Lucas 23.13-32
13 Então, reunindo Pilatos os principais sacerdotes, as autoridades e o povo,
14 disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo -o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais.
15 Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte.
16 Portanto, após castigá-lo, soltá-lo-ei.
17 E era-lhe forçoso soltar-lhes um detento por ocasião da festa.
18 Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!
19 Barrabás estava no cárcere por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio.
20 Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda.
21 Eles, porém, mais gritavam: Crucifica -o! Crucifica -o!
22 Então, pela terceira vez, lhes perguntou: Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei.
23 Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu.
24 Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido.
25 Soltou aquele que estava encarcerado por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou -o à vontade deles.
26 E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus.
27 Seguia -o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam.
28 Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!
29 Porque dias virão em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram.
30 Nesses dias, dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos!
31 Porque, se em lenho verde fazem isto, que será no lenho seco?
32 E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com ele.
Lucas 23:13-32
Mais embaraçado do que nunca, Pilatos reúne os principais sacerdotes, as autoridades e o povo e afirma-lhes três vezes que nada verificou contra Ele para que seja digno de morte. Mas seu desejo de libertá-LO só faz aumentar a insistência do povo para exigir a Sua crucificação. Uma multidão é facilmente induzida a ser covarde e cruel, porque sob a cobertura do anonimato pode dar livre curso aos instintos mais baixos. Neste caso, ela é tanto mais cruel, pois são os seus próprios líderes que a estão instigando. Finalmente os seus gritos prevalecem e, em troca da liberdade do homicida Barrabás, faz com que Jesus seja entregue "à vontade deles" (v. 25). Para Pilatos, homem sem escrúpulos, uma vida humana tem menos valor do que o favor do povo.
Entre os que acompanharam ao inocente que foi condenado, muitos foram acometidos de compaixão e choraram. Mas a emoção não é uma prova da obra de Deus em um coração; pois, do contrário, essas mulheres teriam de chorar sobre si mesmas e sobre a perversa cidade, como fez o Senhor Jesus no capítulo 19, versículo 41. Muitas pessoas são tocadas sentimentalmente pela bondade do Senhor, indignadas pela injustiça da qual Ele foi objeto. Mas elas não consideram que, devido aos seus próprios pecados, carregam também uma responsabilidade pessoal por Sua morte (Isaías 53:6).
Que DEUS abençoe a todos.
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