois, pelo perdão e as bênçãos; para, finalmente, alcançar a redenção.

REFLEXÃO: “Lá, eu lhe darei de volta os vinhedos e transformarei o Vale da Desgraça em uma Porta de Esperança” (Os 2:15, BV).

Que DEUS abençoe a todos.

DETESTE O MAL

DETESTE O MAL

Vós que amais o Senhor, detestai o mal; Ele guarda a alma do Seus santos, livra-os da mão dos ímpios. Sal. 97:10.

Muita gente olha para este texto como uma ordem arbitrária de um Deus intransigente. A ordem é “detestai o mal”. Pior ainda, ela vem acompanhada de uma aparente chantagem emocional: “Vós que amais o Senhor.” As pessoas que olham para o verso por esse prisma, esquecem-se de ler as duas promessas que o texto traz: “Ele guarda a alma dos Seus santos, livra-os da mão dos ímpios.” Nenhum conselho divino é arbitrário. Suas ordens mostram o caminho da felicidade.

De que maneira amar o Senhor e detestar o mal guardam a alma de uma pessoa? O mundo inconsciente é misterioso. Há ocasiões em que o consciente é tomado pelo medo. Não consegue administrar uma situação dolorosa e esconde-se. Mas o inconsciente não tem para onde fugir. Ele encara as situações mais dolorosas e reage muitas vezes através de males físicos e emocionais. Portanto, uma pessoa que diz amar a Deus e não se afasta do mal, cedo ou tarde, vai ver no seu corpo ou nas suas emoções as feridas que sua vida incoerente produziu.

Quando Deus aconselha aos que dizem andar nos Seus caminhos que detestem o mal, não está simplesmente dando uma ordem arbitrária. Está preocupado com a felicidade deles.

A promessa é: “Ele guarda a alma dos Seus santos, livra-os da mão dos ímpios.” Que ímpios são esses? No Evangelho de Mateus está registrada a parábola do credor que foi perdoado, mas não quis perdoar. A condenação para ele foi: “O seu senhor o entregou aos verdugos.” Mat. 18:34. Aquele servo mau foi entregue aos seus verdugos porque não havia coerência em sua vida. No texto de hoje, Deus promete livrar da mão dos seus inimigos, verdugos ou fantasmas interiores, aquele que diz amar a Deus e não se afasta do mal.

Hoje é um novo dia. Graças a Deus que cada amanhecer traz uma nova oportunidade. Com a ajuda de Deus, faça de hoje um dia de coerência e de vitória. Leve a sério o conselho divino para uma vida feliz: “Vós que amais o Senhor, detestai o mal; Ele guarda a alma dos Seus santos, livra-os da mão dos ímpios.”

Reflexão: " A luz semeia-se para o justo, e a alegria para os retos de coraçäo. Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e dai louvores à memória da sua santidade " Salmos 97:11e12

Que DEUS abençoe a todos.

IGNOMÍNIA E VERGONHA

IGNOMÍNIA E VERGONHA
Vindo a perversidade, vem também o desprezo; e, com a ignomínia, a vergonha. Prov. 18:3.

No livro de Provérbios, sabedoria e insensatez são os únicos caminhos que o homem tem diante de si. Ele precisa escolher um. Não decidir já é trilhar a senda da insensatez. A Bíblia chama o insensato de tolo e louco. A palavra hebraica para insensato é enêl, que significa “falta de sabedoria”. Não existe tragédia maior que a falta de sabedoria.

O insensato acha que sabe tudo e que não precisa de instrução, muito menos se ela vem de um Deus a quem não pode ver nem tocar. Age tolamente. Não tem consciência de seus atos. Ele se orgulha e se vangloria deles.

Segundo o provérbio de hoje, o fim do insensato é vergonha e ignomínia. O tempo se encarrega de expor sua triste realidade diante das pessoas. Ele o fez com Saul. O rei tolo de Israel desprezou os conselhos divinos, viveu uma vida insensata e acabou derrotado por seus inimigos. Um dia, eles cortaram sua cabeça e fixaram o corpo do rei insensato no muro de Bete-Seã (I Sam. 31:9 e 10) para ser visto por todas as pessoas.

Contrariamente à vida do insensato, o sábio é aquele que ouve e segue os conselhos divinos. Deus livra o sábio da vergonha e da ignomínia. Ele o exalta e o coloca nas alturas da terra.

Se Deus é a fonte da sabedoria, a pessoa só é sábia quando vive em permanente companheirismo com Ele. Eis a importância de buscá-Lo em oração e meditação diária. Passar tempo com Jesus não é perder tempo. É dEle que vêm a inspiração, a sabedoria e a força para vencer.

Você precisa de sabedoria para o seu casamento? Na vida, nos negócios, no emprego, nas suas relações humanas, como pai, filho, ou simplesmente como ser humano? Abra o coração a Jesus e peça Sua orientação para as difíceis situações que você precisa enfrentar hoje. Se fizer assim, tudo vai dar certo. Se não o fizer, lembre-se de que “vindo a perversidade, vem também o desprezo; e, com a ignomínia, a vergonha”.

*Ignomínia é o mesmo que: Grande desonra, opróbrio, infâmia, afronta pública, desdouro.

Que DEUS abençoe a todos.

A PRIMEIRA DECISÃO

A PRIMEIRA DECISÃO

Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e Ele os livrou das suas tribulações. Sal. 107:6.

A decisão que tomei, naquela tarde, me pareceu acertada. Estávamos em Terra de Areia, um pequeno povoado no sul do Brasil. Pensei que, se seguíssemos aquele atalho de terra, chegaríamos mais rápido a Capão da Canoa, a praia onde passaríamos a noite. Minha esposa e meus filhos concordaram com a decisão.

