Números 22:1-21
1 DEPOIS partiram os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão na altura de Jericó.
2 Vendo, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus,
3 Moabe temeu muito diante deste povo, porque era numeroso; e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel.
4 Por isso Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaque, filho de Zipor, era rei dos moabitas.
5 Este enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito; eis que cobre a face da terra, e está parado defronte de mim.
6 Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
7 Então foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas com o preço dos encantamentos nas suas mãos; e chegaram a Balaão, e disseram-lhe as palavras de Balaque.
8 E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar; então os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
9 E veio Deus a Balaão, e disse: Quem são estes homens que estão contigo?
10 E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, os enviou, dizendo:
11 Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem agora, amaldiçoa-o; porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo.
12 Então disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto é bendito.
13 Então Balaão levantou-se pela manhã, e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra, porque o Senhor recusa deixar-me ir convosco.
14 E levantaram-se os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão recusou vir conosco.
15 Porém Balaque tornou a enviar mais príncipes, mais honrados do que aqueles.
16 Os quais foram a Balaão, e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim.
17 Porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres; vem pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo.
18 Então Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além da ordem do Senhor meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
19 Agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o Senhor me dirá.
20 Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que eu te disser.
21 Então Balaão levantou-se pela manhã, e albardou a sua jumenta, e foi com os príncipes de Moabe.
Números 22:1-21
Agora deixaremos Israel por alguns dias para descobrir o que está acontecendo com os seus inimigos. Cheios de medo, Moabe e seu rei, Balaque, viram Israel subindo do deserto, cobrindo a terra e posicionando-se bem à frente deles. Eles temeram que suas plantações estivessem em risco de ser saqueadas, da mesma maneira que “o boi lambe a erva do campo” (v. 4). Que Moabe fique tranqüilo! Quando o maná, o Pão da vida, é apreciado pelo povo de Deus, eles não vão querer nada do que o mundo possui. Com o objetivo de conquistar Israel, Balaque pensa em usar meios sobrenaturais. Ele chama para ajudá-lo o adivinhador Balaão, cuja fama conhecia. Esse homem personifica, ao longo das Escrituras, um clero acomodado, alugando a si mesmo por causa da recompensa (Deuteronômio 23:4; Judas 11). Balaão está dividido entre o desejo de receber as riquezas e honras prometidas pelos emissários de Balaque e a consciência de que é incapaz de ir além da soberana vontade de Deus. Visitado pelo Senhor, Balaão ouve a seguinte afirmação categórica e clara: “Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado”! Na esperança de persuadir o Senhor a revogar Sua declaração, o profeta infiel esquece que Deus não muda (conforme 23:19). Então, quando a segunda delegação chega, ele recebe permissão para ir onde seu coração ganancioso o guia.
Que DEUS abençoe a todos.
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