INTRODUÇÃO
Muitos de nós foram educados na infância sobre as coisas da vida e da morte de uma maneira sempre branda e agradável ao coração: Deus, o nosso Pai, no final dos tempos, com sua imensa misericórdia iria perdoar a todos os seres humanos de seus pecados, sendo que alguns passariam um tempo indeterminado no chamado purgatório, onde muitos teriam uma segunda chance de fazer o que não fizeram enquanto vivos.
Vejamos, porém, o que a Bíblia relata sobre o assunto:
“Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras.
Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” (Lucas 16: 19-31)
A VERDADE PRECISA SER DITA
Confesso que fiquei surpreso ao ler este texto, mas dou graças a Deus, porque esta verdade entrou no meu coração. Hoje percebo a ignorância da grande maioria com relação ao evangelho, e não posso culpá-los, pois um dia também fui cego, mas precisamos proclamar com amor estas verdades ao mundo, para que as pessoas não sejam mais enganadas nem destruídas:
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Oséias 4: 6)
Mas por quê fui enganado por tanto tempo? A resposta veio clara depois de estudar um pouco sobre o assunto. Vejamos os fatos:
* A idéia de purificação pós-morte já era aceita pelas religiões pagãs da época de Jesus. Egípcios, gregos e romanos já traziam pensamentos como este.
* Ao esconder a realidade, certas religiões amenizaram e continuam amenizando a Palavra de Deus com o objetivo de agradar o coração de seus fiéis, mas estão ao mesmo tempo levando à destruição povos inteiros! Como nos adverte o livro de Oséias.
* Idéias semelhantes à do purgatório, onde os homens se purificam após a morte, perduram até hoje. Basta ver a teoria da reencarnação tão difundida pelo espiritismo. Não seriam estas estratégias efetivas do inimigo para levar as pessoas à destruição?
A VERDADE SOBRE A MORTE
Mas Deus é muito objetivo em sua palavra, de que existe apenas uma morte física, depois o juízo de Deus: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hebreus 9: 27)
A Bíblia fala apenas de dois destinos bem definidos após a morte: “E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.” (Mateus 16: 26) “E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.” (Mateus 25: 46)
Mas a todo o que confessa com a boca que Jesus é o seu Senhor (Romanos 10: 9), a este será permitido entrar no Reino dos céus, pois seus pecados foram perdoados através da morte de Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.” (João 5: 24)
O PURGATÓRIO É NECESSÁRIO?
Como a Bíblia nos ensina, ao morrer na cruz Jesus consome todos os pecados daqueles que são seus escolhidos: “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (João 19: 30)
“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pedro 3, 18)
O perdão então é completo! E por isso não é necessário purgatório. Basta lembrar do criminoso ao lado de Jesus, vamos lembrar este episódio:
“Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça; porque recebemos o que os nossos feitos merecem; mas este nenhum mal fez. Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23: 40,43)
Neste texto se cumpre o que está escrito em Hebreus:“E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniqüidades.” (Hebreus 10, 17)
COM QUAL ESPERANÇA DEVEMOS VIVER?
A nossa esperança, portanto, é uma vida dedicada à Cristo, assim como Paulo disse: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1: 21)
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Romanos 8: 1-14)
Possamos então ficar vigiando, com nossas vidas ofertadas à Deus até a consumação dos tempos, como nos ensina o livro do Apocalipse: “Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham.” (Apocalipse 14: 13)
CONCLUSÕES
Só Cristo pode nos dar a certeza da Vida Eterna. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55: 6), e rendei-vos completamente ao senhorio de Jesus em vossas vidas.
“Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10, 9-13)
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