Nos primeiros quilômetros tudo ia bem, até que achamos uma estrada cheia de buracos e pedras. Furaram dois pneus, e não tínhamos como resolver o problema. Anoitecia na estrada solitária e longe de qualquer ajuda. “Filhos”, eu disse impaciente, “escolher este caminho foi a pior decisão que poderíamos ter tomado.” Mentira! Naquelas circunstâncias, a pior decisão foi permitir que o desânimo entrasse em meu coração.

Todos os dias, em todos os lugares, por diferentes motivos, aparecem problemas. Decidir é o primeiro passo na solução deles. A decisão que você tomará hoje em relação a qualquer obstáculo, não é sobre o que vai fazer, mas sobre o que vai pensar. Se escolher o pensamento errado, entrará no caminho escabroso da autocompaixão. Se você clamar a Deus e permitir que Ele enriqueça seus pensamentos, estará em condições de ver a solução do problema.

Como Deus o livra na hora da angústia? Não necessariamente através de um milagre. Tem gente que contempla a vida passar, à espera de um milagre que nunca acontece. E a responsabilidade que você tem para com a própria vida, onde fica? Você precisa decidir, mesmo que essa decisão não o leve de início à solução do problema.

A reação natural do ser humano quando as coisas não saem do jeito que ele quer, é dizer: Tinha que fazê-lo; não havia alternativa. A realidade é que sempre existe a possibilidade de decidir. Sempre. Inclusive, quando uma pessoa não decide, já decidiu. Decidiu pela mediocridade e o conformismo, que podem se esconder atrás da expressão: “Estou esperando no Senhor.”

O salmo de hoje relata a peregrinação de Israel pelo deserto. O povo estava perdido. Qualquer decisão que tomasse o levaria para a ruína. “Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e Ele os livrou das suas tribulações.” Pense nisso hoje, antes de tomar qualquer decisão.

Que DEUS abençoe a todos.

CONQUISTE CORAÇÕES

CONQUISTE CORAÇÕES

O coração do sábio é mestre de sua boca e aumenta a persuasão nos seus lábios. Prov. 16:23.

Tenho em minhas mãos um livro intitulado Sete Segredos Para Uma Comunicação Persuasiva. Fala de técnicas, de psicologia, de princípios que levam as pessoas a tomarem decisões. Mas não menciona o que o texto bíblico de hoje ensina. O mencionado livro foi publicado em várias línguas e é comprado e lido pelas pessoas interessadas na área das comunicações.

O princípio bíblico de uma comunicação persuasiva é diferente. Não consiste no que você fala nem como você fala, mas no que você é. O fundamento da comunicação poderosa está no coração.

“O coração do sábio é mestre de sua boca”, diz o texto. É o que você é que dá força ao que você diz. As pessoas geralmente fazem o que vêem. Ouvem as suas palavras, mas seguem as suas pegadas. Podem, por algum motivo, duvidar do que você diz, mas acreditarão na coerência de sua vida.

Todos os dias, em todos os lugares, por vontade própria ou não, estamos vendendo a nossa imagem. Se as pessoas comprarem o seu produto, você se sentirá realizado e feliz. De outro modo, a frustração encherá a sua vida de amargura.

Esse tipo de venda é comunicação. Você é um comunicador. Está vivo, está comunicando, e precisa ser persuasivo no que faz. Só que persuasão não é assunto de técnica nem de “chavões” aprendidos. Não tem nada que ver com gestos ou sorrisos pré-fabricados. Tudo isso é artificial e, mais cedo ou mais tarde, as pessoas percebem.

Persuasão tem que ver com o coração e a vida. Você vai a Jesus. Ele o transforma e, a partir desse momento, você passa a viver com sabedoria. Seu coração é um manancial de sentimentos nobres, altruístas e genuínos. Não é nada pensado. Nada fabricado. Nem estudado, nem aprendido. Você simplesmente é o que Jesus fez de você, e esse é um quadro maravilhoso que deslumbra muita gente. Você nem percebe. Os outros, sim.

Faça de hoje um dia de entrega a Jesus. Entregue-Lhe o coração para ser transformado. Chore aos Seus pés. Conte-Lhe as suas lutas e confie nEle, porque “o coração do sábio é mestre de sua boca e aumenta a persuasão nos seus lábios”.

Que DEUS abenço a todos.

DEUS NUNCA SE EQUIVOCA

DEUS NUNCA SE EQUIVOCA

Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou. Sal. 95:6.

Nosso século vive a banalização de Deus. A tendência humana é torná-Lo pequeno e insignificante. O conceito bíblico de Deus é diferente. Para a cultura hebraica, Deus não era simples “energia”, “aura”, “luz” ou “influência”. Deus era Deus. Soberano e eterno. Criador dos Céus e da Terra. Deus pessoal e presente na vida humana.

O convite do salmista é para que todos se unam a Ele na oração e no reconhecimento da grandeza do Criador. “Ajoelhemos”, disse o profeta, usando a palavra hebraica barak, que significa, literalmente, reconhecer que Deus sempre tem razão. Ele nunca Se equivoca. Seus conselhos são sábios e visam a felicidade humana, mesmo que pareçam não ter sentido para a criatura.

O mistério de Seus desígnios não significa arbitrariedade. Não é o pai irado que grita para o filho: “Cale a boca, você simplesmente deve obedecer.” Esse aparente mistério parece indecifrável ao ser humano, que é limitado por valores mesquinhos e terrenos. Um dia, quando a criatura for libertada de sua natureza humana, tudo será esclarecido.

