POR QUE MILHÕES DE PESSOAS NÃO SÃO CRISTÃS?
"O conflito na Irlanda do Norte parece estar muito longe da aparente calma das praias da Galiléia. Você, provavelmente, sabe muito bem que a Irlanda do Norte tem aparecido bastante nas manchetes nos últimos anos - tudo por causa de um ódio profundo e arraigado, um ódio que compele as pessoas a jogar bombas em restaurantes lotados, atirar em mulheres e crianças e aleijar informantes atirando em seus joelhos.
A Irlanda do Norte está totalmente envolvida numa guerra entre católicos e protestantes. É um escândalo cristão - e o mundo inteiro sabe disso. Aqueles que declaram-se seguidores de Jesus, estão transformando-se em terroristas.
Durante muitos anos, o Líbano foi dilacerado por uma sangrenta guerra civil. Carros bomba, represálias cruéis e intermináveis brigas de rua. Quem eram os protagonistas? Muçulmanos xiitas e cristãos maronitas, que derramaram tanto sangue em nome da religião.
Por que a aparente lealdade a uma determinada religião faz com que as pessoas queiram derramar sangue? Foi o que aconteceu nas infames Cruzadas; aconteceu durante a temida Inquisição e está acontecendo hoje em dia outra vez.
Quem, em sã consciência, iria querer fazer parte disto? Por acaso é de se estranhar que milhões de pessoas vejam a cruz do cristianismo como uma ameaça, em vez de uma esperança de salvação?
Bem, hoje eu não quero só analisar o assunto; gostaria de falar sobre uma possível solução. Creio que realmente existe um tipo de religião que tende à intolerância e derramamento de sangue, mas também creio que há um outro tipo de religião que nos leva na direção oposta. Há algo que pode tornar o cristianismo irresistível para todas as pessoas do mundo inteiro.
Jesus nos mostrou exatamente isto, no Monte das Bem Aventuranças, perto de Cafarnaum, onde fez a primeira declaração pública de como seria Seu Reino. Foi semelhante ao discurso inaugural de um presidente, que mostra sua visão de como gostaria de governar seu país, e o que pretende realizar. Os discípulos de Jesus haviam estado proclamando a chegada do Reino dos Céus. Agora o Salvador iria descrevê-lo em detalhes em Seu Sermão da Montanha.
Pela manhã, bem cedo, Jesus estivera no alto do monte, comungando a sós com Seu Pai, como sempre. Quando desceu em direção ao lago, viu que uma enorme multidão estava se reunindo, ansiosos para ouvir o novo Rabi, que os surpreendia com seus ensinamentos. A princípio, eles provavelmente juntaram-se perto da praia, mas à medida em que mais e mais pessoas chegavam de vilas galiléias da Judéia, da Fenícia e das cidades perto do Mediterrâneo, a encosta da montanha foi ficando cheia de gente.
Jesus, como sempre, acompanhado de seus discípulos mais íntimos, teve que subir até um lugar de onde podia ver o lago, para que pudesse ser ouvido pela multidão. Ecoando pelos verdes montes da Galiléia e em direção à superfície azul e ondulada do lago, as palavras do grande Mestre foram ditas a pescadores, fazendeiros, mercadores, escribas e sacerdotes. Foi o maior discurso de Jesus. Mateus, que esteve sentado ali com os outros discípulos aos pés do Salvador, relatou este sermão, para que o mesmo chegasse até nós.
Os princípios morais mais profundos deste mundo encontram-se resumidos em três capítulos do evangelho de Mateus, nos capítulos cinco, seis e sete. No Sermão da Montanha, Jesus revelou o tipo de religião que venceria o mundo inteiro.
As ruínas da sinagoga de Cafarnaum datam do quarto século de nossa era. A sinagoga foi construída após o tempo de Jesus, mas foi feita exatamente no mesmo local onde estava a sinagoga de Seus dias. Jesus esteve ensinando neste lugar várias vezes. Bem perto dela, está o monte onde o Sermão da Montanha foi pregado. O mesmo é conhecido como o Monte das Bem Aventuranças.
Qual é a religião que transparece neste sermão? Na minha opinião, a essência dela é a Lei de Deus escrita em corações humanos. Jesus queria revolucionar a religião tirando-a do exterior e colocando-a no interior.
Ele começou com as bem aventuranças. Algumas pessoas são mencionadas como sendo aquelas que herdarão o reino dos céus. Quem são elas? Os pobres de espírito, os puros de coração, os mansos e os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça. Estas são qualidades basicamente invisíveis. Você não pode tocar a pureza de coração. Não pode ver um coração que anseia por justiça. São traços interiores, traços espirituais. Mas, infelizmente, estas são exatamente as coisas que muitas pessoas religiosas não têm. Instintivamente focalizamos o exterior. É a natureza humana. Vamos a determinada igreja; aprovamos um certo ritual de adoração; assinamos embaixo de certas doutrinas e nossa religião resume-se a isto.
