Mateus 26.47-58
47 Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo.
48 Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei -o.
49 E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou.
50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam.
51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha.
52 Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão.
53 Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?
54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?
55 Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava convosco ensinando, e não me prendestes.
56 Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando -o, fugiram.
57 E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos.
58 Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim.
Mateus 26:47-58
Um discípulo não havia dormido como os demais. Era Judas. Ei-lo aqui, à frente de uma tropa ameaçadora que veio para prender Jesus. E que recurso escolhe o miserável para atraiçoar o seu Mestre? Um beijo hipócrita! "Amigo", - pergunta-lhe o Salvador - "para que vieste?". Uma última pergunta, própria para sondar a alma do infeliz Judas. Um último chamado de amor dAquele que disse aos Seus: "Tenho-vos chamado amigos" (João 15:15). Mas é tarde demais para o "filho da perdição" (João 17:12).
Essas setas lançadas à consciência (v. 55) são os únicos atos de defesa dAquele que está entregando a Si mesmo. Os discípulos são impotentes, contudo, mais de doze legiões de anjos estavam, por assim dizer, em pé de guerra, prontas para intervir se Ele pedisse ao Pai. Porém Sua hora havia chegado. Longe de esconder-se ou de defender-se, Jesus, ao contrário, refreia o braço de Seu discípulo por demais impulsivo, aquele que pouco depois iria mostrar a verdadeira medida de sua coragem, fugindo como os companheiros.
No palácio do sumo sacerdote, os escribas e anciãos já estavam reunidos para consumar a suprema injustiça (Salmo 94:21).
Que DEUS abençoe a todos.
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