Atos 23.16-35
16 Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido a trama, foi, entrou na fortaleza e de tudo avisou a Paulo.
17 Então, este, chamando um dos centuriões, disse: Leva este rapaz ao comandante, porque tem alguma coisa a comunicar-lhe.
18 Tomando -o, pois, levou -o ao comandante, dizendo: O preso Paulo, chamando-me, pediu-me que trouxesse à tua presença este rapaz, pois tem algo que dizer-te.
19 Tomou -o pela mão o comandante e, pondo-se à parte, perguntou-lhe: Que tens a comunicar-me?
20 Respondeu ele: Os judeus decidiram rogar-te que, amanhã, apresentes Paulo ao Sinédrio, como se houvesse de inquirir mais acuradamente a seu respeito.
21 Tu, pois, não te deixes persuadir, porque mais de quarenta entre eles estão pactuados entre si, sob anátema, de não comer, nem beber, enquanto não o matarem; e, agora, estão prontos, esperando a tua promessa.
22 Então, o comandante despediu o rapaz, recomendando-lhe que a ninguém dissesse ter-lhe trazido estas informações.
23 Chamando dois centuriões, ordenou: Tende de prontidão, desde a hora terceira da noite, duzentos soldados, setenta de cavalaria e duzentos lanceiros para irem até Cesaréia;
24 preparai também animais para fazer Paulo montar e ir com segurança ao governador Félix.
25 E o comandante escreveu uma carta nestes termos:
26 Cláudio Lísias ao excelentíssimo governador Félix, saúde.
27 Este homem foi preso pelos judeus e estava prestes a ser morto por eles, quando eu, sobrevindo com a guarda, o livrei, por saber que ele era romano.
28 Querendo certificar-me do motivo por que o acusavam, fi-lo descer ao Sinédrio deles;
29 verifiquei ser ele acusado de coisas referentes à lei que os rege, nada, porém, que justificasse morte ou mesmo prisão.
30 Sendo eu informado de que ia haver uma cilada contra o homem, tratei de enviá-lo a ti, sem demora, intimando também os acusadores a irem dizer, na tua presença, o que há contra ele. Saúde.
31 Os soldados, pois, conforme lhes foi ordenado, tomaram Paulo e, durante a noite, o conduziram até Antipátride;
32 no dia seguinte, voltaram para a fortaleza, tendo deixado aos de cavalaria o irem com ele;
33 os quais, chegando a Cesaréia, entregaram a carta ao governador e também lhe apresentaram Paulo.
34 Lida a carta, perguntou o governador de que província ele era; e, quando soube que era da Cilícia,
35 disse: Ouvir-te-ei quando chegarem os teus acusadores. E mandou que ele fosse detido no pretório de Herodes.
Atos 23:16-35
Não vemos aqui o Senhor intervir de modo miraculoso, como em Filipos (cap. 16:26) ou como no caso de Pedro (cap. 12:7), para libertar o Seu servo. Mas ainda Ele está no controle dos acontecimentos: usando o sobrinho de Paulo, a qualidade de cidadão romano que o apóstolo possuía, o menosprezo que o comandante romano sentia pelos judeus, Deus cumpre a promessa feita a Seu servo, ou seja, que ele iria testemunhar em Roma (v. 11). Conseqüentemente, todos os planos de seus inimigos não poderiam impedi-lo de ir a Roma. Ao contrário, são esses mesmos planos que contribuem para isso: de fato, as ameaças induzem Lísias a mandar Paulo sob forte escolta a Cesaréia, a fim de protegê-lo da fúria dos judeus fanáticos. Ao mesmo tempo, Lísias escreve uma carta sobre Paulo ao governador Félix. Note como o comandante coloca os fatos, escondendo o erro quase cometido (v. 27; 22:25). Apesar disso, as ofensas dos pagãos não se comparam à terrível culpabilidade dos judeus. Evidentemente, os quarenta conspiradores assassinos não puderam cumprir seu juramento, atraindo desse modo maldição sobre a própria cabeça.
Que DEUS abençoe a todos.
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