Pense nisso: quando alguém diz que pertence a tal e tal denominação, como reagimos? Ah, é aquela igreja onde não se costuma cantar. Ah, é aquela igreja onde os ministros usam umas togas. Ah, este é o povo que não come carne. O exterior é o que vem à nossa mente. As qualidades interiores... bem, estas são mais difíceis de percebermos. Mas o Sermão da Montanha, pregado por Jesus, concentra-se em coisas que só podem acontecer no coração humano. Veja como ele ampliou o escopo da lei. O Mestre lembrou aos ouvintes o mandamento que diz: "Não matarás." Em seguida, alertou-os sobre sentir raiva de um irmão, ou tratá-lo mal. Por quê? Porque é assim que começa um assassinato; é aí que devemos lidar com o problema, na raiva que fervilha em nossos corações.
"Não adulterarás." Os ouvintes de Jesus conheciam muito bem este mandamento. Mas Ele os levou a uma visão mais profunda. Aquele que olha com desejo para uma mulher, disse Ele, já cometeu adultério em seu coração, e é preciso lidar com isto.
No que implica a religião de Cristo? Creio que um bom resumo dela encontra-se em Mateus 6:19 a 21: "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra... Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu... porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração."
O que importa é onde o nosso coração está. Será que está preso às coisas exteriores que nos cercam, até mesmo à religião exterior? Ou nosso investimento está nas qualidades do céu, nas mercadorias imperecíveis da pureza e do altruísmo?
Jesus exortou seus ouvintes à não ficarem presos às preocupações com comida e vestimenta - necessidades exteriores. Se Deus veste e alimenta tão bem os pardais, não fará o mesmo por nós? "...Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mat. 6:33)
Precisamos muito deste tipo de religião do coração hoje em dia. Este é o único tipo de fé que pode vencer o mundo.
Você sabe que as pessoas da Irlanda do Norte estão lutando, em grande parte, porque a religião passou a ater-se ao exterior? A religião tornou-se uma arma política; tem a ver com quem controla um certo bairro; quem tem mais poder econômico. A religião virou uma sucessão de desfiles na rua, exibindo o lado exterior da fé como um desafio aos oponentes. Posso garantir-lhes que isto não tem nada a ver com a pureza de coração ou com os que têm fome e sede de justiça.
Por que os cristãos e muçulmanos lutaram tanto tempo no Líbano? Pela mesma razão. Estavam usando a religião para exibirem-se. Tornou-se uma batalha de territórios. As pessoas fincavam a bandeira de sua religião em certo bairro, demonstrando possuí-lo, demonstrando poder político.
A religião de exteriores é um completo desastre, amigos, e foi isto que Jesus veio mudar. Ele veio colocá-la no interior, onde deve ficar. Acredito que este seja o tipo de religião que pode mudar o mundo.
Não muito longe do monte onde Jesus fez o Sermão da Montanha, estava esta sinagoga em Cafarnaum, um lugar que incorporava a antiga fé de Israel, os concertos de Iaweh, e também uma religião maculada, muitas vezes, pelo legalismo.
No Sermão da Montanha, Jesus lidou especificamente com a religião judaica, e como esta poderia passar do exterior para o interior. Hebreus devotos que entravam numa sinagoga enfatizavam três deveres principais: oração, jejum e ofertas. Mas estes, como tantas outras coisas na religião, podiam tornar-se meras formalidades, algo totalmente diverso do que acontece dentro do coração.
O Mestre descreveu aqueles que iam ao templo para dar ofertas, precedidos por trombetas que anunciavam as generosas quantias. Suas oferendas, de acordo com Jesus, eram uma hipocrisia. Para Cristo, o que conta é o que é dado de coração. Quando derem aos pobres, disse Jesus aos Seus ouvintes, não deixem que a mão esquerda saiba o que a direita está fazendo.
Jesus censurou aqueles que faziam orações fervorosas nas esquinas das ruas, ou no meio da sinagoga, para serem admirados por outros. Ele recomendou o contrário: que orassem em seus quartos, em segredo, onde apenas o Pai Celestial escutaria. É ali que o coração realmente fala.
Em seguida Jesus mencionou aqueles que transformavam o jejum num show, desfigurando seus rostos, vestindo roupas de saco e cobertos de cinza. Estes, sugeriu o Mestre, jejuavam alto demais. Melhor fazê-lo em segredo, tendo apenas o Pai por companhia.