Quando meu filho mais velho aprendeu a engatinhar, era fascinado pelas tomadas elétricas. Gostava de colocar o dedinho nas aberturas das tomadas, e assim colocava sua vida em risco. Naquele tempo, seria inútil explicar a uma criatura de apenas noves meses a reação que poderia produzir a junção do pólo positivo com o negativo. Quando eu dizia “não”, era só para o bem do meu filho, embora ele fosse incapaz de compreender.

Essa é a razão que o salmista dá, no texto de hoje, para adorar a Deus. “Ajoelhemos”, disse ele, reconheçamos que Deus é sábio, nunca Se equivoca e só quer o nosso bem.

Se você depositou sua vida nas mãos de Deus e, apesar disso, as coisas não saíram como você gostaria, confie no Senhor, ajoelhe-se, adore-O, porque Ele sabe o que está fazendo. Mais breve do que você imagina, o entenderá. Não desanime. Para chegar ao porto da vitória, é preciso velejar com o vento, às vezes a favor, às vezes contra, mas não parar de velejar.

Por isso, “vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou”.

Que DEUS abençoe a todos.

DEUS NUNCA SE EQUIVOCA

SABEDORIA EM JESUS

SABEDORIA EM JESUS

A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da Terra. Prov. 17:24.

A meta de toda pessoa inteligente é ser sábia. Adquirindo sabedoria, ela administra a vida de tal modo que acaba sendo feliz e fazendo felizes as pessoas que a rodeiam.

Você não compra sabedoria nas sofisticadas lojas do mundo. Ela é uma pedra preciosa que não tem preço. Os seres humanos a procuram por todo lado e não a encontram. O verso de hoje diz que “os olhos do insensato vagam pelas extremidades da Terra”. Todos procuram realização, prosperidade, sucesso e bens materiais. Acham que a felicidade é o resultado de conseguir essas coisas. Enganam-se. A vida mostra-lhes o erro.

Se você quiser a felicidade, procure a sabedoria. Você verá a vida de um prisma correto. A existência tem sentido. As coisas ou a falta de coisas não o impedem de desfrutar a vida na sua plenitude.

Onde encontrar sabedoria? Referindo-se a Jesus, o apóstolo Paulo disse: “Em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” Col. 2:3. Escrevendo aos coríntios, ele confirma esta verdade: “Cristo [é o] poder de Deus e sabedoria de Deus”. I Cor. 1:24.

No capítulo 8 do livro de Provérbios, a sabedoria diz a respeito de si mesma: “Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da Terra.” Prov. 8:23. Esse verso nos confirma que a sabedoria não é algo abstrato. Jesus é a própria sabedoria. E quando você vai e convive com Ele, todo dia, em todas as circunstâncias, as suas decisões não são apenas suas, mas inspiradas no próprio Senhor Jesus Cristo. Você decide com sabedoria.

Sem sabedoria, o ser humano vive se ferindo. Por melhores que sejam as intenções, por puras que lhe pareçam as suas motivações, elas nascem de um coração egoísta e estão condenadas a acabar na esfera humana.

Valores espirituais, que vençam as circunstâncias mais difíceis da vida, só podem ser achados em Jesus.

Converse com Ele hoje, antes de enfrentar os diferentes caminhos que a vida lhe apresentar. Consulte-O antes de tomar a decisão que precisa tomar, porque “a sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da Terra”.

REFLEXÃO: “Assim, habite Cristo no vosso coração” (Ef 3:17).

Que DEUS abençoe a todos.

BENDIGA AO SENHOR

BENDIGA AO SENHOR

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de Seus benefícios. Sal. 103:2.

Um povo sem memória é um povo sem destino. Se você não sabe de onde vem, como saberá para onde vai? Você anda, mas para onde? Em que direção? O ser humano tem um apego inconsciente ao passado, apesar de sua vertiginosa projeção para o futuro. É de sua história que tira forças para continuar avançando, a despeito dos obstáculos que aparecem no caminho.

O salmista o convida hoje a “bendizer ao Senhor”. Bendizer, em português, vem da conjunção de duas palavras: dizer bem – falar bem, mesmo que as circunstâncias não sejam as melhores.

Mas por que haveríamos de falar bem de Deus se no presente tudo parece estar de cabeça para baixo? Davi nos dá a razão: “Não te esqueças de nem um só de Seus benefícios.” Em outras palavras: Olhe para a sua história. Lembra-se de como o Senhor o conduziu no passado? Se você está vivo neste momento, se tem o que tem, embora seja pouco, é porque você se esforçou ou porque Deus abençoou o seu esforço?

No verso 7 deste salmo, o autor se refere à maneira maravilhosa como Deus conduziu Israel no passado, “manifestou os Seus caminhos a Moisés e os Seus feitos aos filhos de Israel”. Sal. 103:7. Que feitos? Abriu o Mar Vermelho, fez cair o maná dos céus, tirou água da rocha, derrotou os inimigos. É pouco? Ora, se Deus fez tudo isso no passado, não será capaz de fazer coisas maiores no presente?

Portanto, fale bem de Deus. “Bendize... ao Senhor”, apesar das nuvens e do céu escuro, a despeito das lágrimas e da dor. Deus continua sendo Deus. Não o abandonou. Não dorme nem descansa. Está mais presente do que você imagina.

Este salmo tem 22 versículos. O mesmo número de letras do alfabeto hebraico. Começa e termina da mesma maneira, dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor.” Coincidência? Não. Beleza literária? Menos ainda. Simplesmente confiança de que amanhã será outro dia e o sol nascerá de novo.

Por isso, antes de revisar a sua agenda diária, repita para si mesmo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de Seus benefícios.”

Que DEUS abençoe a todos.

Por que, Senhor?

Por que, Senhor?

Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. Jó 1:12

Nem sempre estamos preparados para enfrentar perdas e revezes na vida e, quando acontecem, logo surge a pergunta: Por que, Senhor? Por que, comigo? Na verdade, nunca estamos preparados para as provações. Foi o que aconteceu também com Jó. Ele não estava preparado para tanta desgraça de uma só vez. E quem estaria? Entre seus vários “porquês”, um deles foi: “Por que fizeste de mim um alvo para Ti, para que a mim mesmo me seja pesado?” (Jó 7:20).

Jó não sabia o que sabemos hoje por meio da Bíblia: Ele foi posto como espetáculo diante do Universo para refutar as acusações de Satanás de que ele servia a Deus por interesse e que Deus era injusto. Mesmo perdendo tudo o que tinha de um dia para o outro, Jó continuou sendo fiel a Deus. Finalmente, Deus mostrou a Jó que Ele pode usar o sofrimento para o bem do homem, transformando suas provações em bênçãos.

Quando o Senhor esclareceu tudo para Jó, ele sentiu sua pequenez diante do Criador e ficou satisfeito. Então, Deus o orientou a interceder pelos amigos em oração. Enquanto orava, diz a Bíblia, “mudou o Senhor a sorte de Jó”, curando-o e devolvendo-lhe em dobro tudo quanto possuía anteriormente.

Deus não respondeu a Jó o “porquê” das coisas que lhe aconteceram. Provavelmente, Jó nunca ficou sabendo que fora o centro das atenções do Universo, ao ser disputado por Deus e por Satanás na luta entre o bem e o mal. Pelo menos, a Bíblia não diz nada a respeito. Mas, também, isso não é o mais importante. O mais importante é que, em meio a todas as tribulações, Jó não abandonou a fé e não se revoltou contra Deus.

Não é pecado perguntar sobre o “porquê” das coisas. Jesus também perguntou ao Pai: “Por que Me desamparaste?” Para nós, seres humanos, o mais importante não é tanto o “porquê”, mas o “para que”. Qual é o propósito que Deus tem em vista ao permitir que certas coisas nos aconteçam? Que lição devo aprender através da minha experiência? Não nos esqueçamos de que Deus é capaz de transformar a maldição em bênção, o aparente fracasso em vitória.

REFLEXÃO: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” (Rm 8:28).

Que DEUS abençoe a todos.

NÃO PERCA A FÉ

NÃO PERCA A FÉ

Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-Te pressa em acudir-me. Sal. 102:2.

É quase meia-noite em Talca, na parte centro-sul do Chile. O teatro regional da cidade estava lotado. Muita gente desejosa de ouvir acerca de Jesus está lotando ginásios, teatros e outros tipos de auditórios durante esta semana.

Hoje, enquanto saía do teatro, alguém colocou um papelzinho no meu bolso. No hotel, antes de dormir, li o clamor desesperado dessa pessoa. “Não suporto mais. Às vezes, penso que a única saída seria dormir e não mais acordar.”

O sono passou. O cansaço desapareceu. Tomei minha Bíblia e comecei a escrever. A introdução do Salmo 102 parece o clamor da pessoa que me entregou o bilhete. “Oração do aflito que, desfalecido, derrama o seu queixume perante o Senhor.”

O aflito e desfalecido pode ser você ou eu. Há momento na vida em que literalmente dá vontade de “dormir e não acordar mais”. Nessas horas, como é bom ler este salmo. Nele, a gente vê que não está sozinho na experiência da dor. O salmista, em muitas ocasiões, atravessou momentos de escuridão. “Ferido como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão”. Verso 4.

Quem tem vontade de comer quando o filho está na prisão? Quem tem ânimo para sequer olhar a comida, quando o casamento está caindo aos pedaços? Aonde vão os filhos de Deus nessas horas?

Este salmo, composto de 28 versos, é o drama de uma pessoa que, apesar do sofrimento, não perde a fé. O salmista sabe em quem confiar. O inimigo pode tirar tudo dele, menos sua confiança no Deus todo-poderoso. O último verso é uma visão extraordinária do futuro, apesar do sofrimento presente. “Os filhos dos teus servos habitarão seguros”, afirma o salmista, “e diante de ti se estabelecerá a sua descendência.”

Por isso, hoje, não se deixe intimidar pelas sombras da vida. Você tem um Deus que não conhece derrota. Não desanime. Não permita que a confiança fuja. Embora seu coração gema de dor, olhe para cima e diga com as forças que ainda lhe restam: “Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-Te pressa em acudir-me.”

Que DEUS abençoe a todos.

Abuso e Violência no Lar

Abuso e Violência no Lar

Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo. Provérbios 19:18

Seria possível abuso e violência no lar de um cristão? As estatísticas dizem que sim. Segundo declaração do pastor Loron Wade, autor do livro Os Dez Mandamentos, “nos Estados Unidos”, um país cristão, “isto ocorre a cada quinze segundos”. Até em alguns lares cristão no nosso país isso tem acontecido.

As estatísticas, especialmente aqui no Brasil, não retratam toda a realidade. Os dados seriam bem maiores se as vítimas não tivessem receio de denunciar.

Conheci um membro de igreja que aparentava ser uma pessoa bondosa e muito zelosa em questões espirituais. Qual não foi minha decepção, porém, quando a esposa me confidenciou que ele a surrava todos os dias, não porque ela fizesse coisas erradas, o que não justificaria tal comportamento, mas porque ele era sádico. Maltratar lhe dava prazer e sensação de autoridade. Conheci, também, uma senhora que se casou, não porque gostasse do marido, mas para se ver livre dos maus tratos do pai para com a mãe e os filhos.

