João 6.51-71
51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos.
54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.
56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.
57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.
58 Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.
59 Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
60 Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61 Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza?
62 Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?
63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.
64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair.
65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.
66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.
67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna;
69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.
70 Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo.
71 Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze.
João 6:51-71
Apesar da promessa que Deus lhes havia feito quando estavam no deserto, encontrando o maná, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: "Que é isto?" (Êxodo 16:15). A mesma incredulidade se manifesta em seus descendentes. Discutem entre si acerca da estranha comida da qual lhes falou o Senhor Jesus: Sua carne e Seu sangue; em outras palavras, a Sua morte. Um Cristo vivo aqui na Terra não basta para dar vida às nossas almas. Temos que nos apropriar de Sua morte para ter a vida eterna (o que é, em sentido figurado, comer Sua carne e beber Seu sangue). Logo, temos que diariamente nos identificar com Ele em Sua morte. Estamos mortos com Ele em relação ao Mundo e ao pecado. O homem natural não pode entender isso. Deseja ter um modelo a seguir, mas lhe é muito difícil reconhecer o seu próprio estado de condenação - do qual fala a morte de Cristo.
Em vez de interrogar o Senhor, muitos que professavam ser Seus discípulos O abandonaram ofendidos por causa de Suas palavras. Ele não busca retê-los suavizando a verdade. Porém prova o coração dos que ficaram: "Porventura quereis também vós outros retirar-vos?" A bonita resposta de Pedro é: "Senhor, para quem iremos?". Que essa também possa ser a nossa! (v. 68-69; leia Hebreus 10:38-39).
Que DEUS abençoe a todos.
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