Religião do coração; a Lei de Deus escrita no interior. Este é o tipo de religião que pode vencer o mundo. Precisamos de uma religião que seja mais do que uma obediência mecânica e exterior. Como Jesus disse, temos que ter uma justiça que seja maior do que a dos fariseus.
Jesus foi bem específico sobre aquilo que Sua religião do coração faria. Se dentro de uma pessoa existir amor em vez de ódio, generosidade em vez de orgulho, um desejo insaciável por justiça em vez do desejo de ter mais possessões, então, coisas incríveis começarão a acontecer.
Na verdade Jesus sugeriu que se uma pessoa de gênio ruim nos bater no rosto, devemos virar-lhe a outra face. Se alguém quiser nossa túnica, devemos ofecerer a capa também. Se um soldado romano nos forçar a carregar sua bagagem por uma milha, devemos desarmá-lo, carregando a mala duas milhas.
As palavras de Jesus a respeito de amar nossos inimigos devem ter sido as mais difíceis de serem aceitas pelas pessoas que estavam naquela montanha da Galiléia. É fácil amar sua família e amigos, Ele disse. O que demonstra genuína religião é demonstrar amor pelos inimigos.
Vamos voltar um pouco agora e analisar o Sermão do Monte que foi pregado dois mil anos atrás nesta montanha. Está começando a parecer humanamente impossível. Tudo que Jesus disse vai contra a natureza humana. É natural que queiramos revidar um tapa e não virar a outra face. É natural buscar as bênçãos de riquezas e altas posições e não as bênçãos dos mansos e pobres de espírito. É natural apontar para o cisco nos olhos de nosso irmão e não lidar com a trava em nosso próprio olho. É natural odiar nossos inimigos e não orar por eles.
Simplesmente não podemos fazer o que Jesus pede de nós. É quase como se Ele nos pedisse para caminhar sobre a água. Mas talvez seja esta a questão.
Lembrem-se que Jesus enfatizou a religião do coração, a lei escrita dentro de nós. Os profetas prometeram isto no novo concerto. Deus escreveria Sua lei em nossos corações; Ele removeria nossos corações de pedra e nos daria um coração de carne.
O Sermão do Monte não é algo que podemos adotar em nossa vida naturalmente. É preciso uma religião sobrenatural. Apenas o Espírito do Deus Vivo habitando dentro de nós, é capaz de produzir estas qualidades.
Acho interessante como Jesus fez Seu Sermão do Monte olhando para o Lago da Galiléia, local onde fez tantos de Seus milagres. Foi ali que ele multiplicou miraculosamente os peixes nas redes de seus discípulos. Foi ali que Jesus acalmou a tempestade. Foi ali que Jesus caminhou sobre as águas. Aí está a questão: nós não podemos caminhar sobre as águas, mas Jesus pode. Não podemos cumprir Sua religião idealista em nossa vida, mas Ele pode. Jesus pode escrever Sua nova lei em nossos corações. E quando isto acontece, acreditem amigos, podemos realizar o impossível.
Numa certa noite, três homens conversavam num pequeno apartamento em Budapeste: um pastor luterano chamado Richard Wurmbrand, seu senhorio e Borila, um enorme soldado que estava de folga da frente de batalha, onde os romenos estavam lutando como aliados dos alemães na Segunda Guerra Mundial.
Borila dominava a conversa, gabando-se de suas aventuras na guerra, e especialmente como ele havia pessoalmente se oferecido para ajudar a exterminar judeus na Transmistria, matando centenas com as próprias mãos.
Wurmbrand lembrou-se, horrorizado, que a família de sua própria esposa havia sido assassinada naquele lugar. Este homem que alardeava seus feitos diante dele poderia ser o próprio assassino. O pastor encheu-se de indignação.
Mas, enquanto continuavam a conversar, outra coisa começou a encher seu coração. O próprio Wurmbrand havia se convertido após uma vida de imoralidade, quando lera sobre a vida de Cristo nos evangelhos. Os ensinamentos de Cristo o haviam desarmado, e um desses ensinamentos era amar os inimigos.
Wurmbrand começou a ver este homem cruel como alguém que Jesus estava tentando alcançar. Ele o convidou a ir até seu apartamento para ouvir algumas melodias ucranianas que este dissera apreciar muito.
Wurmbrand começou a tocar piano, bem baixinho, para não acordar sua esposa e o filho ainda bebê. Após algum tempo, percebeu que o soldado estava tocado pela música.
Parou de tocar e disse: - Se você olhar através daquela cortina, verá alguém dormindo no quarto ao lado. É minha mulher, Sabina. Seus pais, suas irmãs e o irmão de doze anos foram mortos com o resto da família. Você me disse que matou centenas de judeus perto do Golta, e foi para lá que eles foram levados. Você não sabe exatamente em quem atirou, então podemos presumir que você é o assassino da família dela.
