1 Reis 22:1-18
1 E ESTIVERAM quietos três anos, não havendo guerra entre a Síria e Israel.
2 Porém no terceiro ano sucedeu que Jeosafá, rei de Judá, desceu para avistar-se com o rei de Israel.
3 E o rei de Israel disse aos seus servos: Não sabeis vós que Ramote de Gileade é nossa, e nós estamos quietos, sem a tomar da mão do rei da Síria?
4 Então perguntou a Jeosafá: Irás tu comigo à peleja a Ramote de Gileade? E disse Jeosafá ao rei de Israel: Serei como tu, e o meu povo como o teu povo, e os meus cavalos como os teus cavalos.
5 Disse mais Jeosafá ao rei de Israel: Peço-te, consulta hoje a palavra do Senhor.
6 Então o rei de Israel reuniu os profetas até quase quatrocentos homens, e disse-lhes: Irei à peleja contra Ramote de Gileade, ou deixarei de ir? E eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
7 Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?
8 Então disse o rei de Israel a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Jeosafá: Não fale o rei assim.
9 Então o rei de Israel chamou um oficial, e disse: Traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá.
10 E o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, estavam assentados cada um no seu trono, vestidos de trajes reais, na praça, à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam na sua presença.
11 E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de ferro, e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos sírios, até de todo os consumir.
12 E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote de Gileade, e triunfarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei.
13 E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem.
14 Porém Micaías disse: Vive o Senhor que o que o Senhor me disser isso falarei.
15 E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote de Gileade à peleja, ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe, e serás bem sucedido; porque o Senhor a entregará na mão do rei.
16 E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conjurarei, que não me fales senão a verdade em nome do Senhor?
17 Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.
18 Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Não te disse eu, que nunca profetizará de mim o que é bom, senão só o que é mal?
1 Reis 22:1-18
Ben-Hadade não cumpriu sua palavra (20:34) e dominou Ramote-Gileade. Acabe planeja um esquema para retomá-la e o relata a um ilustre visitante: Josafá, rei de Judá. Quais são nossos primeiros pensamentos em relação a essa visita? Não nos alegramos em ver a amizade restabelecida entre os soberanos dos dois reinos por tanto tempo em conflito? É apenas um passo para a união, atitude muito comum na cristandade atual. Na verdade, aos olhos de Deus, isso corresponde à infidelidade por parte de Josafá. Ele era rei sobre Jerusalém, onde estava o templo do Senhor. Acabe, por outro lado, era um idólatra. “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2 Coríntios 6:16). Como o rei de Judá pôde esquecer isso a ponto de declarar a Acabe tal absurdo: “Serei como tu és” (v. 4)?
Veja como Josafá se deixa envolver. Constrangido, ele faz tímidas observações, mas não tem a força necessária para opor-se aos planos de Acabe. Ele precisaria de mais coragem para fazer isso do que para guerrear contra os sírios. Cada um de nós conhece por experiência própria que a decisão mais difícil, a que exige mais coragem, muitas vezes é a simples recusa de se associar com o mal (Salmo 1:1).
Que DEUS abençoe a todos.
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