Mas o abuso pode ser não apenas físico. Com palavras se pode matar moral e emocionalmente uma pessoa. Tive um aluno, lindo garoto de olhos azuis, que estava emocionalmente morto. Ao procurar a causa do problema, soube por uma amiga da família que ele era o filho querido do casal até quando nasceu sua irmãzinha. Dali em diante, o menino passou a ser rejeitado. Nada do que fazia era valorizado. Era sempre ridicularizado e desprezado. Não tinha o menor incentivo para os estudos.

Procurei ajudá-lo. Era um menino totalmente desmotivado. Coloquei-o em contato com um psicólogo que nada pôde fazer porque os pais não aceitavam que o problema estivesse com eles.

E que dizer de pais que abusam sexualmente de filhos indefesos? Conheci um pai que se aproveitava da filha excepcional, na ausência da esposa. Foi despedido da empresa em que trabalhava e removido do rol de membros de sua igreja.

“Pai e mãe, unam seu coração na mais íntima e feliz união. Não vivam separados, mas unam-se um ao outro mais intimamente; então estarão preparados para unir o coração dos filhos ao seu pela suave corda do amor [...] Todo o Céu está observando os esforços do pai cristão”. Que Deus nos ajude a ser pais mais cuidadosos com os filhos!

REFLEXÃO: “O Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes [...] portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis” (Ml 2:16).

Que DEUS abençoe a todos.

FUJA DA INGRATIDÃO

FUJA DA INGRATIDÃO

Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa. Prov. 17:13.

A ingratidão é um defeito de caráter. Segundo a teologia hebraica, se o homem pagasse o bem com o mal deveria receber a retribuição divina do sofrimento. Tudo o que acontecesse no mundo, fosse bem ou mal, pela teologia hebraica seria atribuído a Deus, porque Ele é o criador e o controlador do Universo.

A realidade é que o homem colhe o que planta. É a lei da vida. Você não pode plantar bananas e colher maçãs. O tempo da colheita pode demorar, mas chegará o dia em que finalmente o ingrato, o perverso, o homem mau receberão as conseqüências de seus próprios atos. Não é castigo divino. É resultado natural da maldade.

O verbo de hoje vai mais longe. Ao dizer: “Não se apartará o mal da sua casa”, inclui a família. Pode dar a impressão de injustiça, mas as conseqüências alcançam os filhos. Cada um é responsável de administrar a vida, consciente das conseqüências de seus atos.

Jesus não estabelece apenas o código de ética que a humanidade deve seguir para ser feliz. Isso seria moralismo. Você não precisa de Deus para ser honesto e respeitar a vida das pessoas. Existem bons cidadãos, possuidores de uma conduta impecável, sem a ajuda nem a participação de Deus.

O cristianismo não é só mudança de fachada. Não se trata de pintar as paredes exteriores de branco, enquanto as colunas interiores estão a ponto de desabar. Nem se trata de colocar um band-aid sobre ferida gangrenada. Jesus cura por dentro, limpa a fonte das intenções, transforma a natureza interior, coloca paz no coração. Então, a criatura passa a ser uma bênção na sociedade e no mundo. A sua vida se torna uma fonte de inspiração para os que a rodeiam.

Você é grato porque é politicamente correto agradecer? Ou retribui com o bem, inclusive aos que lhe fazem mal, porque brota de seu coração o desejo de fazê-lo?

Busque a Jesus hoje. Entregue-Lhe o coração e as intenções ocultas. Permita que Ele o guie e o conduza em meio às adversidades e traições, das quais muitas vezes você é vítima. E lembre-se: “Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa.”

Que DEUS abençoe a todos.

O Vale da Benção

O Vale da Benção

Ao quarto dia, se ajuntaram no vale da Bênção, onde louvaram o Senhor. 2 Crônicas 20:26

Todos já passamos por situações complicadas que nos deixaram de imediato sem saber que rumo tomar. Em 2 Crônicas 20, vemos o rei Josafá nessa situação. Ele estava com medo. Então, buscou ao Senhor em oração, colocando diante dEle todo o motivo de sua angústia: “Ah! Nosso Deus [...] em nós não há força para resistirmos a essa tão grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém, os nossos olhos estão postos em Ti” (v. 12). Após a oração, o Espírito de Deus Se manifestou através de Jaziel, com essa mensagem: “Não temais [...] pois a peleja não é vossa, mas de Deus.” Josafá reconheceu a soberania de Deus e conclamou o povo, dizendo: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (v. 15, 20). Josafá, ao ouvir a promessa do Espírito Santo, prostrou-se diante de Deus com alegria e gratidão, louvando-O pela certeza da vitória. Eles agradeceram e louvaram ao Senhor antes mesmo dos resultados.

É muito fácil louvar a Deus depois que alcançamos o que queríamos. Por exemplo: o dinheiro que faltava, o emprego tanto aguardado, o restabelecimento da saúde de um parente. Mas louvar e agradecer a Deus quando um exército poderoso nos ameaça é bem diferente!

Quando o exército de Israel começou a cantar e louvar, o Senhor incitou os invasores contra eles mesmos, um matando o outro. Não sobrou ninguém! Depois que todos os despojos haviam sido recolhidos, no quarto dia, “ajuntaram-se no vale da Bênção, onde louvaram o Senhor” (v. 26).

Cada um de nós possui um “vale da Bênção”, no qual pode louvar e agradecer a Deus. Talvez seja o quarto de dormir, um templo, uma enfermaria de hospital, um cemitério, ao lado da sepultura de um ente-querido, um bosque tranqüilo ou, até mesmo, uma cela de prisão. Em qualquer situação, o Senhor estará “batalhando” por nós.

