sexta-feira, 17 de abril de 2009

Juízes 8:1-17


Juízes 8:1-17

1 ENTÃO os homens de Efraim lhes disseram: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele fortemente.
2 Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são porventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer?
3 Deus vos deu na vossa mão os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que mais pude eu fazer do que vós? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra.
4 E, como Gideão veio ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, já cansados, mas ainda perseguindo.
5 E disse aos homens de Sucote: Dai, peço-vos, alguns pedaços de pão ao povo, que segue as minhas pisadas; porque estão cansados, e eu vou ao encalço de Zeba e Salmuna, reis dos midianitas.
6 Porém os príncipes de Sucote disseram: Estão já, Zeba e Salmuna, em tua mão, para que demos pão ao teu exército?
7 Então disse Gideão: Pois quando o Senhor der na minha mão a Zeba e a Salmuna, trilharei a vossa carne com os espinhos do deserto, e com os abrolhos.
8 E dali subiu a Penuel, e falou-lhes da mesma maneira; e os homens de Penuel lhe responderam como os homens de Sucote lhe haviam respondido.
9 Por isso também falou aos homens de Penuel, dizendo: Quando eu voltar em paz, derribarei esta torre.
10Estavam, pois, Zeba e Salmuna em Carcor, e os seus exércitos com eles, uns quinze mil homens, todos os que restaram do exército dos filhos do oriente; e os que caíram foram cento e vinte mil homens, que puxavam da espada.
11 E subiu Gideão pelo caminho dos que habitavam em tendas, para o oriente de Nobá e Jogbeá; e feriu aquele exército, porquanto o exército estava descuidado.
12 E fugiram Zeba e Salmuna; porém ele os perseguiu, e tomou presos a ambos os reis dos midianitas, a Zeba e a Salmuna, e afugentou a todo o exército.
13 Voltando, pois, Gideão, filho de Joás, da peleja, antes do nascer do sol,
14 Tomou preso a um moço dos homens de Sucote, e lhe fez perguntas; o qual lhe deu por escrito os nomes dos príncipes de Sucote, e dos seus anciãos, setenta e sete homens.
15 Então veio aos homens de Sucote, e disse: Vede aqui a Zeba e a Salmuna, a respeito dos quais desprezivelmente me escarnecestes, dizendo: Estão já, Zeba e Salmuna, na tua mão, para que demos pão aos teus homens, já cansados?
16 E tomou os anciãos daquela cidade, e os espinhos do deserto, e os abrolhos; e com eles ensinou aos homens de Sucote.
17 E derrubou a torre de Penuel, e matou os homens da cidade.

Juízes 8:1-17

As lições de humildade que Deus ensinara a Gideão produziram fruto. Ele está pronto a reconhecer o papel que os outros desempenharam na conquista da vitória. A ira dos homens de Efraim desapareceu diante da sua branda resposta enfatizando a importância daquilo que os efraimitas tinham realizado (vv. 2-3). Salientar o trabalho dos outros e apreciar o valor das qualidades do próximo, em vez de colocar ênfase no nosso trabalho e em nossas qualidades, é fruto da vida divina que, por sua vez, nada tem em comum com a hipócrita diplomacia humana. Pedro nos lembra-nos a respeito de um “espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus” (1 Pedro 3:4). Deus escolheu muito bem os trezentos soldados. Eles não levaram em conta o próprio cansaço, nem o desconforto ou a sede diante do ribeiro (cap. 7). Eles tinham um alvo e o perseguiriam até o fim (v. 4). “Uma coisa faço”, declarou Paulo, “prossigo para o alvo” (Filipenses 3:13-14). Em outra passagem, ele afirma que podemos ser “abatidos, mas não destruídos” (2 Coríntios 4:9). Tal qual Gideão com os homens de Sucote e Penuel, o apóstolo também enfrentou a dolorosa experiência de ser abandonado por todos (2 Timóteo 4:16). Mas que tamanho contraste com a terrível vingança de Gideão! Paulo pôde dizer, como verdadeiro discípulo do Mestre: “Que isto não lhes seja posto em conta!”.

Que DEUS abençoe a todos.

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