Uma Seca Terrível
Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva [...] Então invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; pelo que todo o povo temeu em grande maneira ao Senhor e a Samuel. 1 Samuel 12:17, 18
O inverno tinha sido rigoroso. As pastagens secaram. Na terra calcinada, o fogo surgia aqui e ali, como que por encanto, queimando o que sobrara da vegetação ressequida. O gado faminto mugia. Os riachos iam minguando, dia a dia, e quase não havia água para os animais. Era o caos.
Andores seguidos de pequenas procissões eram levados por fiéis ao alto dos montes, onde rezas eram feitas pedindo a Deus que enviasse a tão ansiada chuva. Mas o céu parecia de bronze e não respondia.
Naquela manhã, como de costume, meu pai reuniu a família para o culto matutino e, após os cânticos e a leitura da Bíblia, percebi que a oração de meu pai fora diferente dos dias anteriores; era mais um clamor de angústia, pedindo que Deus cumprisse, naquela hora tão aflitiva, as Suas preciosas promessas.
O dia transcorria normalmente. À tarde, porém, o tempo mudou. Começou a ventar forte. Os céus se escureceram. Nuvens pesadas cobriram a terra. Raios cruzaram os céus e trovões assustadores ecoaram nas montanhas ao redor da sede da nossa fazenda.
Um misto de alegria e pavor tomou conta das pessoas. Estavam temerosas por causa do temporal, mas, ao mesmo tempo, davam graças a Deus pela chuva abundante que caía trazendo vida e esperança para todos. Só que, horas depois, ficamos sabendo que havia chovido apenas na fazenda do Sr. José Garcia, meu pai. A chuva de bênçãos, como que num milagre, molhou cada palmo das nossas terras. Logo, tudo começou a brotar e, em pouco tempo, já podíamos socorrer os vizinhos que ainda aguardavam a chuva, que só viria dias depois.
A vizinhança comentava o ocorrido e questionava. Uns, mais revoltados, achavam que era uma injustiça da parte de Deus. Outros diziam que foi apenas um acaso. Mas houve um lavrador da região que, apesar de não ser religioso, afirmou categoricamente: “Deus abençoou o senhor Garcia, porque ele é fiel em devolver-Lhe os dízimos.”
Nos versos bíblicos desta meditação, o povo ficou deveras impressionado com os trovões e a chuva que caiu fora de época, como resposta de Deus à oração de Samuel. Deus ainda responde às orações daqueles que Lhe são fiéis.
REFLEXÃO: “Tão-somente, pois, temei ao Senhor, e servi-O fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas coisas vos fez” (1Sm 12:24).
Que DEUS abençoe a todos.
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