Temos um Deus especialista em preparar caminho em um mar de águas profundas; em abrir passagem no leito de um rio em época de cheia; em tirar pessoas de dentro de fornalha; em fechar a boca de leões famintos; em pilotar um barco sobre as águas de um dilúvio e fazê-lo “ancorar” com segurança no alto do monte Ararate; em vencer batalhas, inclusive as nossas contra o pecado. Nosso Deus é um Deus que nos surpreende... Senhor, “os nossos olhos estão postos em Ti”. Amém!

REFLEXÃO: “Tornaram para Jerusalém com alegria, porque o Senhor os alegrara com a vitória sobre seus inimigos” (2Cr 20:27).

Que DEUS abençoe a todos.

Eu Sou o Que Sou

Eu Sou o Que Sou

Disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Êxodo 3:14

“Eu Sou o Que Sou”, foram as palavras pronunciadas no meio da sarça que ardia, mas não se consumia. Foram proferidas pelo Anjo da aliança, o “Eu Sou o Que Sou”, a Moisés, dando início ao processo que culminou com a libertação do povo de Israel do Egito, conduzindo-o com mão forte para a Terra Prometida.

Em João 8:58, Jesus repetiu Sua identidade, dizendo: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou.” Com essa declaração, Jesus estava Se identificando como o Deus do Antigo Testamento e reivindicando Sua divindade absoluta como Filho de Deus.

“Eu Sou o Que Sou” – Para Ele não há passado e nem futuro. Ele vive num eterno e imutável presente. Antes que existisse o tempo Ele já existia. Se houvesse um momento no qual Sua existência começasse, o Seu nome seria: Eu Sou o Que Não Era. Se fosse possível um momento em que findasse a Sua existência, Seu nome seria: Eu Sou o Que Não Será. Entretanto, como Ele é de Eternidade a Eternidade, o Seu nome é: “Eu Sou o Que Sou”, isto é, Aquele que foi sempre, que é sempre e que será sempre.

Hoje é Natal, ocasião muito oportuna para fixarmos nossa atenção na manjedoura de Belém. Ali está deitada uma Criancinha, o Primogênito de uma frágil mulher. Pensemos bem, Esse Menino é o Eterno! Com que fim sucedeu este milagre dos milagres? Por que Se tornou o Senhor da excelsa glória e da Eternidade, um Menino do mundo temporal? Por causa de Seu amor eterno!

Jesus Se humilhou para salvar miseráveis pecadores como eu e você. O Pai O prometeu lá no Éden, os profetas O predisseram, os símbolos mosaicos O indicaram, um anjo O anunciou a Maria, os pastores ouviram os cânticos da anunciação naquela memorável noite de Natal; a fé O vê e os resgatados de todas as eras alegram-se na Sua salvação.

Que assombrosa humildade! Somente um amor eterno poderia motivar Alguém a enfrentar o desprezo de seres humanos e a mergulhar em sua mais profunda miséria. Para Jesus, a Eternidade futura seria vazia se Seu povo não pudesse participar de Sua glória. Por isso, Ele Se humilhou, nasceu numa estrebaria e morreu numa cruz para que os pobres e condenados habitantes da Terra pudessem elevar-se à vida imortal, nos Céus, pelos séculos dos séculos.

Feliz rebanho de Deus! O “Eu Sou o Que Sou” ama Sua Igreja e a conduzirá também com mão forte, a salvo, para a Pátria celestial! Glória a Deus nas alturas! Feliz Natal!

REFLEXÃO: Por tão grande salvação, “alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Fp 4:4).


Um Feliz Natal a todos...,

Paz, Justiça e acima de todos muito AMOR...

Que DEUS abençoe a todos.

TORRE FORTE

TORRE FORTE

Torre forte é o nome do Senhor, à qual o justo se acolhe e está seguro. Prov. 18:10.

Conheci Mauro na segunda fase de sua vida. Na primeira etapa, tinha sido um homem injusto. Vivia à margem da lei, rodeado de inimigos e protegido por uma equipe de segurança. Sabia que podia ser morto a qualquer momento. Não conseguia dormir tranqüilo, embora soubesse que seus seguranças vigiavam a casa de dia e de noite. Temia que inclusive um deles pudesse ser contratado pelos inimigos para acabar com a sua vida.

Um dia, encontrou-se com Deus e sua vida foi transformada completamente. O encontro com Cristo não é apenas uma mudança. É uma implosão do prédio velho para construir outro novo. Foi o que aconteceu com Mauro. Deu uma meia-volta completa. Começou a andar em sentido contrário ao qual tinha vivido. Honestidade, verdade, amor, sentimentos que antes não conhecia, apareceram em sua vida.

Quando o conheci já havia passado anos de seu renascimento em Cristo. Era um homem amado e admirado na cidade. Sempre pronto a estender a mão a quem precisasse dele. Não necessitava mais de seguranças. “A minha proteção hoje é Jesus”, me disse um dia.

O verso de hoje afirma isso: “Torre forte é o nome do Senhor.” O perigo dessa declaração é cair no misticismo, achar que repetir o nome de Jesus tem algum poder inerente para proteger dos perigos. A realidade é mais profunda e abrangente do que isso. O nome de Jesus é Seu caráter. Nos tempos bíblicos, se colocava o nome pelos traços característicos da pessoa.

Apoderar-se do nome do Senhor é apoderar-se do Seu caráter. Quando o caráter de Jesus estiver se refletindo em sua vida, você estará em segurança. Passará a ser um novo homem. Justo, bom, compassivo, sábio, prudente, perdoador e misericordioso. Estará seguro.

A melhor proteção de Deus para você não é uma película de aço invisível para que nada o atinja. É ajudá-lo a ser prudente para não correr perigo inutilmente. Foi o que aconteceu com Mauro.