Borila pulou da cadeira, os olhos fuzilando, olhando para o pastor como se o fosse estrangular. Mas Wurmbrand o acalmou propondo-lhe uma experiência: - Vou acordar minha esposa e dizer a ela quem você é e o que fez. Garanto-lhe que sei o que acontecerá. Minha esposa não dirá se quer uma palavra de censura! Ela o abraçará como se você fosse irmão dela. Ela lhe servirá um jantar e tudo de melhor que houver para lhe servir.
O pastor então fez um apelo: - Se Sabina, que é uma pecadora como nós, pode perdoa-lo e amá-lo assim, imagine como Jesus, que é a personificação do Amor, pode perdoá-lo e amá-lo!
Ele instou para que Borila voltasse para Deus e Lhe pedisse perdão.
O homem desabou; chorando copiosamente, confessou entre soluços: " - Sou um assassino; sou um assassino; estou banhado em sangue!"
Wurmbrand sugeriu que ficassem de joelhos, e começou a orar. Borila, que não tinha experiência com orações, apenas implorava repetidamente por perdão.
Então o pastor foi até o quarto e acordou sua esposa: "- Há um homem aqui que você precisa conhecer" - sussurrou. " - Achamos que ele matou sua família, mas ele se arrependeu e agora é nosso irmão."
Sabina levantou-se e foi até a sala, estendeu as mãos para o soldado que ainda chorava. Ele jogou-se nos braços dela e os dois choraram juntos. Foi um momento de emoção e tristeza em que os dois choraram abraçados vários minutos. Finalmente, Sabina foi até a cozinha preparar algo para comerem.
Wurmbrand pensou que seu convidado ainda precisava de um reforço de graça, já que estava tentando livrar-se da culpa de crimes tão hediondos. Então, foi até o outro quarto e voltou com seu filho Mihai, de dois anos, no colo.
Borila ficou abismado. Fazia poucas horas que ele falara de matar crianças judias nos braços de seus pais, e agora esta cena lhe parecia uma reprimenda insuportável; ele esperava uma dura reprovação.
Em vez disso, o pastor inclinou-se e disse: " -Está vendo como ele dorme sossegado? Você é como um bebê que pode descansar nos braços do Pai. O sangue que Jesus derramou o purificou." Olhando para Mihai, Borila sentiu-se, pela primeira vez em muitos anos, inundado de pura felicidade.
Quando este soldado voltou ao seu regimento na Rússia, ele colocou de lado suas armas e ofereceu-se para trabalhar no resgate de feridos. O Sermão da Montanha havia sido escrito no coração de mais uma pessoa.
Há uma igreja, com vista para o Mar da Galiléia, que foi construída para comemorar o Sermão do Monte que Cristo pregou. Foi construída em formato octogonal e dentro dela em cada um de seus oito lados, está escrita uma das bem aventuranças.
É bom saber que podemos construir monumentos de pedra homenageando o maior dos discursos sobre ética. Mas, mais importante ainda, é o monumento que Cristo quer construir em nosso coração. A lei de Deus escrita em nosso coração; uma religião que sai do exterior e passa às qualidades interiores. Esta é a religião que pode fazer toda a diferença no mundo. Esta é a religião que pode fazer com que milhões se convertam ao cristianismo.
Mahatma Gandhy, certa vez, declarou que se os cristãos vivessem de acordo com o Sermão do Monte, toda a Índia seguiria a Cristo. É isto que Jesus chama todos os seres humanos deste planeta a fazer.
Sim, os ideais de Cristo são humanamente impossíveis. Ele quer colocar Seus ideais em nosso coração. Ele quer transformar pessoas que perderam o sabor, no sal da terra. Quer transformar pessoas que estão escondidas sob o alqueire, na luz do mundo.
Você pode começar a viver o miraculoso Sermão da Montanha agora mesmo. Você pode ter o tipo de religião que ganhará milhões para o Mestre. Vamos convidá-Lo a habitar em nosso coração neste momento.
ORAÇÃO
Pai, agradecemos-Te porque nos deste os maravilhosos princípios do grande Sermão da Montanha. É assim que queres que vivamos. Sentimo-nos muito fracos e frágeis, quando nos deparamos com Teus ideais. Então queremos convidar-Te a entrar em nossa vida como Salvador e Senhor.
Obrigado, primeiramente, por Tua morte na cruz, pelo perdão que torna a salvação possível. Obrigado também, por escrever Tua lei em nosso coração através de Teu Santo Espírito. Ajuda-nos a manter esta comunhão Contigo diariamente. Ajuda-nos a estar abertos ao Espírito Santo diariamente. Em nome de nosso Salvador Jesus Cristo, Amém.
Que DEUS abençoe a todos.
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