Saia hoje sem medo. Se apesar de toda a prudência alguém quiser feri-lo, a mão de Deus agirá miraculosamente em seu favor. Lembre-se de que “torre forte é o nome do Senhor, à qual o justo se acolhe e está seguro”.

Que DEUS abençoe a todos.

Separados Hoje, Unidos Amanhã

Separados Hoje, Unidos Amanhã

Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles [os homens], e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre. Apocalipse 21:4, BV

Hoje, pela morte, podemos estar separados de amigos e entes queridos, mas no futuro, poderemos estar reunidos novamente, pela graça de Jesus, se O conservarmos como o Salvador e Senhor da nossa vida. O verso bíblico acima fala dessa esperança.

Alguém que passou pela dor da separação, escreveu a confortante mensagem que transcrevo a seguir: “Pode nosso corpo mortal morrer, e ser posto na sepultura. Contudo, a bendita esperança vai até a ressurreição, quando a voz de Jesus chamar aos que dormem no pó.

“Sei de que estou falando. Experimentei o tempo em que me parecia estarem as ondas me submergindo; naquela ocasião senti que meu Salvador me era precioso. Quando meu filho mais velho me foi levado, foi muito grande o meu pesar, mas Jesus veio ao meu lado e senti a Sua paz.

“E então, foi levado aquele que por trinta e seis anos estivera junto a mim. [...] Havíamos labutado juntos, lado a lado, no ministério, mas tivemos que juntar as mãos do lutador e depô-lo a descansar na tumba silenciosa. De novo minha tristeza me pareceu grande demais, mas veio após a taça da consolação. Jesus me é precioso. Ele andou ao meu lado [...] e andará ao lado vosso.

“Quando nossos amigos descem à sepultura, eles não nos parecem belos. Pode ser que levemos ao descanso nosso pai ou nossa mãe: quando ressurgirem, as rugas terão desaparecido, mas serão eles mesmos, e os reconheceremos.
“Precisamos estar preparados para ir ao encontro desses queridos amigos, quando reviverem, na manhã da ressurreição [...] Não devemos apegar-nos à esperança que nos é proposta no evangelho, de que seremos semelhantes a Ele, e como Ele é O veremos?”

A mensagem acima foi enviada por Irmão, para confortar uma família enlutada pela perda de um parente. É uma mensagem apropriada também para nós hoje, que já tivemos que levar pai, mãe, filho, filha e amigos à tumba silenciosa. Mas isso será por pouco tempo. Logo, o Restituidor da vida virá. “Fluiremos então a plenitude da bem-aventurada e gloriosa esperança. Sabemos em quem temos crido. Não temos crido em vão, nem trabalhado inutilmente. Está perante nós uma rica e gloriosa esperança”.

REFLEXÃO: “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13)

Que DEUS abençoe a todos.

SACIA-NOS DE MANHÃ

SACIA-NOS DE MANHÃ

Sacia-nos de manhã com a Tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias. Sal. 90:14.

É madrugada em Brasília. Acordei cedo. Mais cedo que de costume. Precisava fazê-lo. Tenho um grande desafio diante de mim e aprendi que a melhor maneira de enfrentar desafios é buscando ao Senhor. “Sacia-nos de manhã com a Tua benignidade”, aconselha Moisés. Este salmo foi escrito por ele. É uma oração que ele fez diante da enorme responsabilidade de conduzir Israel à terra prometida e perceber que tinha pouco tempo para cumprir sua missão.

“Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.” Sal. 90:10.

A vida passa rapidamente. Repentinamente, você abre os olhos diante do espelho e percebe cabelo branco na cabeça e rugas no rosto. Ainda ontem você era um jovem com a vida desabrochando. O que aconteceu? “Nós voamos”, é a resposta de Moisés.

Se temos tanto para fazer e tão pouco tempo para realizar, precisamos saciar-nos de manhã com a benignidade do Senhor.

No Brasil, temos um ditado: “Saco vazio não pára em pé.” Seria a versão popular do conselho de Moisés. Gastar tempo com Deus é inversão. Experimente. O dia que tiver mais dificuldades, quando você sentir que os desafios são maiores do que suas forças, esqueça tudo e, de manhã, fique a sós com Jesus. Abra-Lhe o coração. Diga-Lhe que está com medo, que precisa de forças, que talvez não sabe qual é a melhor saída.

Você verá. Não é possível explicar com palavras. Você simplesmente verá como as coisas se descomplicam naturalmente. A luz entra na mente confusa. O temor desaparece. O céu fica azul e você está pronto a viver o mais extraordinário dia de sua vida.

Faça dessa experiência uma realidade, hoje. Moisés afirma que o resultado será um cântico de júbilo no coração. Júbilo é a explosão de gratidão e de louvor. Endorfina pura. Um coquetel vitamínico para a alma agoniada pelos pesares da vida.

Parta agora para a luta do dia, conservando esta oração: “Sacia-nos de manhã com a Tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias.”

Que DEUS abençoe a todos.

PRIMEIRO OUÇA

PRIMEIRO OUÇA

Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha. Prov. 18:13.

A razão pela qual temos dois ouvidos e uma boca é porque devemos ouvir mais do que falar.” Certamente você já ouviu essa frase. Pertence a Zenon, que viveu três séculos antes de Cristo. Era um filósofo grego que valorizava a arte de ouvir.

É triste ver que hoje pouca gente gosta de ouvir. Talvez por isso os psicanalistas têm uma carreira lucrativa. Milhares de pessoas recorrem aos consultórios para serem ouvidas. Todos falam, o tempo todo e em todo lugar.

O conselho de Salomão hoje é com relação ao perigo de falar antes de ouvir. Não seja apressado, preste atenção. Não existe substituto para a atenção. Se você não sabe qual é a pergunta completa, o que vai responder? Se você não ouvir a ordem, o que vai obedecer?

Aprenda a ouvir. Essa é uma das necessidades prioritárias do ser humano. Ouça a voz de Deus. Pare, medite, analise porque as coisas estão indo do jeito que estão indo. Se todo dia você parar para ouvir a voz de Deus por quinze minutos, o dia será mais produtivo. A força que vem do Senhor o ajudará a enfrentar os desafios do dia com coragem.

Coragem não é ausência de medo. O medo sempre estará presente na natureza humana, mas você o encarará e o dominará com a força que recebe de Deus nesses quinze minutos diários de meditação.

Se, ao contrário, você sair de manhã correndo para cumprir seus compromissos, sem ouvir a voz de Deus, o resultado, segundo o verso de hoje, será “estultícia e vergonha”.

Estultícia é tolice, insensatez, incapacidade de fazer as coisas certas. De que vale correr como um louco, de um lado para outro, tentando fazer o máximo, se por causa da estultícia estraga tudo que realiza?

Faça de hoje um dia de realizações. Não se contente com fazer o seu melhor. Deus está sempre disposto a ajudá-lo a realizar mais do que o seu melhor. A excelência é o alvo daqueles que aprendem a desconfiar de suas próprias forças e depositar toda sua confiança em Jesus.

Que Deus lhe dê um dia de muita atenção e extraordinária produtividade, e não se esqueça de que “responder antes de ouvir é estultícia e vergonha”.

Que DEUS abençoe a todos.

O Último Adão, Filho de Deus!

O Último Adão, Filho de Deus!

O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. 1 Coríntios 15:45

Vejamos como foi que toda a nossa raça participou do pecado original. Adão não representava um ente isolado, mas um ente universal. Ele foi o ponto de partida de toda a humanidade.

Da mesma forma com que os raios luminosos provêm de um único Sol, toda a raça humana tem seu ponto inicial naquele tronco, Adão. Podemos, então, entender que pecamos porque herdamos a natureza pecaminosa de Adão. Transgredimos porque ele transgrediu. Somos culpados de nossas transgressões, assim como ele foi culpado da sua. Por causa da natureza do pecado, que temos em comum, recebemos a herança da morte. “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5:12, ARC).

Vendo agora o reverso da moeda, descobriremos brilhantes raios de esperança. Quando a tristeza se abateu sobre nós, pela desobediência de Adão, o Senhor, desceu sobre as asas do amor para mudar o quadro sombrio. Se em Adão, todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. (1Co 15:22). Por Adão acabamos no túmulo. Por Cristo, o túmulo é a porta da eternidade, a partir da ressurreição. Adão é um membro da família humana, Cristo é um membro da família da graça. A queda e a ruína de Adão foram grandes, mas muito maior é a salvação que provém de Cristo.

No momento supremo do sacrifício no Calvário, quando o Cordeiro de Deus derramou Seu sangue, o centurião romano que a tudo acompanhava bem de perto e com grande expectação, admitiu: “Verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mc 15:39).
Cumprida Sua missão redentiva, Cristo subiu para o Céu para preparar-nos um lugar. É desejo Seu que estejamos preparados para que, quando Ele voltar, possa nos levar para viver no Paraíso de Deus. Lá, conheceremos o primeiro Adão que foi salvo pelos méritos e pela graça do segundo Adão. Ele, o primeiro Adão, “Sinceramente, se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e, agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio”. Que grande amor esse do nosso Deus!

REFLEXÃO: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo [...] em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça” (Ef 1:5, 7, ARC).

Que DEUS abençoe a todos.

O Encontro dos Dois Adões

O Encontro dos Dois Adões

Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. Apocalipse 5:12, ARC

Será maravilhoso chegar ao Céu. É quase impossível imaginar, difícil entender e ainda mais difícil descrever o que Deus está preparando para a recepção que fará a Seus filhos, no Céu. Paulo reconheceu que são coisas tão extraordinárias que a mente humana não tem como captar sua amplitude. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Co 2:9).

Apesar de nossos limites, procure explorar sua imaginação. Pense em você e sua família, juntamente com uma grande multidão de salvos, na cidade de Deus. Será o clímax do Plano da Redenção, que envolveu o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário e possibilitou a salvação de toda a humanidade. Infelizmente, nem todos os descendentes de Adão aceitaram essa oferta de Deus e, consequentemente, não estarão presentes nessa linda festa.

Na Cidade Santa haverá muitas surpresas. Uma delas é descrita da seguinte forma: “Os dois Adões estão prestes a encontrar-se. O Filho de Deus Se acha em pé, com os braços estendidos para receber o pai da nossa raça. Ao divisar Adão os sinais dos cruéis cravos [...] lança-se em humilhação aos Seus pés, exclamando: ‘Digno é o Cordeiro que foi morto!’ Com ternura, o Salvador o levanta, convida-o a contemplar o novo lar edênico do qual, havia tanto, fora exilado [...] O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. [Adão] olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. [Então] caindo ao Seu peito, abraça o Redentor”.

Adão conhecerá também sua descendência: milhões de pessoas que participaram da história da humanidade na Terra. Todos passaram por momentos tristes e felizes, mas se tornaram vencedores graças ao “sangue do Cordeiro”.

Essa emocionante reunião será testemunhada pelos anjos que choraram quando Adão pecou, mas que, ao contemplarem a obra da redenção concluída, unem suas vozes em cântico de louvor. Afinal de contas, o conflito entre o bem e o mal será passado. Você e eu poderemos nos encontrar lá, pela graça de Deus! Nada de desanimar!

REFLEXÃO: “Ao nosso Deus, que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap 7:10).

Que DEUS abençoe a todos.